Licença Ambiental SENAI
De aluno do SENAI Bahia a coordenador de Educação SESI-SENAI-IEL de Rondônia
Assídua leitora pelos 91 anos que viveu, a
senhora Nicéas Santiago Coelho, quando o filho Jair Coelho Santiago - atualmente, coordenador de Educação Básica e Profissional SESI-SENAI-IEL-RO, completou 16 anos, ela disse, parafraseando o poeta Carlos Drummond de Andrade
em seu “Poema de Sete Fases” – Jair, meu filho, “acorda e vai ser gauche
na vida”. Dito isso, o levou para matricular em um dos cursos do SENAI Bahia.
Assim teve início a trajetória do atual
coordenador de Educação Básica e Profissional do Departamento Regional de
Rondônia com o SENAI, uma história que dura até os dias atuais. Dona Nicéas –
cujo nome foi escolhido pela mãe dela no Almanaque Brasil -, conforme conta
Coelho, sempre foi a maior influência de sua vida e teve papel fundamental na
sua escolha de entrar para uma escola SENAI, escolha que certamente fez e
continua fazendo diferença em sua vida.
Em 1974, Coelho, aos 16 anos, se matriculou no
curso de Eletricidade, seguindo o conselho de sua mãe, uma pessoa muito
preocupada com o amanhã, e tinha como filosofia a certeza de que estudar é uma
das principais ferramentas para qualquer pessoa crescer na vida.
De acordo com Coelho, ao completar o segundo a
área Elétrica do SENAI Bahia. Na mesma época, o SENAI Nacional criou um
programa para melhorar o nível dos instrutores e ele foi um dos escolhidos para
ser facilitador no Programa.
De instrutor, Coelho passou a exercer a função
de coordenador de curso. Passados poucos anos, ele foi aprovado em processo
seletivo interno para trabalhar na unidade de Camaçari-Bahia onde atuou na
função de instrutor III. Acabou retornando para a unidade de origem para ser
gerente, também aprovado em processo seletivo interno. Em seguida, veio a
transferência para uma escola SENAI localizada no extremo sul da Bahia para
atender demandas de uma indústria de papel e celulose com três mil
funcionários. A próxima missão ele cumpriu na cidade de Barreiras, onde o foco
era o agronegócio. Esta primeira fase teve a duração de mais de uma década.
Quando fora do SENAI veio o que denomina de
“experiência extraordinária no exterior”. Precisamente no continente Africano
onde desenvolveu trabalhos em dois países. Em 1987, retornou para o SENAI, mas
não na Bahia, em Minas Gerais. Também teve experiências em construtoras e mais
uma vez fora do Brasil, em Guiné Equatorial, na fronteira com Camarões e
Nigéria. Conforme Jair Coelho, no acampamento onde ficou, haviam 23
nacionalidades e para ele significou mais uma experiência magnifica e um
aprendizado como se estivesse lendo dez livros ao mesmo tempo.
Retornou mais uma vez para o SENAI da Bahia e
em 2015 seguiu para o do Rio de Janeiro, onde ficou durante três anos. Então,
veio para o SENAI de Rondônia, onde há quatro anos é coordenador da Educação
Básica e Profissional do SESI-SENAI-IEL.
“O SENAI foi um divisor de águas em sua vida. Tudo
a partir da iniciativa familiar. Minha mãe achava que tínhamos de ter muito
apetite por conhecimentos para nos diferenciar, não para sermos melhores que
ninguém, mas em termos de oportunidades perante ao que se abria no mercado de
trabalho. Ela tinha um pensamento à frente do seu tempo. Faz até recordar um
trecho de uma composição de Paulinho da Viola que diz, as coisas estão no
mundo, só que eu preciso aprender”, falou Coelho.
Jair Coelho finaliza afirmando que trabalhou em
quatro estados e em todas as indústrias que visitou, sem exceção, têm ex-alunos
do SENAI no quadro. “Muitas empresas brasileiras os donos são egressos do
SENAI. Em outras tantas os cargos de liderança são exercidos por profissionais
formados pelo SENAI e inúmeras indústrias em seus quadros de manutenção ou de
projetos, você verá um ex-aluno do SENAI, uma instituição de qualificação
profissional referência para os 33 países da América Latina. Sinto orgulho de
ter o SENAI na minha trajetória e de fazer parte da sua história”.
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