Licença Ambiental SENAI
Estudos do SENAI vão indicar oferta de cursos em bioeconomia na Amazônia Legal
Estudos técnicos realizados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para o Ministério da Educação (MEC) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), podem ampliar a oferta de cursos voltados à bioeconomia nos institutos federais e nas redes estaduais de educação profissional nos nove estados que compõem a Amazônia Legal (AM, AC, RO, RR, PA, MA, AP, TO e MT). O anúncio foi feito esta semana, em evento realizado em Brasília, com transmissão nacional a partir do estúdio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
O presidente da Federação das
Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), e diretor do Instituto Amazônia+21,
Marcelo Thomé, participou do evento, por meio virtual, e explicou como o
Instituto contribui na realização destes estudos, desenvolvendo quatro
intinerários para cada um dos estados: diagnóstico das cadeias de valor,
diagnóstico das lacunas formativas, diagnóstico das potencialidades para oferta
de cursos e plano de implementação dos cursos.
O presidente acredita que este
trabalho vai resultar na oferta de novos cursos de ensino técnico profissional,
mais adequados às vocações e demandas de cada localidade. “É importante
oferecer qualificação para quem vive na Amazônia, e formar profissionais para
atender os mercados de trabalho locais, preparados para ocupar bons empregos,
com mais renda, dignidade e felicidade”, afirma Thomé.
Ele complementa que a
iniciativa do SENAI, com o instituto Amazônia+21 e as secretarias de educação
quebram paradigmas quando apontam que 70% da população vive nas cidades da
região amazônica. “Por isso é necessário promover um ciclo de prosperidade e
transformar a região, que atualmente possui o menor IDH do país, em um ambiente
capaz de reunir melhores oportunidades econômicas e se inserir na agenda
brasileira de desenvolvimento sustentável”, pondera.
Thomé acrescenta que a agenda
deve ser desenhada “não pela ou para a Amazônia, mas a partir da Amazônia, com
o olhar de quem está e de quem opera na região e conhece as potenciais agendas
de futuro, assim é possível trabalhar a estruturação desses itinerários
formativos para que façam sentido tanto para as populações tradicionais, quanto
para quem tem a responsabilidade de entregar a educação nos microterritórios e
microregiões de cada estado da Amazônia”, reafirma.
Cada estado definiu a cadeia
de valor e a mesoregião para as quais deseja receber as informações. Tanto os
diagnósticos quanto o plano de implementação estarão focados na bioeconomia,
ciência que estuda os sistemas biológicos e recursos naturais aliados às novas
tecnologias com o propósito de criar produtos e serviços mais sustentáveis,
desde a fabricação até à distribuição e ao consumo. O foco para Rondônia estará
em cursos de qualificação profissional dirigido à área de pesca e aquicultura.
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