SENAI de Ariquemes leva alunos de Técnico de Edificações para visita técnica em uma construção
IMPRENSA
18 de February de 2022 - 15h20
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Formação do SENAI favorece o ingresso de mulheres nos mais variados setores do mercado de trabalho
Entre 2017 e 2021, mais de 15 mil mulheres se matricularam nos cursos do SENAI Rondônia. Este boom se deu com a criação do programa Pronatec, implantado com o objetivo de promover a capacitação profissional. Em torno de 70 por cento destas mulheres concluíram os respectivos cursos. Várias empresas se tornaram parceiras do SENAI-RO na formação de turmas, dentre elas, a Santo Antônio Energia, onde de 2018 para cá, contou com quatro turmas exclusivas para o gênero feminino.
Um exemplo de
mulher formada pelo SENAI-RO e hoje instrutora da escola SESI-SENAI Lagoa, de
Porto Velho, Jossineide Oliveira e Silva, que em 1994, aos 14 anos, ingressou
na turma de Jovem Aprendiz do curso de Mecânica de Refrigeração – modalidade
Aprendizagem Industrial. A princípio Jossineide queria se matricular no curso
de Corte e Costura, mas as vagas estavam esgotadas. 27 anos depois, por duas
vezes, a profissional recebeu destaque na ONU Mulher (2019 e 2021) como uma das
maiores incentivadoras da presença feminina no setor de HVAC-R (em português
AVAC - R = Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração).
Além de
instrutora, Jossineide é empresária do setor da refrigeração, conta que é
apaixonada pela educação profissional e o maior desafio foi o questionamento da
sociedade sobre competências de trabalho desenvolvido por uma mulher. A
primeira resposta da minha competência veio em 2018, com o reconhecimento
através do Prêmio “Elas no AVAC-R” promovido pelo Sindratar-SP, lembra.
Jossineide
afirma que “hoje tenho uma carreira profissional bem-sucedida e reconhecida no
mundo e pela ONU Mulheres, e se deve primeiramente a Deus e claro, ao SENAI que
me fez acreditar que seria possível, independente de gênero”.
A egressa
Márcia Adriana Vieira da Silva, 37 anos, fez o curso técnico de Refrigeração e
Climatização no SENAI. “Foi minha primeira vez como aluna num curso técnico e a
experiência enriquecedora ajudou a alcançar meus objetivos. O curso técnico
agregou mais valor e conhecimento para minha área de trabalho e hoje tenho
muito orgulho da minha profissão. A instituição conta com excelentes
professores, que nos ajudaram muito para o nosso aprendizado. Para mim, o SENAI
significou transformação e melhorias para minha vida e da minha família. Hoje
posso dizer que sou uma profissional qualificada e tenho convicção que posso
conquistar cada vez mais”.
No ponto de
vista de Márcia ainda são poucas mulheres que buscam fazer curso nesta área.
Inclusive foi a única mulher da sua turma. Posso dizer com certeza que o
segmento da refrigeração e climatização tem espaço e oportunidades para as
mulheres, no escritório, na oficina e também em campo. “O SENAI é uma
instituição de renome, que também inspira pessoas, e eu estou motivada, na
esperança de me tornar uma profissional cada vez melhor”, afirmou. “No SENAI, sempre fui tratada igual a todos
os alunos da classe e, graças a Deus, nunca sofri discriminação lá, tanto por
parte da escola e dos professores quanto dos alunos”, disse Márcia.
O coordenador
de Educação Básica e Profissional SESI-SENAI-IEL-RO, Jair Coelho afirma que as
mulheres entenderam a necessidade buscar formação de qualidade e estão atentas
às oportunidades disponibilizadas pelo SENAI, que oferta mais de 300 cursos em
28 áreas da indústria, dentre eles, o de Mecânico de Refrigeração e
Climatização Residencial, eletromecânica e até de soldagem, nichos
historicamente dominados por homens. Na lista dos cursos com maior número de
matrículas femininas aparecem ainda outras opções, como Padeiro, Costureiro
Industrial do Vestuário e Segurança do Trabalho.
Segundo Coelho,
atualmente, o SENAI tem mulheres em todos os seus cursos, inclusive em
eletrotécnica, eletromecânica, eletroeletrônica, que nos últimos dez anos têm
sido ocupados por elas. Atualmente, o profissional da indústria não é mais
aquele ligado à força, a competência é cerebral, passou a ser profissional do
conhecimento. Então, a questão de gênero não é mais o foco.
Conforme o
superintendente do SESI-IEL e diretor regional do SENAI-RO, Alex Santiago,
histórias como as da Márcia, da Jossineide e de tantas outras mulheres que
passaram pelo SENAI, mostram que o conhecimento é o futuro do trabalho e que os
cursos da instituição apresentam e representam expectativas para novos horizontes,
novas oportunidades, pois contribuem para formação profissional de milhões de
brasileiros, independentemente de gênero.
Em nome
Jossineide e Márcia, Santiago parabeniza a todas as mulheres formadas pelo
SENAI que estão atuando e fazendo a diferença no mercado de trabalho. “Todas
são motivos de satisfação e orgulho, pois ao conquistarem seus respectivos
espaços no mercado de trabalho cada vez mais competitivo, confirma a excelência
da nossa instituição, cujo reconhecimento à sua qualidade da formação de
profissionais diferenciados, ultrapassa os limites de Rondônia, as fronteiras
do Brasil e chegando a outros países”.
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