FIERO recebe BAS Itinerante e promove diálogo sobre o futuro da bioeconomia na Amazônia

A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) recebeu nesta quinta-feira, 14, uma das etapas do Bioeconomy Amazon Summit (BAS) Itinerante. O encontro realizado na sede da entidade teve objetivo de conectar líderes empresariais, empreendedores, setor público, investidores e pesquisadores em uma grande roda de conversa sobre o futuro da bioeconomia na região amazônica.

O BAS Itinerante é um exercício de escuta ativa e construção conjunta, buscando entender as especificidades de cada capital, dar visibilidade às soluções já existentes e criar pontes entre a Amazônia e redes nacionais e internacionais de investimento e inovação. De acordo com Renato Ramalho, fundador do BAS e CEO da KPTL, a proposta é sair do campo das ideias e partir para ações efetivas.

“Diversos empresários participaram do encontro, e reafirmaram os desafios já conhecidos do setor. O BAS busca entregar soluções reais, práticas, que movimentem o ponteiro do empreendedorismo na Amazônia. É ouvindo empresários, universidades e governo que podemos transformar desafios em oportunidades”, afirmou.

A FIERO recebe e apoia essa iniciativa para descortinar todas as possibilidades da bioeconomia em Rondônia. Para o presidente da federação, Marcelo Thomé, é preciso avançar na valorização econômica da floresta. “Temos que ir além do discurso de preservar sem uso econômico. A floresta pode e deve gerar renda, prosperidade e negócios estruturados, promovendo inclusão econômica. O grande desafio é integrar os negócios da Amazônia às cadeias de valor, rompendo preconceitos e fortalecendo setores que ainda estão à margem”, defendeu.

Para o empresário Adélio Barofaldi, a presença de investidores e empresas de fora é um diferencial para impulsionar negócios sustentáveis. “A biodiversidade é nossa maior riqueza. Participar de um encontro como esse permite apresentar nossas ideias, nossas demandas e mostrar o cuidado que temos com a Amazônia. É uma oportunidade de atrair novas tecnologias, inovações e investimentos para fortalecer a economia local”, disse.

Ramalho reforçou ainda que, ao final das etapas itinerantes, cada estado terá seu próprio diagnóstico, que servirá de base para uma agenda comum de fortalecimento da bioeconomia na região.

“A Agenda do BAS é estruturante. Nosso papel é trazer parceiros para identificar e fortalecer o ecossistema de inovação com foco na bioeconomia. Mais do que buscar financiamento, queremos conectar academia, indústria e outros atores essenciais para estruturar negócios que gerem desenvolvimento econômico a partir da floresta”, disse.

O formato itinerante vai percorrer outras capitais da região Norte, ouvindo diferentes atores para consolidar um plano estratégico que una conservação e desenvolvimento sustentável.

A agenda, promovida pela KPTL em parceria com a Kyvo e a Associação Internacional de Metadesign (a.metadesign), conta com o apoio do Instituto Itaúsa, do Instituto Amazônia +21, da Força-tarefa dos Governadores pelo Clima e Floresta (GCF Task Force) e da Jornada Amazônia.

Jornalista: Thais Rivero