FIERO recebe visita do vice-governador de Rondônia para a última reunião do Conselho de 2024
Presidente da FIERO participa de live sobre agenda ESG
Para falar sobre a Agenda ESG; Negócios de valor, e como a indústria pode adotar novas soluções sustentáveis e de preservação do meio ambiente, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé, participou de uma live promovida pela empresa Mobil, nesta quinta-feira, 17.
Já se têm notícias de que empresas que adotam melhores
práticas ambientais, sociais e de governança, veem diversos impactos positivos
como maior lucratividade e até uma melhora em seu valor de mercado ao longo do
tempo.
Neste sentido, o ESG – “environmental, social and
governance” (ambiental, social e governança, em português) pode ser usado para
dizer quanto um negócio busca formas de minimizar seus impactos no meio
ambiente, construir um mundo mais justo e responsável para as pessoas em seu
entorno e manter os melhores processos de administração.
Marcelo Thomé, que também preside o Conselho Temático de
Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional das Indústrias (CNI),
falou de que forma a indústria brasileira está se adequando aos princípios do
ESG. De acordo com Thomé, o ESG surgiu a partir de um pacto global, em 2004 e
tem despertado o interesse da indústria brasileira que está em processo de
adequação destas boas práticas.
Thomé deu exemplos de segmentos que saem na frente nessa
adequação às novas práticas. “Temos modelos, sim. Setor que está na vanguarda
são as florestas plantadas, que se destaca pelo pioneirismo na certificação de
floresta, que garante que o manejo seja economicamente viável correto. Outro
exemplo é no setor energético. A empresa Engie, distribuidora de energia no
Brasil, tem como uma de suas metas garantir a neutralidade de carbono até 2045”,
pontuou.
Uma das dificuldades apontadas por Marcelo Thomé é com
relação à diversidade de realidade dentro do Brasil. “É preciso analisar esses
recortes regionais e avaliar seus impactos. Para isso foi criado o Instituto
Amazônia+21, no intuito de criar um diálogo permanente para entender a
diversificação do bioma amazônico e das cadeias produtivas que atuam na região.
Entender melhor cada recorte das microregiões da Amazônia”, enfatizou.
Sobre se as organizações brasileiras já agem dentro dos conceitos
da economia circular e logística reversa, o presidente da FIERO explicou que
esse conceito já vem sendo aplicado desde a década de 90 com a implantação de
reciclagem dos resíduos industriais. “A Logística reversa permite que o
material descartado tenha uma nova dimensão econômica”, disse. Thomé citou uma
pesquisa realizada pela CNI que apontou que 76% das empresas já adotam alguma
ação de circularidade, “sendo que 70% destas não tinham conhecimento deste
processo de boas práticas”, comentou.
Ao ser indagado sobre se as empresas conseguem demonstrar
de forma transparente e efetiva o engajamento nas políticas de ESG, Thomé,
afirmou que a CNI e as federações apoiam negócios regulares que cumpram a
legislação, através de processos íntegros em toda a cadeia de fornecimento,
apta e de forma transparente e que traduza todos os princípios de
sustentabilidade.
“Garantir certificação, transparência e integridade em
todos os processos e que tenham relatórios auditáveis, pois o mercado está cada
vez mais maduro, com instituições financeiras e consumidor mais exigentes.
Portanto é fundamental que todo esse processo seja íntegro e verdadeiro, para
que a credibilidade da empresa não seja afetada”, concluiu.
Organizada pela Mobil, e que teve a apresentação de Luah
Galvão, o evento digital contou ainda com a participação de Fábio Afonso,
gerente de soluções e serviços de engenharia da Mobil e de Giuliana Netto,
especialista em gestão de sustentabilidade, coordenadora de projetos e líder
regional de sustentabilidade da empresa Arcadis, o engenheiro agrônomo e
agricultor, Sidney Fujiwara e a gestora de Recursos Humanos da Softys, Regiane
Herchcovitch.
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