IMPRENSA
26 de October de 2022 - 17h42

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COPOM: CNI espera que Banco Central inicie em breve a redução da Selic

Política monetária atual é fortemente contracionista, pois a taxa de juros brasileira é uma das maiores do mundo. No entanto, instituição avalia que ainda é necessária para manter a desaceleração da inflação

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirma entender a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, devido ao patamar atual da inflação e das expectativas para 2022 e 2023 em relação a alta de preços. No entanto, a CNI espera que, com a continuidade do movimento de queda da inflação, o Copom inicie em breve o processo de redução da Selic. O Brasil tem, hoje, uma das maiores taxas de juros reais do mundo.


“Os juros em nível mais baixo deixam de representar entrave tão intenso ao consumo e aos investimentos e, assim, permitem melhor desempenho da economia. E, além disso, não comprometem o processo de combate à inflação. Para permitir um início mais rápido e uma queda mais intensa da taxa de juros, é importante o controle dos gastos públicos e compromisso com o equilíbrio fiscal. ”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.


Na avaliação da CNI, a política monetária se encontra no campo contracionista, desde dezembro de 2021, com taxa de juros real desestimulando a atividade econômica. Atualmente, a intensidade dessa política contracionista é bastante forte, pois a taxa de juros real – que desconsidera os efeitos da inflação – está em torno de 8,0% ao ano, o que representa 4,0 pontos percentuais acima da taxa de juros neutra, aquela que não estimula e nem desestimula a atividade econômica.


A Selic em 13,75% ao ano restringe a atividade econômica e deve ser suficiente para manter a inflação desacelerando nos próximos meses. As desonerações tributárias de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações, além do arrefecimento dos preços de alimentos, que provocaram variação negativa do IPCA nos meses de julho, agosto e setembro, reforçam o movimento de desaceleração da inflação.


Além disso, a política monetária restritiva tem produzido impactos sobre as expectativas inflacionárias. Para 2022, a expectativa de inflação, medida pelo último Boletim Focus do BC, caiu de 5,9% para 5,6% nas últimas quatro semanas. No mesmo período, a expectativa para 2023 passou de 5,0% para 4,9%.


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