Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
Faturamento, massa salarial e rendimento médio avançam em novembro
A estabilidade do emprego e do número de horas trabalhadas na produção, no entanto, não sugere novos impulsos na indústria de transformação
A pesquisa Indicadores
Industriais, produzida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta
quarta-feira (18), mostra que os resultados do mês de novembro de 2022 não
sugerem novos impulsos da indústria de transformação – considerando a pequena
variação da utilização da capacidade instalada e das horas trabalhadas e a
acomodação do emprego. No entanto, houve espaço e uma relativa estabilidade de
preços para o avanço dos indicadores financeiros como faturamento, massa
salarial e rendimento médio do trabalhador. Neste cenário, o faturamento
avançou pelo segundo mês consecutivo e atingiu o ponto mais alto desde 2015.
O
levantamento mensal, que teve início em 1992, identifica a evolução de curto
prazo da atividade industrial, mais especificamente da indústria de
transformação, por meio de variáveis como faturamento, emprego, remuneração e
utilização da capacidade instalada. O gerente de Análise Econômica da CNI,
Marcelo Azevedo, ressalta a relevância do levantamento para o setor industrial.
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Confira entrevista com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
“Esta
pesquisa é muito importante porque acompanha variáveis fundamentais para a
compreensão do cenário no qual a indústria de transformação se encontra. Com os
resultados de novembro, já compreendemos o que houve em boa parte de 2022 e
identificamos uma perda do ritmo de atividade nesse fim de ano, com relativa
estabilidade do emprego, das horas trabalhadas na produção e da utilização da
capacidade instalada. Ainda assim, apenas em dezembro poderemos completar esse
quebra-cabeça”, explica Azevedo.
Falta impulso
para maior crescimento, mas rendimentos do trabalhador e da indústria seguem
positivos
Ainda de
acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, a atual edição dos
Indicadores Industriais, referente a novembro, apresenta um quadro em que a
indústria mostra a falta de certos impulsos para continuar a atividade com
crescimento. “Por outro lado, as variáveis ligadas ao rendimento do
trabalhador e ao rendimento da própria indústria seguem bastante positivas”,
avalia Marcelo Azevedo.
De acordo
com o levantamento do mês de novembro, o faturamento real da indústria de
transformação cresceu 1,4% em relação ao resultado de outubro, na série livre
de efeitos sazonais. E na comparação com novembro de 2021, o faturamento teve
crescimento de 9,9%. Além disso, com relação ao mercado de trabalho, as
variáveis associadas à remuneração do trabalhador – massa salarial e rendimento
médio – também avançaram e atingiram o ponto mais alto desde 2020.
A massa
salarial real da indústria de transformação cresceu 1,0% na comparação com
outubro, na série livre de efeitos sazonais, e o resultado do mês reverteu a
queda de outubro (-0,5%). Na comparação com novembro de 2021, o crescimento da
variável é de 6,8%. Já o rendimento médio real dos trabalhadores da indústria
teve avanço de 1,0% em novembro de 2022, na comparação com outubro, na série
livre de efeitos sazonais. Na comparação com novembro de 2021, o rendimento
apresenta avanço de 6,0%.
Utilização
da capacidade instalada registra avanço no período
O indicador
Utilização da Capacidade Instalada (UCI) registrou estabilidade em novembro de
2022, com variação de 0,1 ponto percentual (p.p.), na comparação com outubro,
para 80,3%, na série livre de efeitos sazonais. O indicador mede o percentual
ocupado do parque industrial, e o avanço acontece após uma leve tendência de
queda observada desde o fim de 2021. Apesar dessa tendência da UCI, o indicador
está acima dos 80% desde março de 2021. E na comparação com novembro do mesmo
ano, apresenta recuo de 1,0 p.p.
Horas trabalhadas
e emprego industrial permanecem estáveis
As horas
trabalhadas na produção ficaram praticamente estáveis em novembro de 2022, na
comparação com outubro, ao registrar alta de apenas 0,1% na série livre de
efeitos sazonais. A pesquisa destaca que, em setembro de 2022, o índice
interrompeu a tendência de crescimento que seguia desde meados de 2021. Na
comparação com novembro daquele ano, houve um crescimento de 1,3%.
O emprego industrial também
permaneceu estável em novembro, após variação de 0,1% na comparação com
outubro, na série dessazonalizada. O comportamento recente reforça a acomodação
do ritmo de crescimento do emprego, que registrou sucessivas altas entre o
segundo semestre de 2020 e o segundo semestre de 2022. Na comparação com
novembro de 2021, a alta foi de 0,8%.
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