Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
CNI lança Agenda Legislativa da Indústria 2023 com 12 pautas prioritárias
Reforma
tributária, regulamentação do mercado de carbono e modernização do setor
elétrico estão entre os projetos urgentes. Documento será entregue a deputados
e senadores nesta terça-feira (28)
Com uma
pauta que alinha projetos que dão ênfase à sustentabilidade, à
reindustrialização, à retomada de empregos e à atração de investimentos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lança nesta
terça-feira (28), em Sessão Solene no Congresso Nacional, a edição de 2023 da Agenda
Legislativa da Indústria. O documento reúne 139 projetos de lei
de interesse do setor industrial, com impacto positivo para o desenvolvimento
social e econômico do país, que tramitam no Congresso Nacional.
No total,
668 proposições foram apreciadas por entidades representantes da indústria. Dos
139 projetos da Agenda, 12 temas estão destacados como prioritários na chamada
Pauta Mínima da Indústria. Entre essas propostas estão a Reforma Tributária, o
aprimoramento da lei do licenciamento ambiental, a regulamentação do mercado de
crédito de carbono, a modernização do setor elétrico, entre outras.
O
presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, pontua que a recuperação plena da
economia exige uma ação coordenada do Executivo, do Congresso Nacional e da
sociedade para aprovar as reformas que criarão as condições para o crescimento
sustentado da economia. “O debate sobre a necessidade de se reindustrializar o
Brasil e promover a transição para uma economia de baixo carbono tem engajado
lideranças políticas e industriais. A Agenda traz propostas que contribuem para
alcançarmos o desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade
ambiental”, afirma.
Robson
Andrade destaca que a reindustrialização é imprescindível para o Brasil voltar
a crescer e realizar a transição para uma economia de baixo carbono. “O país
precisa de uma indústria forte e diversificada que, de forma assertiva,
contribua para o desenvolvimento de longo prazo. Para termos maior
produtividade e competitividade, é necessário retirar os obstáculos impostos
pelo Custo Brasil e cuidar bem do ambiente macroeconômico”, acrescenta o
presidente da CNI.
Em sua 28ª
edição, a Agenda Legislativa
da Indústria é o principal instrumento de diálogo da indústria com
os parlamentares, o governo federal e a sociedade civil. O documento traz um
amplo conjunto de propostas capazes de melhorar o ambiente de negócios, atrair
investimentos e melhorar a competitividade da economia brasileira,
proporcionando a criação de emprego e o aumento da renda para o país.
Agenda foi
construída com participação de 139 entidades
O documento
de 2023 teve recorde de participação: 139 entidades estiveram envolvidas no
processo de elaboração, 23 a mais que em 2022. As propostas incluídas na Agenda
foram debatidas por 450 representantes das 27 federações estaduais das
indústrias e 112 entidades setoriais nacionais.
Embora em
2022 o Congresso tenha realizado menos sessões do que em anos anteriores, foram
aprovadas e convertidas em lei um total de nove matérias de interesse da
indústria, sendo que oito faziam parte da Pauta Mínima da Indústria. O
resultado foi um verdadeiro avanço para um ano eleitoral, uma vez que em anos
de eleições gerais há uma média de um projeto da pauta mínima aprovado pelo
Congresso.
A diretora
de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, diz que o objetivo da
Agenda é contribuir com o Poder Legislativo para a votação e aprovação de
propostas que resultem na recuperação da economia brasileira, como é o caso da
reforma tributária. “A questão tributária é um dos maiores entraves para
qualquer investimento e para o crescimento não só do setor industrial, mas para
a retomada da economia como um todo”, enfatiza.
“Essa
agenda se pautou em levantar todos os projetos importantes para o setor
produtivo, para gerar segurança jurídica, melhor ambiente de negócios e ampliar
os investimentos, mas dentro do escopo da proposta feita pela CNI ao governo de
reindustrialização, que inclusive conversa com o resto do mundo. As principais
economias mundiais estão num processo de investir na retomada do setor
industrial, na reestruturação de suas cadeias produtivas e numa proposta
pós-Covid e agora com a guerra na Ucrânia de um desenho mais sustentável e de
baixa emissão de carbono”, acrescenta a diretora da CNI.
PRINCIPAIS
PROPOSTAS DA PAUTA MÍNIMA
- Reforma
Tributária (PEC 45/2019 e PEC 110/2019)
É a reforma
estrutural mais importante para a retomada de investimentos produtivos e a
superação da queda da atividade econômica em nosso país. O sistema tributário
vigente reduz a competitividade das empresas e desestimula investimentos no
Brasil, prejudicando a integração internacional e o crescimento da economia
brasileira.
-
Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021)
A falta de
ordenamento e previsibilidade do licenciamento é um dos principais problemas
estruturantes, que reduzem a competitividade e ampliam custos de investimentos
no país. O substitutivo aprovado na Câmara prevê um conjunto de regras gerais
que conferem maior previsibilidade e racionalidade ao processo de licenciamento
ambiental. Essas regras preservam os avanços promovidos por estados e
municípios e garantem a manutenção de suas competências administrativas
previstas em lei.
-
Regulamentação do mercado de crédito de carbono (PL 528/2021 e PL 3.100/2022)
Os projetos
promovem um consistente conjunto de instrumentos e instâncias de registro e
governança que garantem maior compatibilidade entre o modelo proposto para o
Mercado Brasileiro de Reduções de Emissões e as melhores práticas
internacionais. O estabelecimento de um mercado regulado, integrado a um
mercado voluntário, que adota um sistema cap
and trade, com base na emissão de permissões a serem distribuídas a
partir de um Plano Nacional de Alocação, é o melhor caminho para fomentar um
mercado de reduções. Esse modelo poderá alavancar os recursos necessários para
a transição tecnológica que uma economia de baixo carbono exige.
-
Modernização do setor elétrico (PL 414/2021)
A energia
elétrica é um dos principais insumos da indústria brasileira. Sua
disponibilidade e custo são determinantes para a competitividade do produto
nacional. O substitutivo da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal
expande o mercado livre de energia elétrica de forma equilibrada e reestrutura
a concessão de subsídios, que promovem profundas distorções. A proposta tem
como premissa a modernização do setor elétrico de forma equilibrada, sem
comprometer a sustentabilidade e a competitividade da energia ou penalizar os
consumidores com a criação de novos encargos setoriais.
Lista
completa:
1. Reforma
Tributária – PEC 45/2019 e PEC 110/2019
2. Marco
Legal do Reempreendedorismo - Recuperação Judicial de MPEs – PLP 33/2020
3.
Licenciamento Ambiental – PL 2.159/2021
4.
Regulamentação do mercado de crédito de carbono – PL 528/2021 e PL 3.100/2022
5.
Modernização da Lei do Bem – PL 4.944/2020
6.
Modernização do setor elétrico – PL 414/2021
7. Marco
Legal das Garantias – PL 4.188/2021
8. Estatuto
do Aprendiz – PL 6.461/2019
9.
Permissão para o trabalho multifunção – PL 5.670/2019
10.
Regulamentação do limbo previdenciário – PL 3.236/2020
11.
Incentivos de IRPJ e reinvestimento nas áreas da Sudam e da Sudene – PL
4.416/2021
12. Código de Defesa do
Contribuinte – PLP 125/2022
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