Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
Indústria brasileira vai à Feira de Hannover com inovações na agenda de baixo carbono
CNI, SENAI
e SESI levarão à maior feira de tecnologia industrial do mundo projetos e
iniciativas para apresentar o protagonismo do Brasil na agenda de transição
para uma economia de baixo carbono
A indústria
brasileira vai à Hannover Messe, a maior feira de tecnologia industrial do
mundo, mostrar o seu protagonismo na agenda global de descarbonização, na
transição energética e na bioeconomia. De 16 a 21 de abril, entidades e
empresas industriais exibirão, na Alemanha, projetos e iniciativas a um público
que reúne governos, companhias líderes em inovação tecnológica e instituições
financeiras internacionais. Ao todo, são esperados mais de 80 mil visitantes e
mais de 4 mil expositores durante o evento.
Nesta
edição 2023 da Feira de Hannover, a indústria brasileira terá o seu maior
estande institucional desde que o Brasil foi escolhido como país parceiro do
evento, em 1980. A delegação brasileira contará com mais de 150 representantes
de indústrias e entidades e mais 100 empresas do setor, de 19 unidades da
Federação, em missão organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e pelo Serviço Social da Indústria (SESI).
“A
indústria brasileira está fazendo a sua parte na transição para uma economia de
baixo carbono, com iniciativas e projetos que terão impacto no Brasil e poderão
ser exportados para o mundo. São inovações feitas por empresas e institutos de
pesquisa nacionais, que aproveitam as vantagens comparativas do país em sua
capacidade de inovação em bioeconomia, energia limpa e descarbonização que
vamos mostrar na maior vitrine de tecnologia industrial do mundo”, afirma o
presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
O que a
indústria mostrará em Hannover
A
participação brasileira na Feira de Hannover tem como objetivo apresentar
avanços feitos na produção sustentável, baseados em três pilares:
descarbonização, transição energética e bioeconomia. Em outra frente, a missão
oferecerá aos participantes a oportunidade de identificar novas tendências e
tecnologias, além de potenciais parceiros comerciais e em pesquisa e
desenvolvimento (P&D) que podem contribuir para o aumento da
competitividade e para a reindustrialização do Brasil.
“A Feira de
Hannover é um grande direcionador de tendências e rumos para o setor
industrial. Essa é uma oportunidade única de apresentarmos o que o setor
produtivo brasileiro está fazendo em uma agenda que é global e que representa
uma oportunidade de estimular a reindustrialização com projetos que estão
alinhados aos temas prioritários do maior evento de tecnologia do mundo”,
explica a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg.
Entre 17 e
21 de abril, no estande brasileiro, serão apresentadas as principais
iniciativas e estratégias da indústria em sessões abertas para os visitantes da
feira e público estratégico convidado. Cada apresentação é seguida de um showcase, no qual empresas
falarão de projetos que estão sendo executados. No espaço, também serão
realizadas reuniões para atração de investidores para os projetos que serão
apresentados nos eixos de transição energética, bioeconomia e descarbonização.
Os projetos
escolhidos para demonstrar as capacidades da indústria brasileira serão
apresentados por executivos das empresas convidadas para o estande da indústria
brasileira, divididos nos pilares da economia de baixo carbono. Em
descarbonização, as expositoras serão WEG, Embraer e Prosolar. Na sessão de transição energética, Tupy, Hytron Brazil e NEA, CTG Brasil, Siemens Energia e Porto de Suape. Em bioeconomia, Croplife, Suzano e Morlub.
Conheça
projetos que serão exibidos no estande da indústria brasileira
No estande
brasileiro, serão realizados tours guiados ao longo da duração da feira, e os
visitantes poderão conhecer três projetos que compõem a principal vitrine das
iniciativas do setor produtivo brasileiro, que serão expostos de forma virtual
e interativa. São eles:
Eixo
Transição Energética
à TechHub: Centro de Desenvolvimento de
Exportação de Hidrogênio Verde no Porto de Suape – Ambiente de
testes e produção do Hidrogênio Verde no Brasil – O SENAI e o PORTO DE SUAPE,
firmaram parceria para desenvolver infraestrutura e consolidar um ecossistema
de inovação para conexão de empresas, startups e outros centros de pesquisa
para produção, transporte, armazenamento, gestão e certificação do hidrogênio
verde (H2V) e energias limpas. Esta é uma excelente oportunidade para
interessados no brasil e no exterior se associarem a esta iniciativa e ampliar
ainda mais as oportunidades.
Eixo
Bioeconomia
à
Biorrefinaria Amazônica: A indústria oleoquímica brasileira
está consolidada na produção de óleos e manteigas vegetais para setores como o
farmacêutico, o cosmético e o de alimentos. Mas ainda há uma subutilização dos
resíduos dos processos industriais, como partes não aproveitadas de frutas e
tortas prensadas, que poderiam ser aproveitadas como fonte energética renovável,
fortalecendo a bioeconomia e a economia circular.
Apoiada
pelo SENAI, pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Emprapii) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), a Amazonly está pesquisando diferentes rotas tecnológicas
para o processamento desses resíduos oriundos de atividades extrativistas na
Amazônia. O aproveitamento ocorreria em biorrefinarias, que contribuiriam para
a geração de valor da floresta em pé e a exploração sustentável da floresta.
Eixo
Descarbonização
à Projeto
CO2CHEM: A elevada demanda energética mundial impõe o desafio de se
ampliar o portfolio de combustíveis alternativos e ambientalmente favoráveis à
redução da emissão de gases de efeito estufa. A aceleração do processo de
descarbonização da matriz energética mundial torna-se, assim, essencial. Isso
envolve a busca por rotas tecnológicas mais eficientes e de menor impacto
ambiental.
Realizado
por Repsol Sinopec com SENAI Cetiqt, Hytron, Departamento de Engenharia Química da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, o projeto de pesquisa
CO2CHEM consiste do desenvolvimento de alternativas tecnológicas para a
produção de hidrocarbonetos verdes a partir do dióxido de carbono (CO2).
Iniciado em 2021, o projeto concluiu, com êxito, a sua primeira etapa e iniciou
a segunda fase, em outubro de 2022.
Atração de
investimentos
A indústria
brasileira também conquistou um espaço no Business Global Markets, um espaço na Feira de Hannnover
destinado à apresentação de projetos para um público composto por
representantes de empresas, bancos de fomento e instituições de investimentos.
As iniciativas brasileiras são:
- Centro de
Desenvolvimento de Exportação de Hidrogênio Verde no Porto de Suape: Visa
apoiar a exportação de hidrogênio verde por empresas brasileiras através do
estabelecimento de um centro de desenvolvimento de exportação dedicado e infraestrutura
do porto de Suape.
-
Biorefinarias Regionais na Amazônia Brasileira: Visa
estabelecer uma rede de biorrefinarias na região da Amazônia brasileira para
converter biomassa em produtos de valor agregado, incluindo combustíveis,
produtos químicos e materiais, e promover o desenvolvimento de uma bioeconomia
circular na região.
- Centro de
Bioeconomia e Conservação da Amazônia (CBCA): O objetivo
deste projeto é estabelecer um centro de pesquisa e desenvolvimento para focar
especificamente em pesquisas sobre uso do solo e reabilitação de áreas
degradadas e, mais em geral, sobre o desenvolvimento de cadeias bioeconômicas
na Amazônia brasileira. O centro irá também promover a divulgação de boas
práticas na reabilitação de áreas degradadas e gestão do uso da terra e no
desenvolvimento da bioeconomia.
-
Prevenção de acidentes na indústria manufatureira de móveis no Brasil: O objetivo deste projeto é
reduzir a incidência de acidentes graves na indústria moveleira do Brasil, com
foco nas pequenas e médias empresas (PMEs), fornecendo treinamento de segurança
e apoiando empresas em reforma ou substituição de máquinas antigas para atender
aos requisitos de segurança atuais.
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