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Indústria apresenta plano para Estratégia Nacional de Ecoinovação
Propostas para tornar o Brasil protagonista na economia verde foram apresentadas pela CNI, Sebrae e MEI no segundo dia do 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, em São Paulo
A Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) lançaram, nesta quinta-feira (28), no 10ºCongresso Internacional de Inovação da Indústria, em São Paulo, uma proposta de
diretrizes para a criação de uma Estratégia Nacional de Ecoinovação voltada
para a indústria brasileira.
O documento sinaliza que, embora a indústria brasileira
tenha capacidade de inovar, são necessárias políticas públicas para o país
ocupar a posição de liderança verde global. Para impulsionar a ecoinovação na
indústria é necessário investir em políticas públicas, que serão capazes de
revitalizar o setor produtivo e as cadeias a ele integradas. A partir disso
será possível criar mais empregos, renda e expandir a economia do Brasil.
Confira aqui a íntegra da Proposta de Diretrizes para Estratégia
Nacional de Ecoinovação.
No painel de lançamento das propostas, o presidente da
GranBio e integrante da MEI, Bernardo Gradin, destacou o impacto das drásticas
mudanças climáticas e o movimento das principais economias do planeta para
desenvolver políticas que impulsionam a competitividade verde. É o caso dos
Estados Unidos, cujas políticas superam US$ 1 trilhão, o maior direcionamento
de recursos públicos para a agenda sustentável já realizado pelo país. A China,
por sua vez, tem como metas atingir o pico de emissões em 2030 e a neutralidade
de carbono até 2060.
“Após a pandemia, surge uma nova ordem mundial geopolítica
e comercial que terá como principais eixos a transição energética em resposta à
mudança climática e uma onda de estímulos públicos e subsídios, via preço de
carbono para reintegração de cadeias produtivas como defesa de mercado e
política de desenvolvimento protecionista”, pontuou Gradin. “Vivenciaremos
novos paradigmas sem precedentes nos modelos de negócios, comércio exterior e
na competitividade dos países, e uma palavra vai ganhar cada vez mais importância
estratégica: a ecoinovação”.
Política alinhada entre o poder público e o setor privado
A estratégia, que combina interesses públicos e privados,
se baseia nos seguintes fundamentos: a responsabilidade pelas mudanças
climáticas e os custos econômicos do não enfrentamento da emergência climática;
as novas políticas de desenvolvimento que impulsionam a competitividade verde; a
aceleração da corrida tecnológica; as vantagens do Brasil em relação ao
restante do mundo, como a biodiversidade, no cenário da ecoinovação; e o
desempenho de uma série de empresas brasileiras no tema da ecoinovação.
Para Gradin, a estratégia busca assegurar um ambiente
regulatório adequado, com investimentos governamentais aliados ao compromisso
do setor industrial com o aumento da produtividade e da competitividade, sempre
em bases sustentáveis. “Priorizando a agenda de ecoinovação, o Brasil vai avançar
na construção de uma imagem positiva para o mundo, de país referência no
desenvolvimento e na oferta de soluções verdes”, frisou.
A proposta de diretrizes compõe uma visão de longo prazo
pautada no conceito de missão de Estado, com mecanismos de estímulo e
recompensa ao investimento privado. O documento também propõe uma política de
fomento à ecoinovação, com o objetivo de ser referência para o cumprimento das
metas e compromissos climáticos, além de tornar a indústria brasileira
reconhecida globalmente como a mais inovadora em soluções sustentáveis.
Outros objetivos da estratégia são valorizar a
biodiversidade brasileira enquanto vantagem competitiva, promover a transição
para uma economia circular de baixo carbono e fortalecer a academia brasileira,
sobretudo no que diz respeito a produzir conhecimento de impacto.
Entre as ações estratégicas para acelerar a ecoinovação na
indústria brasileira, a CNI, o Sebrae e a MEI definem as seguintes prioridades:
• Criação de um mercado regulado de carbono;
• Harmonização regulatória quanto ao acesso à
biodiversidade amazônica;
• Desenvolvimento de uma taxonomia sustentável para
investimentos verdes no país;
• Visão de escala ao fomento à ecoinovação na indústria
brasileira por meio de estímulos financeiros e tributários;
• Formação de profissionais para trabalharem na indústria
verde;
• Ampliação do compartilhamento de risco tecnológico entre
academia, institutos de pesquisa aplicada e setor empresarial;
• Promoção da cooperação internacional para solucionar
problemas globais.
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