IMPRENSA
04 de October de 2023 - 16h51

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Margem equatorial e a melhoria da qualidade de vida do amazônida

A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) vê com preocupação a postergação da emissão da licença para exploração de petróleo na costa norte do Brasil, mais precisamente na região do Maranhão, Pará e Amapá. A FIERO alerta que isso compromete a mais promissora possibilidade de desenvolvimento da região e da melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas que vivem na Amazônia.


O presidente da FIERO, Marcelo Thomé, afirma que não se pode colocar o ser humano em segundo plano. “As ações de políticas públicas e ações privadas devem congregar, equilibrar e harmonizar o desenvolvimento econômico, a inclusão social e a preservação do meio ambiente”, reforça. Para Thomé, é necessário um diálogo com diversos atores de como preparar a economia para que ela seja sustentável e inclusiva, sem disputas políticas e ideológicas.


Na última sexta-feira, 29, o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) concedeu à Petrobrás, licença para explorar petróleo na margem equatorial. Porém contempla apenas a bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, onde já existe produção por parte da empresa, deixando às demais para um outro momento, pois alega ser necessários mais estudos de impactos ambientais.


É necessário um olhar mais sensível por parte dos órgãos governamentais, afinal, pelas características do óleo e estimativas de seu volume, a região desperta interesse da indústria brasileira e do mercado internacional, que identifica nela oportunidades promissoras que precisam ser desenvolvidas. O Plano Estratégico da Petrobrás (2023-2027) previa um investimento de US$ 3 bi na região, nos próximos cinco anos e a perfuração de 16 poços a partir do 1º trimestre de 2023.


Começando pela costa potiguar, em 5 anos a exploração avançaria para costa do Ceará, em 10 para a do Maranhão; com remotas possibilidades de chegar ao Pará em 15 e ao Amapá em 20 anos. A essa altura, o petróleo que poderia injetar, em 10 anos, de R$ 100 a R$ 150 bilhões na economia local, terá valor muito inferior ao de hoje.


Além de atender a demanda atual, é preciso planejar o atendimento à necessidade futura. O petróleo que será consumido em 2050 ainda precisa ser descoberto. Por isso, a região deve ser incorporada às áreas objeto de pesquisa para assegurar seu lugar entre as produtoras do futuro e, com isso, melhorar a vida de milhares de brasileiros, especialmente os amazônidas, gerando empregos, aumentando a arrecadação e ampliando o desenvolvimento regional e nacional.


Sobre a Margem Equatorial


A “Margem Equatorial” é uma faixa do litoral norte do país que vai do estado do Rio Grande do Norte ao Amapá. Segundo estudos da Petrobras, ela encerra importante potencial petrolífero, como comprovam as recentes descobertas de combustíveis fósseis em regiões limítrofes (Guiana, Guiana Francesa e Suriname - que já produz 1 milhão de barris/dia). É formada de 5 bacias sedimentares, do Rio Grande do Norte em direção ao Amapá: Potiguar, Ceará, Barreirinhas, Pará-Maranhão e Foz do Amazonas.

 

Com informações da Ação Pró-Amazônia – Associação das Federações das Indústrias da Amazônia Legal


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