Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
Acordo Mercosul-UE tem compromissos modernos para a agenda de comércio e o desenvolvimento sustentável, defende CNI
Para a
indústria, o acordo vai dinamizar os setores econômicos, fomentar a criação de
empregos, e viabilizar um marco contemporâneo de cooperação para o crescimento
econômico sustentável e justo
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reitera a defesa
da conclusão do Acordo de
Associação entre o Mercosul e a União Europeia por considerar
uma contribuição fundamental para as agendas de clima, sustentabilidade e
comércio. Para a CNI, o acordo reforça os objetivos e compromissos climáticos
globais. O assunto foi citado no Fórum Econômico Brasil-França, realizado ontem
(27), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em
São Paulo.
O texto,
concluído tecnicamente em 2019 e que está sendo aprimorado atualmente nas
rodadas de negociações iniciadas em 2023, estabelece um acordo associativo com
benefícios equilibrados e concretos aos dois blocos.
Para o
presidente da CNI, Ricardo Alban, mesmo tendo 20 anos o início do processo, um
recomeço demandaria uma quantidade maior de tempo, o que, certamente, implicará
em novos ciclos de ajuste. E assim sucessivamente. Alban destaca que, ao tratar
de comércio e desenvolvimento sustentável, o acordo já atende aos mais altos
padrões, comparável a outros acordos comerciais modernos. “A indústria vê este
acordo como um marco institucional moderno e responsável para conduzir as relações
econômico- comerciais no século XXI, levando em consideração a importância das
questões ambientais e sociais junto aos objetivos econômicos”, destaca Ricardo
Alban.
Ao longo
dos anos, o acordo Mercosul-UE tem passado por evoluções e transformações
significativas, o que demonstra a possibilidade de adaptação e resposta a
preocupações atuais. Isso é evidente, por exemplo, pelas intensas rodadas de
renegociações que têm ocorrido, desde 2023, que reforçam o compromisso de ambos
os blocos de alinhar o texto a valores e expectativas contemporâneos. As
discussões contínuas refletem o reconhecimento da necessidade de um acordo
comercial que promova o livre comércio e o crescimento econômico, em
conformidade com os objetivos globais de desenvolvimento sustentável e justiça
social.
“Como
qualquer outro acordo comercial, este não é um acordo estático. Ou seja, essa
negociação faz parte de um processo cíclico, que permite atualizações, sempre
que for necessário. Nesse sentido, as disposições estabelecidas servem como
ponto de partida para ampliarmos o diálogo entre os dois blocos e aprimorar os
padrões. Inclusive, faz parte do texto uma disposição específica de revisão,
que permite melhorias contínuas dos compromissos originalmente estabelecidos”,
explica Alban.
COMPROMISSOS
INCLUÍDOS NA NEGOCIAÇÃO DO ACORDO
Para a CNI,
os compromissos incluídos na negociação atual do acordo respondem a desafios
contemporâneos, o que demonstra a preocupação em manter o Acordo atual, como
por exemplo:
–
Compromissos para que os blocos promovam o comércio de bens sustentáveis,
inclusive nas cadeias de energias renováveis;
–
Compromissos e cooperação em comércio e empoderamento feminino;
– Reforço na
cooperação, para que a implementação do acordo promova o desenvolvimento
econômico de maneira sustentável, atingindo todos e todas da sociedade;
– Previsões
a respeito de requisitos de importação exigidos em medidas domésticas
relacionadas ao clima.
“Se o acordo não for
concluído, nenhum dos compromissos dessa agenda moderna de desenvolvimento
sustentável se transformará em compromisso jurídico internacional. Quem perde é
o Mercosul, a União Europeia e a França, que não poderão contar com uma agenda
de cooperação benéfica e de longo prazo para ambos”, avalia Ricardo Alban.
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