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Com entrada gratuita, SESI Lab promove visitas acessíveis no domingo (7)
O primeiro domingo de cada mês, a partir das 8h, é reservado a visitas de pessoas com espectro autista, neurodivergentes e da comunidade surda
No Dia
Mundial da Conscientização sobre o Autismo, celebrado hoje (2), o SESI Lab - museu 100% interativo - anuncia a próxima edição
das visitas acessíveis, no próximo domingo (7). Sempre no primeiro domingo de
cada mês, além da gratuidade para todos os públicos, o museu se adapta para
receber pessoas com espectro autista, neurodivergentes e a comunidade surda.
Mesmo sem
cobrança, é necessário garantir acesso antecipado no site da Sympla ou na bilheteria do museu. A cada edição,
são disponibilizados 200 ingressos para as visitas das 8h às 10h. Já as visitas
guiadas para a comunidade surda têm capacidade para 20 pessoas por sessão, mas
sem a necessidade de emissão de ingresso específico para essa atividade. Após
adquirir entrada no SESI Lab, os interessados devem se dirigir ao balcão de
informações no horário da visita.
As duas modalidades
de visita foram desenvolvidas pelas equipes de educação e de exposições do SESI
Lab e integram uma série de adaptações já existentes. “O SESI Lab, desde a sua
concepção, pensa na diversidade de públicos. A nossa ideia é sempre tornar
possível, de fato, a inclusão e a participação dos diversos públicos na nossa
programação e na experiência do museu”, explica a gerente de Programação
Cultural do SESI, Agnes Mileris.
As visitas
para a comunidade neurodiversa e de Transtorno do Espectro Autista (TEA) são
realizadas duas horas antes do funcionamento rotineiro, para garantir a
inclusão independentemente de habilidades físicas, sensoriais ou cognitivas.
Além do acolhimento logo na entrada do museu, com educadores e orientadores de
públicos capacitados, as visitas espontâneas contarão com ajustes sonoros e
visuais, como o desligamento do painel de LED e adequações em aparatos
interativos.
“A gente
elaborou esse roteiro para visitas acessíveis pensando nas adaptações que o
museu deveria ter para receber pessoas de grupos diversos com mais conforto. A
gente entende que o museu tem uma carga sensorial muito intensa”, pontua a
educadora Lua Cavalcante, formada em pedagogia e fotografia. “Desligar alguns
aparelhos com muito estímulos sonoros e as luzes geral do museu influenciam
muito na experiência. Por isso, trocamos alguns tons do projeto de iluminação,
alguns são muito vibrantes, para reduzir as chances de desconforto”, enfatiza
Helena Neves Simões, educadora e designer de formação.
Além disso,
são oferecidas visitas em Libras, com sessões às 11h e às 15h do mesmo dia, e
desenvolvidas atividades com dispositivos de acessibilidade - como brinquedos
sensoriais, fones com abafador de ruído e coberta ponderada -, disponibilizados
em um carrinho customizado para recursos de acessibilidade. Também foram
implantados mapas táteis em cada uma das galerias da exposição de longa
duração, recursos de audioguia e videolibras na exposição de longa duração,
somando-se aos recursos já existentes de legendas em braile e em fonte
ampliada.
Inclusão
física, sensorial e cognitiva
O Diálogos Acessíveis compreende
uma série de ações que buscam ampliar e melhorar o atendimento do museu,
levando em conta as premissas legais estabelecidas pelas políticas públicas
nacionais. Além das visitas acessíveis, foram desenvolvidas formações
continuadas com as equipes, com aprofundamento em diferentes tipos de
deficiência.
Todas as
ações implementadas no museu são resultantes do grupo de trabalho criado para
estruturar o Programa de Acessibilidade do SESI Lab, que contou com a
consultoria de Viviane Panelli Sarraf. Ela é doutora em Comunicação e Semiótica
pela PUC-SP, mestre em Ciência da Informação pela Escola de Comunicações e
Artes da USP, especialista em Museologia pelo Museu de Arqueologia da USP e
graduada em Licenciatura em Educação Artística pela FAAP.
Na avaliação
de Viviane, o SESI Lab se destacou por compreender, desde a elaboração do
projeto, acessibilidade como pilar de qualquer equipamento cultural. “O direito
das pessoas com deficiência ao acesso à cultura, à arte e à difusão científica
não deve ser encarado como algo auxiliar. É preciso estar no DNA de qualquer
instituição. O SESI Lab incorporou isso e hoje é um exemplo para outros museus
de ciências no Brasil”, avalia Sarraf.
Programa de
acessibilidade no Acervo Digital SESI Lab
No Acervo Digital, foi inserida a coleção do programa de
acessibilidade do SESI Lab. A coleção apresenta o material utilizado para as
ações de acessibilidade do museu, disponibilizando os audioguias e os
videolibras da exposição de longa duração. Por meio da leitura de QR codes, os
visitantes podem usufruir dos recursos de maneira online e
gratuita.
SESI LAB:
arte, cultura, ciência e tecnologia
Onde fica:
Setor Cultural Sul - Brasília, DF
Pontos de
referência: Antigo edifício Touring Club, em frente ao Conic Brasília e ao lado
da Plataforma Superior da Rodoviária do Plano Piloto.
Horário de
atendimento: terça a sexta-feira, das 9h às 18h. Sábados, domingos e feriados,
das 10h às 19h.
Reserve seu ingresso em www.sesilab.com.br
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