SENAI e Embrapa lançam edital de inovação para agricultura
Jovens cientistas: estudantes apresentam soluções inovadoras na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia
Entre as 21 propostas de alunos do SESI, estão copo antiassédio, sistema de alerta para troca de fralda, lixeira anti-Covid e embarcação para recolher lixo no mar
Uma
feira científica é feita de problemas reais, experimentos e muita pesquisa, que
resultam em soluções inovadoras. Quando essas inovações surgem das mãos, e da
mente, de jovens cientistas, estamos vislumbrando avanços - sociais, na saúde,
em transportes, alimentação e todas as outras áreas - que vão despontar no
futuro.
Nas últimas duas semanas, alunos do Serviço
Social da Indústria (SESI) <http://portaldaindustria.com.br/sesi/> se juntaram a estudantes de todo o Brasil na
maior feira de ciências e engenharia pré-universitária, a Febrace. Promovido anualmente
pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), o evento ocorreu no
formato on-line.
O objetivo é estimular a ciência, a inovação e
o empreendedorismo na educação básica e técnica, despertando novas vocações e
induzindo práticas pedagógicas inovadoras nas escolas. O SESI, que já possui
metodologia de ensino baseada em projetos e conta com programas de iniciação
científica, robótica e espaços makers, levou para a feira 21 projetos. Ao todo,
foram 345 finalistas, que participaram de uma mostra e votação virtual. A
cerimônia de premiação será realizada no sábado (27).
Pesquisas e soluções para problemas sociais e
ambientais
A maioria dos projetos de alunos do SESI
enquadra-se na categoria engenharia, mas há, por exemplo, pesquisas sobre o
movimento estudantil na Bahia e as correspondências secretas enviadas ao
Departamento de Estado dos Estados Unidos na época da ditadura; um manifesto
para desconstrução do racismo e machismo; e um guia sobre as espécies animais
que habitam os canaviais e podem cruzar o caminho de ciclistas.
As soluções com tecnologia também são
abrangentes. Os estudantes desenvolveram produtos como uma lixeira
descontaminadora ultravioleta para evitar a disseminação do novo coronavírus
pelo lixo; um dispositivo que avisa enfermeiros e cuidadores para trocar a
fralda dos pacientes; uma telha de bagaço e palha de cana-de-açúcar; uma
embarcação movida a energia solar para recolher lixo flutuante; e um copo que reconhece
se alguém dissolve substâncias conhecidas como “boa noite cinderela” na bebida.
Copo antiassédio alerta dopagem de bebida
O copo foi desenvolvido pelas alunas Laura Fonseca, 16 anos, e Laura Larossa, 17 anos, com a orientação dos professores João Alberto Braccini e Eduarda Fehlberg, da Escola SESI Arthur Aluízio Daudt, em Sapucaia do Sul (RS). Como Laura Fonseca explica no vídeo de apresentação do projeto, elas partiram da análise de alterações químicas que ocorrem em bebidas adulteradas “para criar um dispositivo que possa ser utilizado de diversas maneiras e possa sinalizar essas alterações no nível de pH”.
A dupla reforça a importância de conscientizar
a comunidade sobre os riscos da dopagem: “um dos principais efeitos colaterais
que a vítima pode sofrer é a amnésia retrógrada, que dificulta a notificação
dos casos”. Ao identificar a alteração do pH no líquido, o copo – de 17cm de
altura, 8,5cm de diâmetro na base e 9,8 cm de diâmetro na boca – vibra.
As alunas começaram a trabalhar com a proposta
no final do ano passado, quando estavam no 2º ano e viram a repercussão do caso
da jovem Mariana Ferrer. Após as análises químicas e a confirmação da hipótese
inicial, de que é possível identificar a mudança no pH ao dissolver os fármacos
que dão sonolência, elas testaram os sensores e definiram o formato do copo.
O próximo passo seria a produção dos copos,
mas, em razão da suspensão das atividades presenciais, não foi possível
desenvolver as unidades. Com a repercussão positiva na Febrace, elas se sentem
ainda mais engajadas para transformar a ideia em produto.
Confira os 21 projetos apresentados por alunos
do SESI na 19ª Febrace <https://infogram.com/1pw17n17qqpljyfvjre92yrrvwa990l9gd5?live>
.
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