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SESI e SENAI trabalham há 80 anos pela inserção dos jovens menos favorecidos no Brasil, dando formação e cidadania
Para presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmações do secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, desprezam contribuição das instituições para qualificação e aumento da empregabilidade do trabalhador
O Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) lamentam as declarações do secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida. Suas falas demonstram profundo desconhecimento de como as instituições já contribuem, de forma efetiva e permanente, com a inserção de jovens brasileiros no mercado de trabalho, sobretudo os de classes menos favorecidas.
“Querer desestruturar o trabalho já realizado pelo SESI e
pelo SENAI por meio de uma ‘facada’, na tentativa de enfraquecer duas das
principais instituições com capacidade para contribuir com os esforços de
reduzir a informalidade e o desemprego no país, isso sim, é condenar uma
parcela da população à pobreza”, afirma Robson Braga de Andrade, presidente da
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O SENAI é a principal instituição de ensino técnico e
profissional do país, com mais de 80 milhões de trabalhadores formados em oito
décadas de atuação. Seu modelo de formação mantém o currículo sempre alinhada à
evolução tecnológica da indústria, o que se traduz em inclusão e
empregabilidade para os jovens capacitados em diversos setores da indústria.
Tanto é que 7 em cada 10 de seus egressos – cuja renda
média é de 1,54 salário-mínimo (a renda média do país é de 2,54 SM) –
encontram-se empregados um ano após a conclusão da formação técnica, resultado
de uma metodologia eficaz e em constante atualização, reconhecida pela OIT e
pela Unesco e replicada em mais de 20 países.
O SESI oferece educação básica focada na formação para o
futuro do trabalho a mais de 900 mil jovens. Sua metodologia é de reconhecida
excelência e seus alunos têm elevado desempenho no Sistema de Avaliação da
Educação Básica (Saeb). Em 2020, a Educação de Jovens e Adultos (EJA)
beneficiou 36,7 mil trabalhadores já fora da idade escolar, permitindo a
conclusão dos estudos e maior possibilidade de inserção no mercado de trabalho
e crescimento profissional.
Em 2020, o SESI e o SENAI formaram a primeira turma do Novo
Ensino Médio, numa experiência pioneira no Brasil. São 198 jovens, dos quais
13% da classe C e 87% da classe D, que chegam ao mercado de trabalho com um
diploma técnico.
Além disso, em 2020, 4,3 milhões de trabalhadores foram
beneficiados com serviços de saúde e segurança do trabalho e 869 mil vacinas
contra a gripe foram aplicadas. Em 2021, o SESI já apoiou o poder público na
vacinação de mais de 730 mil brasileiros contra a Covid-19, reforçando o
compromisso de acelerar a imunização dos trabalhadores, sem a qual o Brasil não
retomará uma rota firme e consistente de crescimento econômico.
Durante os meses mais agudos da pandemia, em 2020, o SENAI
ofereceu mais de 1.570.148 matrículas gratuitas em cursos de educação técnica e
profissional para contribuir com a continuidade da formação e qualificação do
trabalhador brasileiros. Em parceria com mais de 20 empresas e instituições -
entra as quais o Ministério da Economia - o SENAI liderou a iniciativa que
resultou no conserto de mais 2,5 mil respiradores mecânicos que foram
devolvidos a hospitais das redes pública e privadas, contribuindo para salvar
as vidas de milhares de pacientes infectados pelo coronavírus.
Três programas com o Ministério da Economia
Embora o secretário do Ministério da Economia demonstre não
saber, o SENAI já participa de três programas iniciados em 2020 justamente com
foco na inserção de jovens no mercado de trabalho e no aumento da produtividade
de empresas: o Emprega Mais, o Brasil Mais e o Aprendizagem 4.0, sendo que este
último, busca formar uma nova mão de obra para a indústria brasileira e tem
como premissa inserir a juventude nas tecnologias digitais tão requeridas no
processo de transformação digital das empresas.
Também é importante lembrar que o SESI e o SENAI estavam
negociando com o Ministério da Economia a participação nos novos programas de
inclusão de jovens no mercado de trabalho, via oferta de vagas gratuitas para
qualificação profissional.
Para essa parcela da população, o SESI e o SENAI já
representam uma oportunidade de conquistar condições mais sólidas de
empregabilidade e mobilidade social, um passaporte para a cidadania para
milhares de jovens carentes.
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