SENAI de Ariquemes leva alunos de Técnico de Edificações para visita técnica em uma construção
Instituto Amazônia+21 tem sede na FIEAM
Quarenta por cento da economia global estão baseados em produtos e componentes derivados da biodiversidade e a Amazônia Legal, composta por nove estados – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do estado do Maranhão -, responde por cerca de 1/3 da biodiversidade do planeta. Esses dados foram expostos nesta segunda-feira, 11, na sede da FIEAM, por ocasião de lançamento do Instituto Amazônia +21. De acordo com presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) e articulador do Instituto, Marcelo Thomé, é possível desenvolver mais negócios sustentáveis conectando investidores e toda a cadeia de produção local.
Para promover essa conexão do setor produtivo, instituições
financeiras, academia, comunidades locais, sociedades e público do Brasil e do
exterior, o empresário, que também lidera o Conselho Temático de Meio Ambiente
da CNI e preside a Ação Pró-Amazônia, formada pelas federações de indústrias
dos estados da Amazônia Legal, ressalta a importância de viabilizar diálogos
para o desenvolvimento sustentável, proteção do bioma Amazônia, geração de
riqueza e qualidade de vida para 23 milhões de pessoas nos noves estados que
compõem a Amazônia Legal.
“O Instituto Amazônia +21 nasce para poder apoiar as
empresas locais a se preparem para esses financiamentos verdes, a serem
empresas conectadas a critérios ESG (Environmental, Social and Governance) e
conectá-las a grandes empresas, com compromisso ou interesse em investir na
região, em prol da mesma agenda, que são os fomentos aos negócios sustentáveis
na região amazônica, tendo como base a biodiversidade do bioma amazônico”,
explicou ele.
Na oportunidade que reuniu empresários do Amazonas, Thomé
destacou as oportunidades presentes no local, com riquezas que permanecem
praticamente inexploradas economicamente em contraste com a atual valorização
dos produtos originados da biodiversidade que representam 40% da economia
global.
“Então são as oportunidades que a floresta amazônica nos
oferece e que a gente agora tem como compromisso transformá-las em negócio,
além de poder conectar as médias e pequenas empresas da Amazônia as grandes
empresas nacionais e estrangeiras, suas cadeias de fornecimentos e também ao financiamento
verde”, disse ele.
Entre as ações a serem desenvolvidas pelo Instituto,
Marcelo Thomé anuncia serviços de assessoria na aplicação de recursos para
projetos sustentáveis, articulação de parcerias voltadas para a incorporação de
novas tecnologias, consultoria técnica de negócios com critérios ESG e gestão
eficiente de projetos, difusão de práticas ESG voltadas para a Região Amazônica
e mensuração de resultados e impactos dos projetos implementados.
Como mais um reforço do trabalho que já vem sendo feito
pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), ao longo dos 61
anos de existência, segundo Thomé, a iniciativa conta com apoio das federações
ao longo da região da Amazônia Legal para somar estímulo aos investimentos em
linha com o desenvolvimento sustentável.
“Temos na Amazônia uma vasta oportunidade de diversificação
da indústria, a partir de novas premissas e de uma série de vantagens
comparativas, além da maior biodiversidade do planeta, com amplas soluções da
natureza para, praticamente, todas as reações químicas e bioquímicas a serem
aplicadas na indústria”, relatou o presidente da FIEAM, Antonio Silva.
Com marcos regulatórios para lidar com Propriedade
Intelectual, Biodiversidade e Conservação da Natureza, Silva disse que pode ser
disposto o conhecimento dos Institutos de Ciência, Tecnologia e Inovação, que
estão preparados para interagir com o setor produtivo e gerar inovações.
“Somos mais de 20 milhões de brasileiros na Amazônia Legal,
com a responsabilidade de caminhar com um novo olhar para o desenvolvimento
baseado em pesquisa, inovação, bioeconomia e com modelos de negócios adequados
às diferentes realidades da nossa imensa região”, pontuou.
Secretaria de Meio Ambiente favorável a discussão
Para o Secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema),
Eduardo Taveira, a discussão é benéfica para todo o estado trabalhar atividades
que possam favorecer esse desenvolvimento sustentável, ou seja, conservação
ambiental, mas também gerando renda e crescimento econômico, reunindo as
federações das indústrias e trabalhando com uma agenda competitiva, inovadora e
também sustentável.
“O estado, por meio da secretaria do Meio Ambiente, tem
todo o interesse de apoiar, integrar e fazer parte desse processo, o que a
gente mais quer é que o distrito industrial, as nossas indústrias, possam
ajudar a desenvolver novos modelos econômicos aqui para o estado”, contou ele
ao incluir também as cadeias produtivas sustentáveis horizontalizando mais o
papel produtivo incluindo comunidade e ribeirinhos. “Temos uma série de insumos
que muitas vezes só a gente tem e que com certeza podemos liberar em curto
prazo, em médio prazo até sermos líderes mundiais nessa nova economia”.
Empresários interessados em receber mais informações sobre
o Instituto e as ações que podem ser desenvolvidas por ele, podem entrar em
contato pelos endereços marcelo.thome@amazonia21.org e contato@amazonia21.org
ou pelos telefones (92) 3216-3457 e (92) 99268-3495.
Divulgação FIEAM
Mais notícias
Libras é tema de entrevista na Unidade do SESI de Cacoal
IEL-RO presente no Projeto IEL de Talentos no Ceará
Compliance da FIERO promove Oficina de Gestão de Riscos na Casa da Indústria