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FIERO debate sobre Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade em evento da CNI
Trabalhar para garantir o desenvolvimento sustentável não só da Amazônia, mas de todo o país e enfrentar a desigualdade de crescimento regional no Brasil. Com essas afirmações, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) e diretor executivo do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, discorreu sobre o tema Desenvolvimento Econômico e Sustentabilidade, durante a rodada de debates da série de diálogos que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) promove para celebrar os 200 anos de Independência do Brasil. Esta edição ocorreu em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em São Paulo, nesta quarta-feira, 27.
Ao ser indagado sobre quais as oportunidades perdidas pelo
Brasil no campo do desenvolvimento econômico e da sustentabilidade ao longo dos
últimos 200 anos e quais os principais avanços alcançados pelo país desde a
independência, Thomé afirmou que a promoção do diálogo é fundamental para
construção e identificação de novos caminhos para o desenvolvimento econômico
do Brasil.
O presidente da FIERO reafirmou que para esse crescimento,
é necessário ouvir todas as partes e citou a realização do Fórum Amazônia+21 em
novembro de 2020, que foi uma oportunidade para dialogar sobre o tema do
desenvolvimento sustentável na Amazônia, onde tivemos a participação de diversos
especialistas, empresários e pessoas da região e foi possível identificar
caminhos inovadores e que expressam a vontade de todos que contribuem com o
território amazônico.
“A partir disso, A FIERO e demais Federações que compõem a
Amazônia Legal e com apoio da CNI decidimos assumir a agenda do desenvolvimento
sustentável na região, e por isso instituímos um movimento empresarial de quem
está na Amazônia e que entende a complexidade e as oportunidades, através de um
projeto único, que é a promoção de negócios sustentáveis, compromisso não só
dos empresários, mas como do Instituto Amazônia+21”, ponderou Marcelo Thomé.
Thomé comentou que a Amazônia carece de investimentos de
infraestrutura. “Desde sua redemocratização, A Amazônia não recebeu qualquer
investimento adequado, com exceção às usinas do Rio Madeira, e sempre no campo
privado. Hoje, os prefeitos do Norte do Brasil discutem asfalto, calçada e
iluminação pública, uma agenda do século 19 e que impõem a uma população de 24
milhões, conviver com a ausência de tudo que é básico e que são preceitos
constitucionais”, ponderou.
O presidente da FIERO também disse que resgatar o
compromisso com as pessoas talvez seja um dos principais movimentos que os
empresários devem deflagrar a partir de agora para os próximos anos. “Devemos
olhar para as pessoas em primeiro lugar para diminuir as desigualdades, a miséria
e o ilícito no recorte amazônico. Sem destinação econômica, regularização
fundiária e inovação para que entendamos de que maneira que a floresta em pé
efetivamente pode gerar riqueza, quais produtos e processos produtivos, ou
seja, qual é essa indústria que tem a imagem da Amazônia e que deve ser
promovida ao longo dos próximos anos”, comentou.
Marcelo Thomé dividiu este diálogo com o presidente da CNI,
Robson Andrade, com o presidente da FIESP, Josué Gomes da Silva, com os
empresários Luiza Trajano e Bernardo Gradin, e com o economista e professor
Paulo Gala. Os eventos são realizados em parceria com o jornal eletrônico Poder
360.
Sobre os debates
O objetivo dos seminários “A indústria e o futuro do Brasil”
propostos pela CNI, é fazer uma reflexão sobre os avanços ocorridos no país ao
longo dos últimos 200 anos, o que caracteriza o momento atual e os desafios que
temos para as próximas décadas, em cada um dos temas que serão abordados. O
projeto tem curadoria do ex-senador, escritor e professor emérito da
Universidade de Brasília, Cristovam Buarque. Os próximos debates abordarão o
Desenvolvimento Social (04/05), Desenvolvimento Industrial, Científico e
Tecnológico (11/05) e Educação e Cidadania (01/06).
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