Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
Indústria define diretrizes para a próxima década
CNI reúne
empresários para elaboração do Mapa Estratégico da Indústria 2023-2033. O
documento vai traçar estratégias e políticas públicas para enfrentar os
desafios da nova economia do conhecimento
A Confederação Nacional da Indústria
(CNI) reuniu mais de 1,5 mil
empresários e representantes da indústria para discutir as bases do Mapa Estratégico da Indústria 2023-2033.
De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a ideia é definir
as diretrizes de propostas das políticas públicas e das medidas necessárias
para que o Brasil e suas empresas possam avançar, a partir da avaliação das
tendências e das tecnologias que vão transformar os modelos de produção e de
negócios na próxima década.
“Entender
esses desafios e traçar as estratégias adequadas para enfrentá-los é
imprescindível para garantir o futuro das empresas e o desenvolvimento
econômico e social do Brasil”, explica Robson Andrade. A reunião ocorre, nesta
quinta-feira (30), durante o Encontro Nacional da Indústria
(ENAI), o maior e mais importante evento do setor empresarial e um dia
depois do Diálogo da Indústria com os
Pré-Candidatos à Presidência da República para as
eleições de 2022. Os dois eventos são organizados pela CNI.
Robson
Andrade avalia que a digitalização e as modernas tecnologias proporcionam o
aumento da produção, a melhoria da qualidade dos produtos e a redução de custos
dos bens industriais. Além disso, ajudam a fortalecer a conexão da indústria
com os clientes e favorecem os recentes movimentos de retorno das fábricas aos
países de origem.
Tecnologias
digitais encurtam distâncias e transformam o mundo do trabalho
Entre as
muitas vantagens proporcionadas pela revolução digital, diz o presidente da
CNI, destaca-se a possibilidade de diversificação de fornecedores e de
realocação das etapas de produção para regiões geograficamente mais próximas ou
que operam em fuso horário semelhante ao do mercado consumidor. “Isso abre oportunidades
para o Brasil atrair investimentos e ampliar sua integração internacional”,
explica Robson Andrade.
As mudanças
são ainda mais visíveis no mundo do trabalho. A inteligência artificial abriu o
caminho para a automatização de várias atividades não repetitivas. Atualmente,
por exemplo, os engenheiros não precisam se deslocar para fazer a manutenção de
máquinas e equipamentos que estão a milhares de quilômetros de distância. Do
mesmo modo, as teleconsultas encurtaram a distância entre médicos e pacientes e
têm sido um importante instrumento de apoio para os serviços de saúde em
localidades remotas do país.
“Esse mundo
admirável requer trabalhadores bem formados, conectados com as tecnologias
digitais, e capazes de interpretar e aplicar as inovações nas diversas
atividades das empresas. Para isso, é necessário melhorar a qualidade da
educação em todos os níveis”, diz Robson Andrade.
Educação,
inovação e sustentabilidade estão no centro das mudanças necessárias
Robson
Andrade afirma que o ensino básico precisa preparar os alunos para a nova
realidade em que o aprendizado se dará ao longo de toda a vida. A educação
profissional deve capacitar os estudantes para operar as novas tecnologias e
dominar tarefas cada vez mais complexas. E, os cursos superiores, por sua vez,
têm de impulsionar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação, buscando sempre
as novas fronteiras do conhecimento e a interação com o setor produtivo.
“É
igualmente importante que a legislação trabalhista acompanhe as constantes
mudanças que estamos vivendo e não represente um obstáculo para o advento de
novas formas de produção e de trabalho”, diz o presidente da CNI. Ele lembra
ainda que a tecnologia também facilitou o contato direto dos consumidores com
as empresas, a troca de informações e as mobilizações das pessoas por meio das
redes sociais.
Com isso,
vem crescendo a importância de as empresas adotarem valores relevantes para a
sociedade como o cuidado com o meio ambiente, a responsabilidade social e as
boas práticas de governança corporativa.
Mudanças
climáticas trazem novos desafios e oportunidades para a indústria
Além disso,
a mudança do clima é um desafio que o Brasil precisa enfrentar com determinação
para cumprir as metas assumidas no Acordo de Paris e contribuir com o esforço
global de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e construir um planeta
mais sustentável. “A descarbonização dos processos de produção requer
investimentos elevados, mas também oferece muitas oportunidades para o Brasil”,
avalia o presidente da CNI.
Segundo
ele, a matriz energética limpa, a expressiva área coberta por florestas, a rica
biodiversidade e a maior reserva de água doce do mundo são características do
país que podem trazer vantagens competitivas para as empresas e ampliar as
exportações de produtos brasileiros.
“O Mapa Estratégico da Indústria,
que é um roteiro para a construção de uma indústria competitiva, inovadora,
global e sustentável, também pode ser um guia para o Brasil voltar a crescer de
forma vigorosa e sustentada, e melhorar a qualidade de vida da população”,
explica Robson Andrade.
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