FIERO cumpre seu papel em apoio a indústria rondoniense
1 em cada 4 brasileiros não consegue pagar todas as contas do mês
Pesquisa inédita da CNI mostra ainda que, com orçamento apertado, houve uma redução dos gastos com lazer, roupas e viagens. Apesar disso, a maioria acredita na melhora da sua situação econômica em 2022
Um em cada quatro brasileiros vive uma dura realidade no fim do mês: falta dinheiro para pagar todas as contas e sobram dívidas. E em um cenário em que é difícil sair do vermelho, poucos poupam, pois 69% da população não conseguem guardar dinheiro. Os poupadores são 29%. A pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra ainda que, com o orçamento apertado, mais da metade dos entrevistados reduziram as despesas com lazer, deixaram de comprar roupas ou desistiram de viajar.
Apesar disso, a expectativa da população é chegar ao fim do
ano com um pouco mais de folga nas finanças. Do total de entrevistados, 56%
acreditam que, até dezembro, estarão com uma situação econômica pessoal melhor
ou muito melhor.
“A pandemia de Covid-19 e uma série de outros desafios,
como a guerra na Ucrânia, comprometeram a recuperação da economia e a retomada
do crescimento no Brasil. A aceleração da inflação levou a um novo ciclo de
aumento de juros, o que desestimulou o consumo e os investimentos. Ao menos,
estamos diante de um cenário de recuperação do mercado de trabalho, com redução
do desemprego e aumento do rendimento da população - o que nos dá uma
perspectiva de superação, ainda que gradual, dessa série de dificuldades que as
famílias estão enfrentando”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
A pesquisa encomendada pela CNI para o Instituto FSB
Pesquisa é a segunda realizada no ano com foco na situação econômica e hábitos
de consumo da população. Foram entrevistados, presencialmente, 2.008 cidadãos
em todas as unidades da federação entre os dias 23 e 26 de julho.
CORTE DE GASTOS: 16% DOS BRASILEIROS TIVERAM DE VENDER
ALGUM BEM PARA PAGAR DÍVIDAS E APENAS 14% PRETENDEM AUMENTAR GASTOS ESTE ANO
Sem conseguir poupar ou sair do negativo, a maioria da
população (64%) cortou gastos desde o início do ano e um em cada cinco
brasileiros pegou algum empréstimo ou contraiu dívidas nos últimos doze meses.
Entre quem reduziu o consumo, 61% demonstram otimismo e dizem ser uma situação
temporária. Mas apenas 14% dos brasileiros pretendem aumentar os gastos até o
fim do ano.
Quando questionados sobre algumas situações específica
neste ano sobre o orçamento pessoal, 34% dos entrevistados já atrasaram contas
de luz ou água, 19% deixaram de pagar o plano de saúde e 16% tiveram de vender
algum bem para quitar dívidas.
Além da redução de despesas com lazer e itens de uso
pessoal, como roupas e calçados, o orçamento apertado também trouxe mudanças no
dia a dia do brasileiro, como parar de comer fora de casa (45%), diminuir
gastos com transporte público (43%) e deixar de comprar alguns alimentos (40%).
“O estudo mostra os efeitos da situação econômica do país
nos hábitos da população. O aumento de preços de produtos como gás de cozinha,
alimentos e combustível impacta diretamente no orçamento das famílias e isso
reflete na redução do consumo de uma forma mais ampla”, destaca o gerente de
Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
POPULAÇÃO SENTE AUMENTO DO VALOR DE GÁS DE COZINHA, COMIDA, LUZ E COMBUSTÍVEL. E O HÁBITO DE PECHINCHAR PREÇOS FOI COMUM NESTE ANO
Sobre o aumento dos gastos, gás de cozinha lidera o ranking
de produtos cujos preços mais subiram nos últimos seis meses na percepção da
população. Nesta edição da pesquisa, 68% disseram que o valor do gás está maior
contra 56% em abril.
Em seguida, vem alimentos, conta de luz e combustível. Mais
da metade dos brasileiros apontaram que o valor desses itens aumentou no
período. A percepção de alta dos preços de itens como arroz e feijão e carne
vermelha também cresceu bastante em relação à pesquisa de abril, com aumento de
mais de 10 pontos percentuais em julho.
Diante do aumento dos preços, a maioria da população (68%)
pechinchou antes de fazer uma compra este ano e utilizou o cartão de crédito
(51%). O famoso “comprar fiado” fez parte da realidade de 3 em cada 10
brasileiros este ano, mais que cheque especial, crédito consignado ou
empréstimo com outras pessoas, que tiveram menos de 15% de uso cada um entre os
entrevistados.
Confira aqui a pesquisa completa
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