Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
56 por cento dos empresários apontam Reforma Tributária como a principal medida para o próximo governo criar empregos no país
Pesquisa da CNI aponta também que, para 1 em cada 3 executivos, Educação deve ser a prioridade do presidente eleito, antes de crescimento econômico
O que o
próximo governo deve fazer para estimular a geração de empregos? A maioria dos
empresários brasileiros (56%) acredita que a medida mais importante é realizar
a Reforma Tributária, segundo uma pesquisa inédita realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além do modelo
complexo e ineficiente de cobrança de impostos, que freia o crescimento da
economia, os altos tributos e a falta de qualificação profissional também são
vistos como gargalos para ampliar as oportunidades de trabalho no país. Na
opinião de 48% dos executivos, é preciso reduzir os impostos sobre a folha de
pagamento e 35% apontaram também, entre as principais medidas para gerar
emprego, a necessidade de fortalecer a capacitação profissional.
“O complexo
e oneroso sistema de cobrança de impostos do país inibe a produção de todos os
setores econômicos e dificulta a geração de empregos e de renda para os
brasileiros. A Reforma Tributária é fundamental para acelerar o ritmo de
crescimento da economia e, por isso, deve ser uma prioridade para o próximo
governo”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Cada um dos
entrevistados, ao responder à pergunta sobre o que o próximo governo deveria
fazer para gerar empregos, foi estimulado a escolher duas ações. Realizar a
Reforma Tributária foi a mais apontada pelos empresários tanto como primeira
quanto como segunda medida mais importante, tendo sido citada por mais da
metade dos entrevistados.
Ainda
aparecem como medidas relevantes para a geração de empregos, de acordo com os
empresários entrevistados pela pesquisa, liberar crédito para as empresas
investirem e/ou expandirem a sua capacidade produtiva (29%) e realizar novos
aperfeiçoamentos na legislação trabalhista (25%). Os percentuais são o
somatório total de entrevistados que citaram a medida como primeira e segunda
mais importante.
A pesquisa Agenda de Prioridades da CNI,
encomendada ao Instituto FSB Pesquisa, ouviu 1.001 executivos de empresas
industriais de pequeno, médio e grande porte de todas as regiões do país. As
entrevistas, feitas por telefone, foram realizadas entre os dias 10 e 24 de
agosto de 2022. O questionário, além de perguntas relacionadas à geração de
emprego e outras questões importantes para o crescimento da economia, também
aborda Saúde, Educação e Segurança.
Para um em
cada três empresários, o próximo presidente deve priorizar Educação
A pesquisa
mostra, ainda, que os empresários reconhecem a relevância da formação dos
jovens brasileiros para o crescimento da indústria e para o desenvolvimento do
país. Para um em cada 3 entrevistados, a Educação deve ser a principal
prioridade do presidente eleito nos próximos quatro anos. Foi o tema mais
citado pelos executivos como primeira e segunda principal prioridade do país. O
segundo tópico mais citado para ser a prioridade do governo a partir de 2023
foi Saúde Pública (26%) e na terceira posição aparece crescimento econômico,
tendo sido apontado por 20% dos entrevistados como primeira ou segunda
principal medida. Em seguida, redução de impostos (14%) e geração de emprego
(12%).
Sobre a
importância dada à Educação pelos empresários para os próximos quatro anos, o
presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destaca: “A educação de qualidade
em todos os níveis é um dos pilares fundamentais para a construção da cidadania
e da prosperidade das nações. Só com educação de qualidade vamos preparar
pessoas capazes de interpretar os avanços tecnológicos e propor soluções
inovadoras”.
A urgência
em investir em Educação e Saúde acompanha a avaliação dos empresários sobre as
áreas que mais pioraram nos últimos quatro anos: as duas áreas aparecem no topo
da lista, com 22% e 21% das citações, respectivamente. Os próximos tópicos que
os empresários destacaram como aqueles com desempenho abaixo, mas com
percentuais menores, foram inflação (9%) e segurança pública (7%). Nesta pergunta,
cada um dos entrevistados apontou apenas uma opção.
O que
priorizar em Educação? Maioria dos empresários defende ensino técnico e básico
Entre os
caminhos possíveis para melhorar a Educação no país, a maioria dos empresários
apontou que, entre os diferentes níveis de formação, os que mais precisam do
olhar do poder público são o ensino técnico (34%) e o ensino básico (32%). Em
seguida, aparece a alfabetização, com um total de 18%. Os demais níveis de
formação, como Ensino Médio, Ensino Superior e pós-graduação, somam 14%.
Já com
relação às ações específicas para a área, um em cada três executivos acredita
que a prioridade do próximo governo deva ser melhorar a capacitação dos
professores. A qualificação aparece muito acima da necessidade de contratar
mais docentes, citada apenas por 2% dos entrevistados. No topo da lista de
medidas mais importantes para a área, na visão dos empresários, também estão
priorizar os cursos técnicos/profissionalizantes (20%) e aumentar os salários
dos professores (20%). Como cada um dos entrevistados respondeu duas
prioridades para a área, o percentual é a soma das escolhas da primeira e
segunda principal medida.
“A pesquisa mostra que há uma demanda do setor empresarial por maior investimento no ensino técnico, que está mais alinhado às necessidades do mercado de trabalho. Outro ponto é a preocupação dos executivos com a qualidade do ensino. Diante de uma indústria cada vez mais tecnológica, o ensino precisa acompanhar as habilidades exigidas pelas empresas”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Empresários
defendem melhoria das condições das unidades de saúde. Em segurança, elegem
como prioridade ampliar efetivo nas ruas e equipar a polícia
Sobre as
prioridades do próximo governo para a área da Saúde, para um em cada quatro
empresários deve ser a melhoria das condições dos hospitais e postos de saúde.
Em seguida, os entrevistados elegeram como ações urgentes qualificar melhor os
médicos e enfermeiros (19%), contratar mais médicos e enfermeiros (19%) e a
necessidade de mais investimentos em Saúde (19%). Como os entrevistados
elegeram duas prioridades, cabe ressaltar, no entanto, que aportar mais
recursos foi eleita por 16% como primeira principal medida, percentual que
supera os tópicos que ficaram no somatório em segundo e terceiro lugar.
Na área de
Segurança, a prioridade do governo que assume em 2023, na opinião dos
empresários, deve ser aumentar o efetivo de policiais nas ruas (23%) e equipar
a polícia (20%). Aumentar o salário dos policiais, evitar que pessoas que
cometam crimes fiquem pouco tempo na prisão e reformulação do código penal
aparecem como ações importantes para 15%, 13% e 12% dos entrevistados,
respectivamente. Assim como nas demais áreas (Saúde e Educação), os percentuais
são a soma da escolha como primeira e segunda principal prioridade para o tema.
Empresários
apostam na redução de impostos, simplificação de impostos e controle dos gastos
públicos para a melhoria da economia brasileira
Quando se
trata do cenário atual, quase a metade (48%) dos empresários avalia a situação
da economia brasileira como ótima ou boa. Do total, 35% avaliaram a economia
como regular e 17%, ruim ou péssima. Para melhorar a economia brasileira, 43%
dos empresários apontaram que o próximo presidente deve priorizar, nos próximos
dois anos, reduzir os impostos. A segunda prioridade apontada para a área foi
simplificar os impostos, tendo sido citada por 28% dos entrevistados como
primeira ou segunda opção.
Um percentual
relevante dos executivos também acredita que é preciso controlar os gastos
públicos (24%), combater a inflação (23%), gerar empregos (23%) e reduzir as
taxas de juros (17%).
Em relação
às prioridades do próximo governo pensando nas empresas dos executivos e no
ambiente de negócios do país, o resultado é muito similar à pergunta sobre as
prioridades para a economia brasileira: 41% acreditam que o poder público deve
avançar com a redução de impostos e 23% citaram a realização da Reforma
Tributária. Em terceiro lugar aparece a oferta de linhas de crédito
facilitadas, tendo sido citadas por 17% dos entrevistados.
Otimismo
para o futuro: 7 em cada 10 empresários acreditam na melhora da economia
Em relação
ao futuro do país, a expectativa é positiva: sete em cada dez empresários estão
otimistas ou muito otimistas. Um percentual ainda maior (77%) está otimista
quanto ao futuro da indústria brasileira. Sobre a economia do país, 69%
disseram que deve melhorar um pouco ou muito nos próximos quatro anos.
“A discussões em torno da
Reforma Tributária avançaram no país e hoje temos um inédito consenso em
relação à importância e urgência dessa agenda. O texto em tramitação no
Congresso Nacional, a PEC 110, é resultado de um amplo debate, com a
participação dos mais diversos segmentos da sociedade e especialistas. Há uma
expectativa dos empresários industriais em relação à prioridade que será dada
ao tema no próximo governo. Aprovar a Reforma Tributária, com adoção de um
sistema de tributação do consumo que seja mais moderno, eficiente e alinhado ao
padrão mundial, é um passo fundamental para aumentar a competitividade das
empresas e, assim, acelerar o ritmo de crescimento da economia, gerando mais
empregos e renda para os brasileiros”, afirma o gerente de Análise Econômica da
CNI, Marcelo Azevedo.
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