Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
8 propostas de infraestrutura para saírem do papel no próximo governo
CNI
produziu dois estudos sobre desafios do país nessa área, que foram entregues
aos presidenciáveis. Investimentos em transportes precisam aumentar de 0,65%
para 2% do PIB
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) listou uma série
de ações imprescindíveis para o Brasil avançar na área de infraestrutura. As
propostas estão reunidas em dois estudos que foram entregues em junho aos
principais candidatos à Presidência da República – os trabalhos têm foco em transportes e energia, respectivamente. O avanço nos investimentos e na
qualidade da infraestrutura nacional é fator estratégico para a competitividade
nacional.
O Brasil
precisa aumentar os investimentos em transportes em, pelo menos, três vezes
para eliminar os gargalos que impedem o país de ser competitivo e tornar sua
logística adequada para o escoamento interno de cargas, bem como para as
exportações e importações. Atualmente, o país investe em infraestrutura de
transportes apenas 0,65% do Produto Interno Bruto (PIB). O patamar ideal para
modernizar a logística de transporte do país seria de 2% do PIB.
Na área de
energia, por sua vez, o país precisa reduzir os encargos que pesam sobre a
conta de luz e modernizar as regras que regem o setor elétrico. Para se ter
ideia, levantamento da CNI mostra que o preço da energia para o consumidor
industrial brasileiro é o segundo mais caro entre os sete países que mais exportam
para o Brasil. O valor das tarifas no Brasil é menor apenas que o da Itália,
ficando à frente do Japão, Alemanha, França, China, Coreia do Sul e Estados
Unidos, onde o preço da eletricidade para a indústria é 62% inferior ao do
mercado regulado brasileiro.
“A melhoria
do ambiente econômico também requer a modernização e a correção das
deficiências da infraestrutura. Nos últimos anos, concessões e privatizações
bem-sucedidos ampliaram os investimentos e trouxeram melhorias significativas
na área. Mas precisamos ir além, com medidas regulatórias e a criação de um
ambiente que atraia investimentos para o setor”, afirma o presidente da CNI,
Robson Braga de Andrade.
Confira
oito propostas da CNI na área de infraestrutura
1 -
Enfrentar o problema das obras paradas. Constam no “Painel De Obras” do
Ministério da Economia mais de 20 mil contratos classificados como
“paralisados”;
2 - Fundir
a ANTT com a ANTAQ como forma de aprimorar a eficácia e a qualidade da atuação
regulatória no setor de transportes. Reforçar o papel da ANAC para ampliar a
transparência das cobranças e coibir preços abusivos dos serviços específicos;
3 - Adotar
o regime de outorgas ao setor privado para gestão de trechos hidroviários;
4 - Dar
prioridade aos trechos de rodovias com mais acidentes nos planos de
investimento do governo;
5 -
Imprimir agilidade e eficiência ao processo de devolução e reativação dos
trechos ferroviários atualmente sem tráfego. Já foram assinados 27 contratos de
autorizações ferroviárias com o Ministério da Infraestrutura;
6 - Dar
continuidade ao processo de privatização dos aeroportos nacionais. Do total de
passageiros, cerca 94% trafegam em 87 aeroportos federais, municipais e
estaduais geridos pelo setor privado;
7 -
Modernizar o setor elétrico: reduzir os custos e aumentar a competitividade.
Aprovar as propostas sugeridas nos PL 414/2021 e PL 1917/2015;
8 - Reduzir
os encargos setoriais incidentes sobre a conta de energia elétrica, reduzir as
alíquotas de parte dos encargos e transferir progressivamente os subsídios
embutidos na CDE para o Tesouro. Os 16 encargos e taxas setoriais incorporados
à conta de luz têm impacto médio de mais de R$ 33 bilhões por ano.
>>
CONHEÇA TODAS AS PROPOSTAS: https://noticias.portaldaindustria.com.br/especiais/conheca-todas-as-propostas-da-industria-para-os-presidenciaveis/
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