Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
CNI projeta crescimento de 3,1 por cento para o PIB do Brasil em 2022
Normalização
das cadeias produtivas, recuperação do emprego e da renda contribuíram para
projeção de maior crescimento da economia. Novo cenário levou à revisão do PIB
da indústria de 0,2% para 2%
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) passou a projetar
crescimento de 3,1% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. A
expectativa anterior, de julho, era de alta de 1,4%. Os dados fazem parte do Informe
Conjuntural do
3º trimestre divulgado nesta terça-feira (11). A previsão para o
PIB industrial é de alta de 2% neste ano, ante previsão anterior de 0,2%.
A revisão
positiva ocorre devido às mudanças de cenário no primeiro semestre, com
normalização parcial das cadeias de suprimentos mesmo diante da continuação da
guerra Rússia-Ucrânia, dos novos riscos no cenário internacional e das
paralisações em cidades na China devido à Covid. A indústria tem tido sucesso
na busca por alternativas para reduzir e contornar o problema da falta de
insumos. A produção industrial manteve ritmo de crescimento, ainda que
moderado, pela maior parte do ano até o momento.
>> Confira
aqui entrevista com o gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio
Telles.
A indústria
da construção, que já mostrava um desempenho positivo, recebeu novo impulso com
a ampliação do Casa Verde e Amarela, programa de financiamento à habitação do
governo federal. E o setor de Serviços segue em crescimento, impulsionado pela
normalização de suas atividades no pós-pandemia, sobretudo aquelas ligadas à
mobilidade das pessoas. No caso do setor de Serviços, a projeção passou de alta
de 1,8% para alta de 3,8%.
O
presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que é importante que o ritmo
de crescimento projetado para 2022 seja mantido nos próximos anos. “O Brasil
precisa crescer de forma sustentada, elevar a renda média da população e
colocar-se entre os países mais desenvolvidos. Para isso, devemos implementar,
com urgência, ações consistentes que incentivem os investimentos e aumentem a
competividade e a produtividade das empresas”, diz.
Segundo
ele, é fundamental que principais pautas avancem no Congresso Nacional, em
particular a reforma tributária que está em discussão no Senado, a PEC 110.
“Estamos seguros de que deputados e senadores continuarão dando as respostas de
que o país necessita, mobilizando-se, discutindo, votando e aprovando os
projetos adequados, sobretudo a proposta que moderniza o principal gargalo para
as empresas do país, que é o nosso sistema tributário”, diz.
Atividade
econômica mais aquecida impulsionou o mercado de trabalho
O
gerente-executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, explica que a
atividade econômica de serviços mais aquecida impulsionou o mercado de
trabalho, com o aumento significativo do número de pessoas ocupadas. Em 2022,
essa trajetória foi acompanhada pelo avanço do rendimento médio, o que não
havia acontecido em 2021.
A
recuperação do mercado de trabalho segue consistente no terceiro trimestre, com
o emprego em elevação, totalizando 99 milhões de pessoas ocupadas, no trimestre
encerrado em agosto. Desta forma, a expectativa de taxa de desemprego média no
ano caiu de 10,8% para 9,3%, e a expectativa de crescimento da massa salarial
real passou de 1,6% para 5,1%, beneficiada também pela queda da inflação
Além disso,
novos impulsos fiscais tiveram início no terceiro trimestre, como o aumento do
valor do benefício Auxílio Brasil, e a criação do auxílio a caminhoneiros e
taxistas, e darão sustentação ao consumo
Previsão da
CNI para inflação é de 5,9% em 2022
Outra
mudança importante foi percebida na dinâmica de preços. A inflação desacelerou
fortemente a partir de maio de 2022, com variação negativa de preços em julho,
agosto e na prévia de setembro. Essa queda da inflação se deve não só à forte
influência das desonerações tributárias sobre energia, combustíveis e
telefonia, como também à desaceleração na alta dos preços industriais e de
alimentos.
“Essa queda
na inflação também contribui para a recomposição do rendimento médio real e da
massa salarial real e, consequentemente, do poder de compra das famílias e do
consumo”, explica Telles.
Exportações
devem superar importações em US$ 51,3 bilhões
Exportações e importações
permanecem com crescimento vigoroso neste ano, alavancadas principalmente pelos
preços. A previsão para 2022 é de superávit da balança comercial em US$
51,3 bilhões.
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