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Brasil está engajado no esforço global pela descarbonização da economia
Presidente
do Conselho de Meio Ambiente da CNI e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé defendeu uma política
industrial alinhada a questões climáticas e ambientais e com inclusão social,
na abertura das atividades da COP27
Para enfrentar o desafio do aquecimento global e seus efeitos negativos para a população, o mundo precisa encarar, com urgência, duas importantes questões. A primeira é a transformação dos modelos de produção e dos hábitos de consumo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e conter o aquecimento global em 1,5°C.
A segunda é a adoção de medidas voltadas à adaptação e ao
aumento da resiliência dos países, em especial os mais pobres, aos impactos dos
eventos extremos causados pelas mudanças climáticas.
Com essa mensagem, o presidente do Conselho de Meio
Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia e do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, abriu nesta terça-feira (8) a
programação interativa do pavilhão brasileiro na 27ª Conferência das Nações
Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27).
O dirigente representou o presidente da CNI, Robson Braga
de Andrade, no evento, que tem programação ao vivo transmitida pelo YouTube do
Ministério do Meio Ambiente (MMA).
“O Brasil está engajado no esforço global pela descarbonização
da economia e apresenta oportunidades que o colocam em evidência”, apontou
Thomé. Ele destacou que as fontes renováveis de energia já têm uma participação
de quase 50% na matriz energética brasileira, que é uma das mais limpas do
mundo, e que o Brasil também se destaca como um dos poucos países que reúne as
condições ideais para ampliação desse percentual, em especial por meio da
produção de hidrogênio verde e da energia eólica offshore (em alto mar).
Crescimento econômico com responsabilidade ambiental
O presidente da FIERO destacou, ainda, que o crescimento econômico com responsabilidade ambiental é fundamental para a redução das desigualdades sociais e para garantir a melhoria da qualidade de vida da população.
Diante da crise trazida pela pandemia de Covid-19 e pela
guerra na Ucrânia, os esforços para mobilização global no combate às mudanças
do clima devem ser combinados com medidas econômicas adequadas para que o mundo
volte a crescer de forma sustentada e sustentável.
A COP27, que iniciou neste domingo (6), no Egito,
representa um esforço conjunto de governos, sociedade civil e setor privado
para encontrar uma solução para os desafios do aquecimento global.
O evento de abertura teve a participação do ministro do
Meio Ambiente, Joaquim Leite, do presidente da Comissão do Meio Ambiente da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço, e do
gerente-executivo de Competitividade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae), César Rissete, no estúdio da CNI em Brasília.
Também participaram, diretamente do Egito, o secretário da
Amazônia e Serviços Ambientais, Marcelo Freire, o secretário de Relações
Internacionais, Marcus Paranaguá, e a secretária de Biodiversidade, Julie
Messias.
Tecnologias limpas e biodiversidade
A indústria brasileira desempenha papel fundamental no desenvolvimento de tecnologias limpas e na criação de soluções voltadas para a redução de emissões nos processos produtivos.
Além de utilizar e produzir novas fontes de energias
renováveis, o setor industrial tem implementado soluções voltadas à redução de
emissões de metano por meio dos bioinsumos e pelas ações que valorizam os
recursos das florestas e garantem a manutenção da biodiversidade, por meio da
bioeconomia e do manejo florestal sustentável.
Mas para que o país avance na transição para uma economia
de baixo carbono e cumpra as metas estabelecidas no Acordo de Paris, a CNI
defende que o país adote um plano consistente, realista e efetivo de
descarbonização da economia e cumprimento da Contribuição Nacionalmente
Determinada (NDC, na sigla em inglês), que são as metas de redução de gases de
efeito estufa.
E para garantir o desenvolvimento de todo esse potencial, é
preciso combater a perda de competitividade por meio de uma estratégia de
desenvolvimento industrial alinhada com o movimento de transformação mundial.
“Uma política industrial alinhada com as questões
climáticas e ambientais e com a necessária inclusão social, que considere o
aumento cada vez mais veloz da digitalização, a valorização econômica do
conhecimento, a inovação tecnológica e a segurança estratégica, não só em
relação à energia, mas também a todas as cadeias de suprimento”, disse Thomé.
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