IMPRENSA
08 de November de 2022 - 14h24

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Brasil está engajado no esforço global pela descarbonização da economia

Presidente do Conselho de Meio Ambiente da CNI e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), Marcelo Thomé defendeu uma política industrial alinhada a questões climáticas e ambientais e com inclusão social, na abertura das atividades da COP27

 

Para enfrentar o desafio do aquecimento global e seus efeitos negativos para a população, o mundo precisa encarar, com urgência, duas importantes questões. A primeira é a transformação dos modelos de produção e dos hábitos de consumo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e conter o aquecimento global em 1,5°C.


A segunda é a adoção de medidas voltadas à adaptação e ao aumento da resiliência dos países, em especial os mais pobres, aos impactos dos eventos extremos causados pelas mudanças climáticas.


Com essa mensagem, o presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia e do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, abriu nesta terça-feira (8) a programação interativa do pavilhão brasileiro na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27).


O dirigente representou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, no evento, que tem programação ao vivo transmitida pelo YouTube do Ministério do Meio Ambiente (MMA).


“O Brasil está engajado no esforço global pela descarbonização da economia e apresenta oportunidades que o colocam em evidência”, apontou Thomé. Ele destacou que as fontes renováveis de energia já têm uma participação de quase 50% na matriz energética brasileira, que é uma das mais limpas do mundo, e que o Brasil também se destaca como um dos poucos países que reúne as condições ideais para ampliação desse percentual, em especial por meio da produção de hidrogênio verde e da energia eólica offshore (em alto mar).


Crescimento econômico com responsabilidade ambiental

 

O presidente da FIERO destacou, ainda, que o crescimento econômico com responsabilidade ambiental é fundamental para a redução das desigualdades sociais e para garantir a melhoria da qualidade de vida da população.


Diante da crise trazida pela pandemia de Covid-19 e pela guerra na Ucrânia, os esforços para mobilização global no combate às mudanças do clima devem ser combinados com medidas econômicas adequadas para que o mundo volte a crescer de forma sustentada e sustentável.


A COP27, que iniciou neste domingo (6), no Egito, representa um esforço conjunto de governos, sociedade civil e setor privado para encontrar uma solução para os desafios do aquecimento global.


O evento de abertura teve a participação do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, do presidente da Comissão do Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Muni Lourenço, e do gerente-executivo de Competitividade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), César Rissete, no estúdio da CNI em Brasília.


Também participaram, diretamente do Egito, o secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, Marcelo Freire, o secretário de Relações Internacionais, Marcus Paranaguá, e a secretária de Biodiversidade, Julie Messias.


Tecnologias limpas e biodiversidade

 

A indústria brasileira desempenha papel fundamental no desenvolvimento de tecnologias limpas e na criação de soluções voltadas para a redução de emissões nos processos produtivos.


Além de utilizar e produzir novas fontes de energias renováveis, o setor industrial tem implementado soluções voltadas à redução de emissões de metano por meio dos bioinsumos e pelas ações que valorizam os recursos das florestas e garantem a manutenção da biodiversidade, por meio da bioeconomia e do manejo florestal sustentável.


Mas para que o país avance na transição para uma economia de baixo carbono e cumpra as metas estabelecidas no Acordo de Paris, a CNI defende que o país adote um plano consistente, realista e efetivo de descarbonização da economia e cumprimento da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês), que são as metas de redução de gases de efeito estufa.


E para garantir o desenvolvimento de todo esse potencial, é preciso combater a perda de competitividade por meio de uma estratégia de desenvolvimento industrial alinhada com o movimento de transformação mundial.


“Uma política industrial alinhada com as questões climáticas e ambientais e com a necessária inclusão social, que considere o aumento cada vez mais veloz da digitalização, a valorização econômica do conhecimento, a inovação tecnológica e a segurança estratégica, não só em relação à energia, mas também a todas as cadeias de suprimento”, disse Thomé.


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