SESI de Nova Mutum desenvolve atividade Lekto na aula de Geografia
Juros estão acima do necessário para combater a inflação e impõem riscos à economia, avalia CNI
A
Selic em nível elevado foi um dos principais fatores de desaceleração da
atividade econômica no fim de 2022 e tem
comprometido significativamente a indústria em 2023
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que manutenção da taxa básica de juros, Selic, está acima do necessário para o combate à inflação e, no momento, apenas impõe riscos adicionais para atividade econômica. De acordo com a CNI, há mais de um ano que a Selic está em patamar alto o suficiente para contrair a atividade econômica e, assim, controlar a inflação. Esse quadro ficou ainda mais evidente nos últimos meses. Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou fortemente e ficou em 3,9% no acumulado dos últimos 12 meses.
Desta forma, a CNI considera equivocada a decisão do Comitê
de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de manter a Selic em 13,75% ao
ano. “Esperamos que, com a continuidade do movimento de desaceleração da
inflação, o Copom inicie já na próxima reunião o tão necessário processo de
redução da Selic”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Robson Andrade lembra que as expectativas de inflação têm
sido sucessivamente revisadas para baixo, conforme indica o Relatório Focus, do
Banco Central. Para 2023, a inflação esperada caiu para 5,1%; enquanto para
2024, caiu para 4,0%. Além disso, a apreciação da taxa de câmbio nos últimos
meses representa mais um elemento favorável ao cenário de controle da inflação.
Manutenção da Selic em 13,75% ao ano significa aperto ainda maior na política monetária
A manutenção da Selic em 13,75% ao ano, com as expectativas
de inflação para os próximos 12 meses em queda, representa menos dinheiro em
circulação e um pé no freio na atividade econômica, que no jargão econômico é
chamado de “intensificação do caráter contracionista da política monetária”
A CNI calcula que, entre a reunião de 2 e 3 de maio e a
reunião desta quarta-feira (21 de junho) a taxa de juros real – que
desconsidera os efeitos da inflação esperada – subiu de 8,1% ao ano para 9,2%
ao ano. Com isso, a taxa de juros real está 5,2 pontos percentuais acima da
taxa de juros real neutra, aquela que não estimula nem desestimula a atividade
econômica.
Além disso, é importante lembrar que a Selic em nível
elevado foi um dos principais fatores de desaceleração da atividade econômica
no final de 2022 e continua comprometendo significativamente a atividade em
2023.
A produção industrial caiu em três dos quatro primeiros
meses deste ano. Na comparação de abril de 2023 com abril de 2022, nota-se
queda de 2,7% na produção industrial. Situação também adversa ocorre com o
volume de serviços, que, em abril, ficou 2,9% abaixo do nível de dezembro de
2022 – na série livre de efeitos sazonais.
Os prejuízos da Selic alta também são percebidos no mercado de crédito
Os prejuízos da Selic alta também são percebidos no mercado
de crédito. A concessão de crédito às empresas caiu, em termos reais, 8,6%, na
comparação dos primeiros quatro meses de 2023 com os últimos quatro meses de
2022.
Outro aspecto que vale ressaltar são os eventos adversos
relacionados a grandes empresas varejistas no Brasil, os quais também têm
influência negativa sofre o mercado de crédito. Esses acontecimentos,
associados aos elevados níveis de inadimplência, têm levado ao aumento de
provisões por parte dos bancos, o que reduz a oferta de crédito e tende a
encarecê-lo ainda mais.
A redução da Selic exige boa coordenação entre política
monetária e política fiscal. Nesse sentido, merece destaque a proposta de novo
arcabouço fiscal, que está em vias de ser aprovada pelo Congresso Nacional, com
o objetivo de garantir o controle das despesas públicas.
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