Nova elevação da Selic impõe fardo ainda mais pesado à economia, afirma CNI
Indústria da construção demonstra alta intenção de investir em 2024
Sondagem Indústria da Construção, da CNI, registrou alta no índice de intenção de investimento em insumos, contratações e novos empreendimentos
Os
empresários industriais da construção têm registrado metas e expectativas altas
para 2024. A Sondagem
Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou o maior
índice de intenção de investimento desde abril de 2014. O indicador atingiu
47,7 pontos em janeiro de 2024, 3,8 pontos a mais em relação ao resultado de
dezembro de 2023, e se posiciona 10,5 pontos acima da média histórica da série.
O otimismo
da indústria da construção também aparece no índice de expectativa de compras
de insumos e matérias-primas, que chegou a 55,2 pontos em janeiro de 2024, após
avanço de 5,1 pontos frente ao resultado de dezembro de 2023. Já o indicador de
expectativa do número de empregados na indústria da construção atingiu 55
pontos no mês e avançou 4,8 pontos na mesma base de comparação.
A sondagem
mostra ainda que houve avanço de 3,6 pontos no índice de expectativa de novos
empreendimentos e serviços, que então atingiu 54,6 pontos.
“Essa alta
no indicador de investimentos está, diretamente, ligada às mudanças dos
principais problemas de 2023. Antes, a falta ou alto custo da matéria, por
exemplo, vinha prejudicando os planos de investimento dos industriais”,
explicou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
>> Confira
aqui a entrevista completa com o economista da CNI.
Empresários
estão mais confiantes em janeiro de 2024
O Índice de Confiança
do Empresário da Indústria (ICEI) da construção atingiu 55,5
pontos em janeiro de 2024, após avançar 2,4 pontos em relação ao índice de
dezembro de 2023.
O Índice de
Condições Atuais, um dos componentes do ICEI, avançou de 47,8 pontos para 50 pontos
de dezembro de 2023 para janeiro de 2024. Como o índice situa-se sobre a linha
divisória de 50 pontos, indica uma transição de percepção de piora das
condições atuais para uma percepção de estabilidade.
Enquanto
isso, o Índice de Expectativa aumentou 2,5 pontos e atingiu 58,3 pontos no
período. O afastamento da linha divisória de 50 pontos representa uma expansão
mais intensa e disseminada do otimismo entre os empresários industriais.
Entre os
diferentes setores da indústria de construção os resultados são homogêneos:
todos registraram avanço, além de se posicionarem acima da linha dos 50 pontos.
Taxa de
juros elevadas ainda é apontada como maior problema para o setor
No quarto
trimestre de 2023, o principal problema relatado pelos empresários da indústria
da construção foi o de taxas de juros elevadas, com 27,1% de assinalações. O
problema figura entre um dos principais enfrentados pelo setor há oito
trimestres, e nos últimos seis trimestres ocupou a primeira posição do ranking.
Embora
permaneça na primeira posição, o problema apresenta redução no percentual de
assinalações pelo segundo trimestre consecutivo. Na passagem do terceiro para o
quarto trimestre de 2023, a queda foi de 5,6 pontos percentuais.
A elevada
carga tributária e a falta ou alto custo de trabalhador qualificado foram,
respectivamente, assinalados como segundo e terceiro no ranking de principais
problemas nesse período.
Condições
financeiras da indústria da construção
Os
empresários industriais do setor demonstraram satisfação com a situação
financeira, que registrou 50,3 pontos no quarto trimestre de 2023, 0,8 ponto
acima do terceiro trimestre.
Além disso,
os outros indicadores referentes ao assunto revelam menor insatisfação com o
lucro, menor dificuldade de acesso ao crédito, e percepção de altas mais
moderadas nos preços de insumos e matérias primas no último trimestre do ano.
Mais sobre
a Sondagem Indústria da Construção
A Sondagem
Indústria da Construção foi lançada em 2010, seguindo os moldes da Sondagem
Industrial, e tem como objetivo conhecer a tendência da atividade e as
expectativas dos empresários da indústria da construção.
A pesquisa é realizada
mensalmente em parceria com 23 Federações de Indústria e conta com o apoio da
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Para esta edição, foram entrevistadas 326 empresas
brasileiras, entre 4 e 16 de janeiro.
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