60 por cento das indústrias apontam carga tributária como fator de maior impacto na conta de luz, diz CNI
CNI lança cartilha para empresários sobre linhas de financiamento da Nova Indústria Brasil
O documento destaca informações sobre o Plano Mais Produção, que disponibilizará R$ 300 bilhões até 2026, e orienta sobre como acessar os recursos
Para
orientar empresários industriais a acessar recursos e linhas de financiamento
previstos no Plano Mais Produção (P+P), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elaborou uma
cartilha que esclarece dúvidas sobre as exigências de garantias, prazos de
pagamento e carência, taxa de juros, itens e limites financiáveis, entre outros
temas. O P+P faz parte da Nova Indústria Brasil (NIB) e disponibilizará R$ 300
bilhões para iniciativas adequadas às missões da política industrial até 2026.
“Os
recursos disponibilizados pela Nova Indústria Brasil (NIB) representam um passo
importante para o tão necessário processo de neoindustrialização. Isso porque o
acesso ao crédito é um dos principais desafios para as empresas viabilizarem
projetos, principalmente aqueles ligados à inovação e transição energética. Os
investimentos decorrentes da NIB contribuirão para que a indústria brasileira
seja cada vez mais moderna, eficiente, competitiva e alinhada às tendências
globais”, explica o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Rafael
Lucchesi.
Os recursos
da NIB serão distribuídos em três modalidades:
- Recursos reembolsáveis (R$ 271 bilhões): crédito em que o tomador devolve o montante com
encargos financeiros ao final do projeto.
- Recursos não-reembolsáveis (R$ 21 bilhões): recurso sem necessidade de devolução ao final do
projeto. Incluem subvenção econômica às empresas, apoio direto a
Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), como
universidades e instituições de pesquisa, e apoio a projetos cooperativos entre
empresas e ICTs.
- Equity (R$
8 bilhões):
participação direta no capital da empresa.
A maior
parte é oferecida às empresas na modalidade recursos reembolsáveis: ao todo,
serão R$ 271 bilhões para empréstimos e financiamentos, sendo R$ 251 bilhões
operados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 20 bilhões pela Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP).
Já os
recursos não reembolsáveis totalizam R$ 21 bilhões. Desses, R$ 20 bilhões serão
executados pela FINEP e R$ 1 bilhão pela Empresa Brasileira de Pesquisa e
Inovação Industrial (EMBRAPII). Outros R$ 8 bilhões serão operados pelo BNDES
via renda variável, como investimentos em participações acionárias (equity).
A cartilha,
elaborada pelo Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) com as Federações
Estaduais das Indústrias e em parceria com o BNDES e a FINEP, pode ser acessada aqui.
Saiba como
o NAC pode ajudar sua empresa
Desde 2015,
o NAC assessora os empresários industriais sobre as linhas de crédito
disponíveis no mercado, com suporte em temas documentação, taxas de juros,
garantias, número de parcelas, itens financiáveis, entre outros. O trabalho dos
especialistas é ouvir o empresário, entender as necessidades da indústria e os
objetivos para, assim, direcioná-lo para a melhor solução no mercado.
Para saber mais, acesse o site do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) ou entre em
contato com a federação das indústrias do seu estado.
Mais notícias
LCD vai reduzir o custo do crédito para investimentos produtivos, avalia CNI
CNI e governo promovem programa de eficiência energética
Indústria defende celeridade na votação dos projetos de reforma tributária