SENAI de Ariquemes leva alunos de Técnico de Edificações para visita técnica em uma construção
Vice-presidente da FIERO participa do 2º workshop para elaboração do NDF
Nos dias 3 a 5 de setembro o presidente do sindicato da indústria madeireira de Ariquemes (SIMA), vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) e conselheiro do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade (COEMAS) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Kreuz, participou do 2º Workshop para a elaboração do Parecer de Extração Não Prejudicial (NDF) para gêneros da flora brasileira, que ocorreu na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), em Belém, Pará.
O evento teve por objetivo
agregar informações e dados ao estudo que vem sendo elaborado, de forma a
nortear a construção e o NDF das espécies dos gêneros de ipê (Handroanthus spp.
e Tabebuia spp.), cumaru (Dipteryx odorata) e cedro rosa (Cedrela fissilis).
Promovido pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o workshop contou
com o apoio da United States Agency for International Development (USAID).
A oficina deu continuidade à
criação do parecer técnico que determinará a possibilidade de exportação legal
das espécies de madeira incluídas no anexo II da CITES (Convenção sobre
Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens em Perigo de
Extinção).
Kreuz participou ativamente
dos diálogos e destacou a importância do evento: “É fundamental que continuemos
a conversar e aprimorar as diretrizes para a exportação dessas categorias. O
NDF é um instrumento essencial para garantir que a exploração das madeiras não
comprometa a sustentabilidade e a preservação das espécies. A integração entre
as diversas partes envolvidas é importante para o sucesso dessa iniciativa”,
apontou.
Avanços
no Mapeamento Florestal
Segundo o vice-presidente da
FIERO, durante o evento, o Ibama mostrou que a Amazônia está mapeada em 44% no
inventário florestal. Este mapeamento é essencial para monitorar as quantidades
exploradas e o estoque disponível das espécies. O levantamento feito por gênero
é particularmente relevante para produtos destinados à exportação, que podem
exigir tratamento diferenciado na análise de manejo e na cadeia logística.
O encontro também abordou os
desafios associados à construção de um novo modelo de regulamentação. As novas
regras para exportação demandarão um parecer técnico consultado à comunidade
científica e validação das operações. Kreuz enfatizou a necessidade de um
modelo de transição que considere aspectos sociais, econômicos e ambientais
para adequação às novas normas.
Outro ponto importante do
diálogo foi a rastreabilidade da madeira, que ajudará a reduzir a ilegalidade
ao monitorar a madeira individualmente, e não por hectare. O
georreferenciamento da localização no plano de manejo permitirá a identificação
da madeira após a colheita, garantindo que a exploração não contribua para a
extinção das espécies.
A partir de 25 de novembro
deste ano, novas normas internacionais exigirão licença CITES para a exportação
das madeiras dos gêneros mencionados. O documento final do NDF será apresentado
no início de novembro, acompanhado de um treinamento para as novas autoridades
administrativas da CITES, designadas pelo Ibama.
O site do Ibama fornecerá um
passo a passo sobre os novos procedimentos a partir de 4 de novembro. Além
disso, será necessário realizar correspondências com embaixadas para sensibilizar
países que exigem a cidadania para validação das exportações.
De acordo com o Ibama, o
workshop foi de grande importância para dar continuidade aos diálogos e
aprofundar as informações coletada na primeira oficina, bem como compartilhar e
debater as normas e sistemas de controle florestal e as novas regras de
importação da União Europeia.
A atuação do
vice-presidente da FIERO no evento foi essencial para representar o setor
madeireiro de Rondônia, falar sobre a realidade da região e somar conhecimentos
que irão auxiliar o seguimento para os próximos anos.
Jornalista: Thais Rivero
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