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CNI defende a urgência e a necessidade de uma reforma tributária ampla
A
reforma tributária não pode e não precisa esperar
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforça seu apoio à realização de uma reforma tributária ampla, que envolva tributos federais, estaduais e municipais, e reitera a posição de que ela é urgente. A Reforma Tributária não deve e não precisa estar condicionada a qualquer outra reforma. E mais, torna-se ainda mais importante em um momento em que o país precisa acelerar o crescimento para amenizar os efeitos econômicos e sociais da pandemia de Covid-19.
O grande entrave ao crescimento mais acelerado da economia
brasileira é o sistema tributário disfuncional, complexo e oneroso,
especialmente na tributação sobre o consumo. Não é por outra razão que todos os
estudos mostram que uma reforma ampla da tributação sobre o consumo, que
substitua nossos tributos de má qualidade por um Imposto sobre Valor Adicionado
(IVA) de padrão mundial, vai acelerar o ritmo de crescimento econômico nos
próximos anos. Um desses estudos, feito por economistas da UFMG, mostra que o
crescimento adicional do PIB pode chegar a 12% em 15 anos. Sendo assim,
protelar essa reforma é condenar os brasileiros a serem mais pobres e terem uma
qualidade de vida pior do que poderiam ter.
A realização de uma reforma tributária ampla no Brasil é
mais do que urgente. Na verdade, já estamos muito atrasados. E não há razão
para esperar a aprovação da reforma administrativa (PEC 32/2020) – que também é
muito importante e tem o apoio da CNI – para, só então, aprovar a Reforma
Tributária. A tramitação das propostas pode perfeitamente ser feita em
paralelo. E, caso isso não seja viável, a prioridade deve ser a reforma
tributária, pois é a que tem a maior capacidade de impulsionar o crescimento
econômico.
A ideia de que a reforma administrativa vai possibilitar
uma redução expressiva da carga tributária e, assim, facilitar a aprovação da
reforma tributária, não é confirmada pelas projeções do impacto da PEC 32/2020
sobre as despesas públicas. Segundo projeção da Instituição Fiscal Independente
(IFI), ligada ao Senado Federal, a redução de despesas com pessoal da União e
dos Estados começaria a ser mais significativa apenas em 2025. Ainda assim, a
economia nesse ano seria de R$ 12 bilhões, o que significa 0,16% do PIB. Ao
final do período da projeção, em 2031, a economia com a PEC 32/2020 seria de R$
32 bilhões, que representa 0,43% do PIB. Todos esses valores são relativos aos
preços de 2020.
Além da reforma da tributação do consumo, o momento também
é oportuno para avançarmos na agenda do imposto de renda, buscando alinhar o
Brasil ao que tem sido praticado internacionalmente.
A proposta de reforma do imposto de renda (PL 2.337/2021)
enviada pelo Governo Federal tem diversos equívocos e desincentiva os
investimentos produtivos, ao aumentar a tributação sobre a renda gerada por
eles. Mas o PL 2.337/2021 vai na direção correta, ao propor a redução do IRPJ/CSLL
sobre o lucro das empresas, com a perda de arrecadação sendo compensada pela
incidência de IRRF na distribuição de lucros e dividendos. Uma correção das
alíquotas e outros aperfeiçoamentos, que o Congresso e próprio Governo Federal
parecem estar dispostos a fazer, podem fazer com que também essa parte da
reforma tributária seja indutora de mais investimentos produtivos e de mais
crescimento econômico.
A CNI acredita na necessidade de realização dessas três
reformas (da tributação do consumo, da renda e a administrativa) e na
capacidade do Governo Federal, do Congresso e da sociedade brasileira de propor
e aprovar boas propostas, que elevem o crescimento da economia e,
principalmente, que melhorem a qualidade de vida da população.
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