Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
Nove em cada 10 brasileiros dizem que tomariam qualquer marca de vacina contra Covid-19, aponta CNI
Pesquisa mostra que um quarto dos entrevistados tem um imunizante de preferência. Metade da população avalia a disponibilidade de vacinas como ótima ou boa
O
brasileiro vai se vacinar contra o coronavírus, independentemente da marca da
vacina. É o que mostra a 4ª edição da pesquisa Os brasileiros, a pandemia de Covid-19 e o consumo,
da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o
Instituto FSB. De acordo com os resultados, 90% da população querem se vacinar
mesmo que seu imunizante de preferência não esteja disponível. O levantamento
mostra que 43% até gostariam de escolher, no estilo “sommelier de vacina”, mas apenas
9% dizem que deixariam de se vacinar caso o imunizante oferecido não fosse o de
sua preferência. No fim das contas, é a vacina no braço que importa. Foram
entrevistadas 2.000 pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal, entre 12 e 16
de julho de 2021. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo
de confiança de 95%.
“O fato de
o brasileiro aceitar tomar a vacina disponível nos deixa menos apreensivos, não
só pela proteção individual, mas pelo benefício para toda a sociedade. Sabemos que
a vacinação em massa é fundamental para a retomada econômica. E, quando falo em
retomada, falo principalmente em mais empregos, mais renda e mais qualidade de
vida para a população. A imunização é o único caminho para proteger a saúde e
afastar o risco do coronavírus, que são fatores essenciais para reativar os
setores econômicos, as molas do crescimento do Brasil”, avalia o presidente da
CNI, Robson Braga de Andrade.
▶ Acesse a a entrevista
do gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, em 4k e 60 FPS.
Na
população, 71% afirmaram não ter marca preferida, 19% têm preferência, mas não
deixariam de tomar a vacina, e apenas 4% disseram que têm preferência por um
fabricante e, por isso, deixariam de se vacinar caso o imunizante disponível
não fosse o desejado.
A pesquisa
mostra a relação direta entre vacina e aquecimento da atividade econômica. A
começar pelo medo em relação à pandemia, que vem diminuindo. Nesta rodada da
pesquisa, 47% dos brasileiros disseram ter medo grande ou muito grande do
coronavírus. No fim de abril, este percentual era de 56%. A população também
está mais confiante em voltar a frequentar estabelecimentos comerciais. Há três
meses, 39% tinham muito medo de frequentar shoppings. Agora, este percentual
recuou para 24%. O medo grande em relação a frequentar o comércio de rua também
caiu de 36% para 28%. O mesmo se deu em relação ao receio de ir a bares e
restaurantes, com recuo de 45% para 34% no percentual de pessoas que têm muito
medo.
62% afirmam
que a vacinação ainda está lenta
O
economista-chefe da CNI, Renato da Fonseca, explica que essas mudanças
ocorreram no ato contínuo a percepção sobre o processo de vacinação. Para 68%
da população, o ritmo de vacinação aumentou ou aumentou muito em julho, em
relação a junho. No entanto, 62% ainda consideram o processo “um pouco lento ou
muito lento”. Embora alto, esse percentual teve queda significativa, de 21
pontos percentuais, em relação às respostas de abril de 2021, na 3ª edição da
pesquisa.
A maioria
de quem tomou a primeira (70%) considera o critério de prioridade para a
vacinação ótimo ou bom (na população total, são 62%). Esse percentual cai para
53% entre os não imunizados. Também entre quem já tomou a primeira dose, 90%
consideram o atendimento ótimo ou bom no momento da vacinação, mas apenas 67%
deles dizem ter tido facilidade no agendamento e 46% reclamam das filas nos
postos de saúde.
72% dos
brasileiros consideram grave a situação do coronavírus no Brasil
Entre abril
e julho, intervalo de três meses entre uma edição e outra da pesquisa, o
percentual de brasileiros que consideram a grave a situação da pandemia de
Covid-19 no Brasil caiu de 89% para 72%. Há um ano, em julho de 2020, eram 84%
os que afirmavam ser grave o coronavírus no país.
O medo é
menor devido à percepção de que a mortalidade da pandemia diminuiu muito com o
avanço da vacinação. Entre abril e julho, o percentual de pessoas que apostam
no aumento do número de casos e mortes recuou de 44% para 18%. Em
contrapartida, subiu de 41% para 70% a fatia de brasileiros que apostam na
redução da pandemia.
A sensação
de desaceleração no número de casos e mortes também levou a uma sensível
melhora na percepção da população em relação à economia. Em abril, apenas 18%
dos brasileiros achavam que a economia brasileira tinha iniciado sua
recuperação. Hoje, são 43%.
Mais notícias
SENAI de Ji-Paraná realiza ações práticas para turma de Técnico em Edificações
Selic está em patamar excessivo e incompatível, afirma CNI
Banco Central não deve insistir em aumento da Selic, defende CNI