IMPRENSA
23 de September de 2021 - 08h17

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Desenvolvimento sustentável é pauta de seminário online promovido pela CNI

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) e diretor executivo do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé participou, nesta quarta-feira, 22, da live “Meio Ambiente, desenvolvimento sustentável e negociações internacionais”, transmitida online pelo canal no YouTube, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com mediação da jornalista Ana Carolina Amaral, do jornal Folha de São Paulo, parceiro do evento.

No ponto de vista do presidente Marcelo Thomé, em questões políticas, é fundamental separar o fato da versão. O fato é que existem diversos empreendimentos na Amazônia Legal e nos nove estados que a compõe, absolutamente sustentáveis, produzindo de maneira responsável e preservando uma área infinitamente maior do que a impactada pelo empreendimento.

“A partir da iniciativa Instituto Amazônia+21, poderemos mostrar ao mundo e ao Brasil, as boas iniciativas existentes em toda a região amazônica, seja por concessão de floresta, manejo sustentável, empreendimentos do setor hidroelétrico, operações minerais e tantas outras que também, transcendem o setor industrial, no agro e outros segmentos produtivos”, argumentou Thomé.

Marcelo Thomé ressaltou que Instituto lançou dois projetos, um na área de transição energética, ou seja, a produção de biogás a partir de substratos das indústrias da Amazônia e também a partir de resíduos sólidos urbanos dar destinação a este passivo ambiental transformando em ativo energético”.

Thomé afirmou que a questão do lixo é um problema que atinge mais de 772 municípios da Amazônia Legal. E a contribuição do Instituto Amazônia+21 para identificar um caminho para a solução deste gargalo, é também uma contribuição da indústria brasileira para a questão ambiental na Amazônia.

O segundo projeto, destacou Thomé, é o da “Integração Lavoura, Pecuária e Floresta”, focado na recuperação de áreas degradadas. Na medida em que possamos recuperar áreas subutilizadas para produção agrícola ou pecuária, constitui significativa contribuição à redução do desmatamento.

Segundo o presidente da FIERO, para a mudança de postura do consumidor, é necessário ao empresário que também mude a sua cultura na forma de produzir, pois os financiamentos seguirão a tendência de aceitar apenas empreendimentos sustentáveis, portanto, é necessário a adequação das empresas a estas questões para ganhar competitividade, acessar melhores condições de crédito e novos mercados”, afirmou.

Para o presidente da CNI, Robson de Andrade, o Brasil tem muita responsabilidade com as questões ambientais. Ele explicou que a divulgação negativa que se dá em relação a desmatamento e queimadas, não reflete a realidade. “A indústria brasileira é uma das mais responsáveis nas questões de meio ambiente, tem compromissos com a redução de emissão de carbono, com o Acordo de Paris, temos compromissos firmes no que concerne ao desmatamento, a conservação da flora e da biodiversidade brasileira. Até porque representam um ativo brasileiro muito importante, pois podemos desenvolver negócios a partir da biodiversidade”, garantiu.

Conforme o presidente da CNI, o Brasil é o país com a maior parte de preservação de florestas do mundo, maior percentual de água doce, então isso traz um ativo importantíssimo nas negociações com os países internacionais. “Nossa preocupação é que às vezes as questões do clima e da biodiversidade e das florestas sejam usadas como formas de reduzir as exportações de produtos brasileiros. A competição mundial é enorme e depois da pandemia se acirrou ainda mais”.

A senadora Kátia Abreu concordou com o ponto de vista do presidente da CNI. “Contamos com um exército de brasileiros compromissados com a preservação do meio ambiente. Precisamos mostrar estas pessoas que acreditam no combate ao aquecimento global, e unir forças a favor do Brasil”.

Já o deputado federal Aécio Neves destacou o seminário como uma oportunidade de compreender que outros agentes, além do governo federal, têm de agir de forma rápida e convergente na busca pela recuperação do espaço do Brasil nestas discussões multilaterais.

O parlamentar lembrou que mais de 23 milhões de pessoas vivem na Amazônia e precisam transitar de suas atividades atuais para a bioeconomia e isso tem de ser feito com investimentos. Para ele, o Brasil precisa estar ativo nestas discussões para o avanço das mudanças que a região precisa através do acesso do pais a novos mercados para o desenvolvimento social e econômico da Amazônia e de demais biossistemas.

 


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