FIERO destaca investimentos de R$ 4 bilhões para financiar negócios sustentáveis na Amazônia
FIEPA promove lançamento do Instituto Amazônia+21
Atrair grandes empresas para investir e fazer parcerias com
negócios sustentáveis na Amazônia é o que define a criação do Instituto
Amazônia+21, lançado em Belém nesta quarta-feira (13), na sede da Federação das
Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), com a participação de representantes de
instituições de fomento ao setor produtivo local e do principal articulador da
ação, a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO).
Resultado de um trabalho conjunto entre as federações de
indústrias dos estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso,
Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do estado do Maranhão) e
Confederação Nacional da Indústria (CNI), a proposta do Instituto é fornecer o
apoio necessário para que as empresas locais desenvolvam suas atividades de
forma sustentável de acordo com os critérios ESG (Environmental, Social and
Governance), com atenção às boas práticas ambientais, sociais e de governança
corporativa.
O presidente da FIERO, Marcelo Thomé, apresentou ao público
em Belém os detalhes da inciativa e explicou que o Instituto vai integrar ações
que antes eram realizadas de forma individual pelas federações dos estados.
“Agora, a partir de uma decisão coletiva que envolveu o Sistema FIEPA, as nove
federações de indústria da Amazônia Legal passam a ter um projeto em comum que
é o fomento aos negócios sustentáveis na Amazônia, e o nosso desafio é criar
essa cultura ambiental e socialmente responsável dentro das empresas”.
Segundo Thomé, o Instituto vai estruturar pequenos e médios
negócios para que fiquem aptos e possam se conectar às melhores linhas de
financiamento e crédito do setor financeiro brasileiro e internacional que
sinalizam o desejo de investir em empresas com responsabilidade ambiental,
social e com boa governança. “Nosso intuito é ajudar as empresas da Amazônia a
se preparem para esse mundo ESG e, ao mesmo tempo, construir soluções
financeiras adequadas à identidade empresarial amazônica”, detalha.
Para o presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos, o
Instituto chega em um momento oportuno para o desenvolvimento da indústria no
Estado. “Hoje, as empresas do setor de base florestal estão passando por um
momento de grande insegurança jurídica e ficando cada vez mais enfraquecidas.
Nós aqui da Amazônia precisamos desse tipo de iniciativa de valorização das
nossas empresas locais que tanto contribuem para o bom resultado da balança
comercial brasileira”.
Segundo José Conrado, a proposta do Instituto também vai ao
encontro de um trabalho de fortalecimento da pequena e média indústria que a
federação realiza no Estado. “O Amazônia+21 é importante para somar esforços no
trabalho de valorização da nossa indústria. Esta tem sido a nossa principal
bandeira como entidade representativa do setor industrial, por meio da
divulgação dos nossos produtos, sempre reforçando a importância de comprar dos
fornecedores locais. Também é uma oportunidade de esclarecer sobre a atuação do
setor produtivo de base florestal”, avalia o presidente da FIEPA.
Os processos de pesquisa, desenvolvimento e inovação na
Amazônia é outro compromisso do Instituto Amazônia+21 que permitirão um novo ciclo
econômico de capacitação de pessoas, melhorando o nível de competência
profissional da população amazônica com foco na retenção desses talentos nas
suas localidades.
Origem do Instituto
O Instituto surgiu a partir das discussões levantadas
durante o Fórum Mundial Amazônia+21, em novembro de 2020, no qual o mapeamento
de soluções, oportunidades e perspectivas relacionadas ao desenvolvimento
sustentável da Amazônia foi uma das principais pautas.
Promovido pela FIERO e Prefeitura Municipal de Porto Velho,
por meio da Agência de Desenvolvimento de Porto Velho (ADPVH), com a
correalização da CNI e Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o Fórum reuniu
especialistas, cientistas, empresas e representantes de vários governos, em
debates e estudos que apontaram, entre outras oportunidades, tecnologia e
inovação, bioeconomia, indústria verde e mercado de carbono como possibilidades
estratégicas para o desenvolvimento socioeconômico de Rondônia e de toda a
Amazônia.
Com informações GECOM/FIEPA
Fotos: Pedro Sousa GECOM/FIEPA
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