Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
CNI entrega ao presidente Bolsonaro propostas para a retomada da indústria e do emprego em 2022
Documento
contém 44 ações em tributação, eficiência do estado, financiamento,
infraestrutura, meio ambiente, inovação, educação, comércio exterior, relações
de trabalho e micro e pequenas empresas
O
presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de
Andrade, entrega um documento com 44 propostas para a retomada da indústria e
do emprego em 2022 ao presidente Jair Bolsonaro. Eles se encontram durante
almoço com empresários, na terça-feira (7), no Centro Internacional de
Convenções do Brasil (CICB), organizado pela CNI. Os projetos são das áreas de
tributação, eficiência do estado, financiamento, infraestrutura, meio ambiente,
inovação, educação, comércio exterior, relações de trabalho e micro e pequenas
empresas.
Robson
Braga de Andrade explica que, nos últimos 10 anos, a indústria de transformação
brasileira encolheu, em média, 1,6% ao ano. Perdeu espaço no PIB brasileiro e
na produção mundial, nas exportações brasileiras e nas exportações mundiais de
manufaturados. E, ao longo de 2021, a produção da indústria tem sofrido quedas
constantes e, nesse último trimestre, há sinais de perda de ritmo da atividade
econômica.
“As
disfunções enfrentadas diariamente pelas empresas afetam com mais intensidade
os fabricantes de bens de capital e de produtos de consumo duráveis, que são
segmentos dinâmicos, de maior complexidade tecnológica e com impacto
significativo sobre a produtividade e no emprego. Em dez anos, a participação
desses ramos no valor adicionado da indústria de transformação recuou de
24% para 19%”, explica o presidente da CNI.
Além disso,
os problemas decorrentes da pandemia ainda persistem, como os desarranjos nas
cadeias produtivas, que resultam em escassez de insumos e matérias-primas e
elevações de preços no mercado global. E os setores produtivos dependem do
consumo das famílias, que ainda sofrem o impacto do alto nível de desocupação e
da corrosão da renda pela inflação.
“Os
desafios são muitos, a agenda é complexa e não existe uma única medida que leve
o País para onde desejamos. A agenda precisa ser tratada em conjunto para que
alcancemos a meta de uma economia forte, com crescimento estável e bem-estar
social”, afirma Robson Andrade.
Recuperação
da indústria e da economia passam pela reforma tributária
A
recuperação da indústria brasileira e da economia como um todo requer uma
reforma tributária ampla, nos moldes da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
110 no Senado, que simplifique o sistema de arrecadação de impostos, reduza a
cumulatividade e desonere os investimentos e as exportações.
Na
avaliação do presidente da CNI, a reforma administrativa para modernizar o
Estado, controlar a expansão dos gastos com pessoal e melhorar a qualidade dos
serviços prestados à população é igualmente necessária.
Também é
indispensável a aprovação de novos marcos regulatórios para as áreas de
infraestrutura e de meio ambiente. “Precisamos de uma política industrial que
promova a inovação e o desenvolvimento tecnológico das empresas, incentive,
especialmente, os setores que produzem bens de alta complexidade e seja capaz
de reverter o acentuado processo de desindustrialização do país”, diz.
Robson
Braga de Andrade avalia que a fórmula para o Brasil avançar não pode ser
diferente da traçada por países desenvolvidos, como as que China, Coreia do Sul
e Índia estão rapidamente adotando. Para ele, o Brasil não pode abrir mão do
papel do governo como indutor do investimento privado, por meio da ação
conjunta com o setor empresarial e a academia, para que o país volte a crescer
e retome seu lugar como uma das mais importantes economias do mundo.
Propostas
para o aumento da competitividade da indústria
O documento
foi elaborado com base em subsídios das Federações Estaduais de Indústria, das
Associações da Indústria, da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) e de
reuniões com empresas coletados durante o ano e refinados em reuniões dos
Fóruns e Conselhos Temáticos da CNI e do Fórum Nacional da Indústria (FNI).
As
primeiras 19 são propostas que podem ser adotadas diretamente pelo governo
federal nas áreas tributária, de eficiência do Estado, financiamento,
infraestrutura, meio ambiente, inovação, comércio exterior e relações do
trabalho.
As demais 25 propostas
envolvem a participação do Congresso Nacional. São propostas nas áreas
tributária, de eficiência do Estado, financiamento, infraestrutura, meio
ambiente, inovação, educação, relações do trabalho e para as micro e pequenas
empresas.
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