Nova elevação da Selic impõe fardo ainda mais pesado à economia, afirma CNI
Brasil tem grande potencial para avançar mais em fontes renováveis de energia
Transição
energética foi tema de reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente e
Sustentabilidade da CNI
“Para que o país aproveite melhor esse potencial comparativo e tenha mais competitividade no cenário internacional, é importante combater o desmatamento ilegal e criar um mercado regulado de carbono”, destacou Eduardo Viola, pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP) e professor da Escola de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Segundo Viola, a guerra entre Rússia e Ucrânia, aliada à
pandemia, está provocando uma transformação significativa no sistema
internacional. Ele observou que, enquanto a pandemia acelerou os planos de
descarbonização, a invasão da Ucrânia gerou um desequilíbrio no mercado
energético mundial.
“No curto prazo, está havendo uma corrida pela segurança
energética com intensificação de busca por fontes fósseis, mas a tendência é de
aceleração da transição energética, sobretudo, no mundo ocidental, liderada
pela fonte solar”, afirmou Viola, complementando que, na Europa, sobretudo, na
Alemanha, há grande potencial de absorção de hidrogênio verde vindo do Brasil.
Conforme o presidente do Coemas, Marcelo Thomé, o cenário
atual impõe desafios para o cumprimento das metas de redução das emissões de
gases de efeito estufa. “Precisamos de uma visão mais humanizada para a
transição energética, com maior inclusão dos países em desenvolvimento na
construção dessa agenda”, disse Marcelo Thomé, presidente do Coemas da CNI.
A guerra ressaltou a importância da segurança energética
A gerente de Mudança Climática e Mercados de Carbono da
Petrobras, Maria Izabel Ramos, a guerra ressaltou a importância da segurança
energética para os países. Segundo ela, o Acordo de Paris deve ser feito de
forma responsável. “Sempre haverá demanda marginal por petróleo no mundo e esse
petróleo tem de ser com baixa pegada de carbono e preço competitivo”, disse
Maria Izabel.
Ela detalhou que a Petrobras possui cinco frentes que
contribuem com a transição energética: produção de petróleo de baixo carbono;
fornecimento de gás para energia; novos produtos de baixa intensidade em
carbono; pesquisa e desenvolvimento para soluções de baixo carbono; e projetos
socioambientais com foco em florestas, para geração de crédito de carbono.
Marcelo Moraes, presidente do Fórum de Meio Ambiente e
Sustentabilidade do Setor Elétrico (FMASE), há tendência de crescimento de
outras fontes renováveis de energia, como a eólica e solar, na matriz elétrica
brasileira, que já é 83% renovável.
Moraes complementou que para garantir o abastecimento de
energia com modicidade tarifária é preciso que o Sistema Interligado Nacional
(SIN) foque em soluções híbridas, hidrogênio, eólicas offshore e armazenamento
de energia.
Mais notícias
ELEV3R se prepara para representar o SESI-Rondônia na Austrália
Alunos do 4º ano do SESI de Pimenta Bueno apresentam maquetes sobre seres vivos
SESI de Porto Velho promove roda de conversa sobre as profissões