IMPRENSA
16 de December de 2025 - 16h58

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FIERO avalia impactos da PEC do fim da escala 6x1 sobre os negócios em Rondônia

A Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) manifesta preocupação com a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do fim da escala de trabalho 6x1, que não é praticada desde 1988, quando ficou instituída a jornada de 44 horas semanais, o que resulta em 5,5 dias de trabalho por 1,5 dia de descanso.


A avaliação considera as condições econômicas e logísticas do estado, que apresentam características distintas dos grandes centros urbanos do país, pois a região enfrenta limitações estruturais decorrentes da distância em relação aos principais polos produtores e consumidores. Grande parte dos produtos utilizados pela indústria e pelo comércio precisa ser transportada por longas distâncias, o que eleva os custos operacionais. Esse cenário amplia o impacto do chamado Custo Brasil, que historicamente pesa de forma mais intensa sobre Rondônia e sempre esteve entre as preocupações da Federação, sobretudo pelos efeitos diretos sobre a competitividade das empresas locais.


Segundo o presidente da FIERO, Marcelo Thomé, esse cenário exige cautela na análise da proposta. “Os empresários de Rondônia já convivem com dificuldades relacionadas à logística, ao custo de insumos e à distância dos mercados consumidores. A maior parte das empresas é composta por micro, pequenos e médios negócios, que não têm fôlego financeiro para suportar aumento de despesas sem comprometer a própria atividade”, afirmou.


Outro ponto sensível e lembrado por Thomé diz respeito ao perfil dos empreendimentos locais. Muitos deles são familiares, que operam com estrutura reduzida e capacidade limitada para absorver novos custos decorrentes de mudanças na legislação trabalhista.


Na prática, a redução da jornada de trabalho, sem alternativas de compensação, tende a elevar os custos com pessoal ou exigir novas contratações para manter o funcionamento das empresas, inviabilizando, principalmente, os pequenos negócios que atendem os bairros periféricos. Em muitos casos, especialmente no comércio e nos serviços, abrir todos os dias deixa de ser viável, o que pode resultar em redução de horários, fechamento de estabelecimentos e impactos diretos na geração de empregos no estado, abrindo espaço para a informalidade e resultando num corredor para o crescimento dos benefícios sociais.


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