Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
77 por cento dos brasileiros defendem a exigência da vacinação em escolas e faculdades
Pesquisa
inédita da CNI mostra que população se mantém cautelosa com a Covid-19. Mesmo
sem obrigatoriedade, pelo menos 70% continuam a usar máscaras em supermercados
e ônibus
Mesmo com a
redução dos casos de Covid-19, o brasileiro defende o “passaporte da vacina” no
retorno às aulas presenciais. Segundo pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto FSB
Pesquisa, 77% da população é a favor de escolas e faculdades exigirem dos
alunos o comprovante de vacinação. O comportamento cauteloso também é observado
na adoção das máscaras: independentemente da obrigatoriedade, pelo menos 70%
dos entrevistados disseram que continuariam a frequentar supermercados e a
viajar de avião ou ônibus com o item de proteção.
“A
população reconhece que a vacinação foi um fator determinante para o
enfrentamento da crise sanitária e o Brasil é um dos países que se destaca pelo
alto índice de cobertura vacinal. Estamos em um cenário de menor
gravidade da pandemia, propício ao retorno das atividades econômicas a um ritmo
próximo da normalidade, com retomada do emprego. Manter os cuidados é
importante para que evitemos uma nova onda, por todos seus impactos na
sociedade”, destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Confira
aqui entrevista sobre a pesquisa com o gerente de Análise Econômica da CNI,
Marcelo Azevedo.
Esta é a
sexta edição da pesquisa realizada pela CNI em parceria com o Instituto FSB
Pesquisa sobre o comportamento da população na pandemia. Entre 1º e 5 de abril
de 2022, foram entrevistadas 2.015 pessoas com 16 anos ou mais em todos os
estados do país e o Distrito Federal.
Passaporte
da vacina
O apoio à
exigência do comprovante de vacinação no retorno às aulas presenciais é
acompanhado de um percentual alto da população que também é favorável a
vacinação infantil (79%). E o índice permanece o mesmo entre quem tem filhos ou
não. Entre os pais de crianças entre 5 e 17 anos, 70% já vacinaram todos os
seus filhos contra 18% que ainda não vacinaram nenhum deles.
A maioria
da população (61%) também defende a adoção do “passaporte de vacina” em outros
estabelecimentos, além de escolas e faculdades. E os próprios estabelecimentos
aderiram mais à medida: 27% da população teve de apresentar o comprovante de
vacinação para entrar em algum lugar nos últimos três meses. Esse índice foi de
18% em novembro de 2021.
“Esse
resultado reflete a confiança da população na vacina. As pessoas se sentem mais
seguras em relação à Covid-19 quando estão próximas de quem já se vacinou”,
pontua o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
No Brasil,
houve uma massiva adesão à vacinação contra Covid-19 – 95% da população acima
de 16 anos disse que já tomou pelo menos uma dose – e a maioria (82%) pretende
tomar a dose de reforço e completar o esquema vacinal. Ainda assim, de acordo
com a pesquisa, para 33% da população o medo de conviver com pessoas não vacinadas
é grande ou muito grande.
Uso de
máscaras
Quando
questionado sobre o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras, o brasileiro
parece ainda não estar preparado para deixar o item de proteção em casa. A
maioria dos entrevistados afirmou que manteria o uso de máscaras em
supermercados (73%), viagens de ônibus ou avião (70%), no comércio de rua
(64%), nos shoppings (61%) e no trabalho (59%). O índice cai, mas fica acima de
40%, em atividades como cinemas, bares, restaurantes, shows e academias.
Mas muitos
deixaram de usar máscaras em ambientes abertos ou até mesmo abandonaram o
hábito. Nos últimos seis meses, o número de pessoas que usam máscaras em
lugares abertos e fechados caiu quase pela metade – passou de 55% em novembro
de 2021 para 29% em abril deste ano – enquanto aumentou os adeptos apenas em
lugares fechados (de 40% para 53%). Já 17% disseram que não estão usando mais
máscaras contra 4% em novembro de 2021.
“É precoce
dizer que o uso das máscaras continuará a ser um padrão entre os brasileiros
mesmo com o fim da obrigatoriedade. Os índices de contaminação e óbitos por
Covid-19 estão muito presentes na memória da população. Precisamos continuar a
avaliar esse comportamento nos próximos meses”, pondera Azevedo.
Gravidade
da pandemia
Além do
impacto no dia a dia diante das restrições de convívio social, os dados mostram
como a pandemia esteve muito próxima. Do total de entrevistados, 61% conhecem
alguém que morreu de Covid-19 e 35% afirmaram que já tiveram a doença, sendo
que 5% foram contaminados nos últimos três meses.
Apesar
disso, o brasileiro reconhece a melhoria dos índices de Covid-19. O número de
pessoas que avaliam a crise sanitária como grave ou muito grave passou de 89%
em abril de 2021, quando os casos e óbitos estavam em alta, para 40% em abril
deste ano.
As pessoas também estão
saindo mais de casa. Quase todo brasileiro (95%) foi ao supermercado nos
últimos três meses e 84%, a comércio de ruas. Ir ao shopping (45%) e viajar de
avião ou ônibus (36%) também faz parte da rotina de uma parcela relevante da
população.
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