Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
As propostas da indústria para economia, tributação e comércio exterior
A CNI
preparou documentos com propostas para as Eleições 2022, com foco na
estabilidade da economia, na reforma tributária, em financiamento e na maior
integração do país ao comércio mundial
O Brasil
precisa de um ambiente de estabilidade macroeconômica para que consiga crescer
sem soluços e de forma sustentada. Para que isso ocorra, é preciso que o
próximo governo siga na direção de combater a inflação, manter o regime de
câmbio flutuante e preservar o equilíbrio fiscal. Paralelamente, é preciso que
se aprove uma ampla reforma de seu sistema tributário, sem a qual o Brasil não
conseguirá eliminar o principal componente do chamado Custo Brasil, que coloca
as empresas brasileiras em forte desvantagem competitiva em relação a outros
países.
“A
estabilidade macroeconômica é essencial, porque cria o ambiente de
estabilidade. Sem estabilidade é impossível traçar o caminho que leva ao
crescimento econômico”, explica o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de
Andrade. “É unânime que o sistema tributário precisa ser mudado e com urgência.
O Brasil discute a reforma da tributação sobre o consumo há mais de 30 anos.
Não podemos continuar a perder oportunidades, porque é a população quem mais perde”,
completa.
O Brasil
também precisa avançar na sua agenda de integração à economia mundial, com
maior participação nas cadeias globais de valor. Esse caminho, passa,
preferencialmente, por uma abertura de sua economia realizada por meio de
acordos comerciais e de investimentos, o uso de instrumentos de defesa
comercial e combate ao comércio ilegal e o enfrentamento de barreiras às
exportações. Ampliar o acesso a linhas de financiamento, sobretudo para as
empresas de micro e pequeno porte, é outro avanço indispensável para o acelerar
o crescimento da economia.
Neste
pacote, estão quatro propostas da CNI nas áreas de economia, tributação e
comércio exterior, que fazem parte dos 21 documentos das Propostas da Indústria para as Eleições
2022 e
que foram entregues aos pré-candidatos à Presidência da República. Conheça as
principais conclusões e propostas desses trabalhos:
ECONOMIA
1. Estabilidade
Macroeconômica: essencial para o investimento
Combate à
inflação, câmbio flutuante e equilíbrio fiscal. A equipe econômica, que assumir
em janeiro de 2023, deve seguir nessa direção. O estudo da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), Estabilidade
Macroeconômica: essencial para o investimento, entregue aos
candidatos à presidência da República, lembra que estas reformas foram
determinantes para o saneamento das contas públicas e para a eliminação do
processo inflacionário, que alimentavam o quadro de estagflação da nossa
economia até a década de 90.
2. Reforma
da Tributação do Consumo: competitividade e promoção do crescimento
É
necessário agir com rapidez e eliminar as distorções da tributação sobre o
consumo, que tanto prejudicam a competitividade das empresas brasileiras. Esse
passo é fundamental para o Brasil acelerar seu ritmo de crescimento econômico,
abandonando o histórico “voo de galinha”, e fundamentar as bases para a criação
de mais empregos e renda para a população. Ter um sistema tributário eficiente
é indispensável para a prosperidade social e econômica de um país. De acordo
com a CNI, a política tributária deve preservar as condições de equilíbrio e de
competição dos mercados.
3.
Financiamento: Base do crescimento
Acessar
linhas de financiamento é fundamental para o desenvolvimento e crescimento de
uma empresa e, consequentemente, da economia do país. Entretanto, as empresas
brasileiras enfrentam mais dificuldades para conseguir crédito, tanto pelo
maior custo, como pela menor disponibilidade de recursos ofertados. Para mudar
esse quadro, três pilares são fundamentais: a redução de custo do crédito
bancário e a ampliação de seu acesso; o aprimoramento do crédito não bancário;
e o aprimoramento das políticas de crédito público ou incentivado. O foco das
ações recomendadas são as indústrias, especialmente as de pequeno e médio
porte, que tipicamente têm acesso mais restrito ao crédito.
COMÉRCIO
EXTERIOR
1.
Integração internacional: abertura com competitividade
O Brasil concentrou as vendas de bens industriais ao exterior em uma magnitude dez vezes maior que a média do G-20 nas últimas duas décadas. Entre os anos de 2002 e 2006, 28,1% da pauta exportadora brasileira, em média, era composta pelos dez principais produtos industriais. Esse número passou para 49,3% entre 2017 a 2020, uma diferença de 21,2 pontos percentuais. Na comparação dos mesmos períodos, a concentração da pauta exportadora dos países do no G-20 subiu apenas 2,3 pontos percentuais. A solução inclui fortalecimento da rede de acordos comerciais, redução do Custo Brasil e medidas que assegurem o comércio justo e melhoria da qualidade do investimento direto na produção nacional.
Diálogo da
Indústria com os Pré-Candidatos à Presidência da República
Desde 1994,
a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresenta à sociedade e aos
pré-candidatos à Presidência da República sugestões para aprimorar o desempenho
do setor industrial no Brasil e, consequentemente, a economia do país e o
bem-estar da população. As propostas elaboradas pela CNI estão distribuídas em
21 documentos.
A CNI fará
no dia 29 de junho, em Brasília, o evento Diálogo
da Indústria com Candidatos à Presidência da República. Na ocasião,
os pré-candidatos terão a oportunidade de debater com os empresários estes
documentos e apresentar medidas que adotarão em seus governos para aumentar a
produtividade das empresas e estimular o crescimento sustentado da economia
brasileira.
Data e
Horário: 29/06/2022, das 10h às 16h
Local: Centro
Internacional de Convenções do Brasil - CICB, em Brasília (DF)
Confira mais informações
sobre o evento aqui.
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