IMPRENSA
29 de September de 2022 - 08h12

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10 ações para o próximo governo reduzir as emissões de CO2 e enfrentar a crise climática

As propostas da CNI buscam consolidar a transição do Brasil para uma economia de baixo carbono. As mudanças climáticas são uma realidade mundial e têm exigido a adaptação das indústrias e dos países

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou um conjunto de propostas aos candidatos à presidência da República para promover a economia de baixo carbono no Brasil. Elas estão voltadas à transição energética, ao estabelecimento de um mercado de carbono, à conservação florestal e à economia circular – esses são os quatro pilares de sustentabilidade da indústria. A implementação dessas propostas garantiria o cumprimento dos compromissos brasileiros de redução de emissões e possibilitaria que os benefícios inovativos e tecnológicos decorrentes da transição para a economia de baixo carbono sejam aproveitados.

 

A indústria tem sido afetada tanto pelos eventos climáticos extremos como pelas ações necessárias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa que se desenham no mundo, como a imposição de metas de descarbonização e a regulamentação de um mercado global de carbono. Na avaliação da CNI, a tendência mundial é que essa agenda afete o acesso a financiamentos, os investimentos externos e a aceitação dos produtos em mercados internacionais.

 

Os efeitos das mudanças climáticas trazem custos de adaptação, mas também representam oportunidades de desenvolvimento de inovações. A economia de baixo carbono tem potencial para alterar cadeias globais de valor e movimentar recursos financeiros e produtivos, além de aumentar a competitividade dos setores econômicos, com geração de emprego e renda.

 

O compromisso do Brasil é cortar as emissões em 37% até 2025 e em 50% até 2030, partindo dos níveis de 2005. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que o setor industrial tem se mobilizado e feito articulações com o governo para avançar nessa agenda. “O mundo precisa mudar a forma como consome energia, com a passagem de uma matriz baseada em combustíveis fósseis para uma ancorada em fontes renováveis. Nesse processo, o Brasil sai na frente, pois já conta com uma elevada utilização dessas fontes e vem ampliando o uso de energia eólica, solar e bioenergia”, diz.

 

Conheça a proposta completa: Economia de Baixo Carbono

 

Transição Energética

 

1. Fortalecer a Política Nacional de Biocombustíveis;

2. Instituir um marco regulatório que traga mais segurança jurídica para a geração de energia eólica offshore;

3. Incentivar o uso do hidrogênio e apoiar a regulamentação do mercado de Captura e Armazenamento de Carbono (CCS);

4. Ampliar a recuperação energética a partir de resíduos sólido urbanos (RSU).

 

Mercado de Carbono

 

5. Consolidar um mercado interno regulado, no modelo de Sistema de Comércio de Emissões;

6. Ampliar a participação do Brasil no mercado internacional de carbono.

 

Economia Circular

 

7. Instituir uma Política Nacional de Economia Circular;

8. Apoiar a incorporação de requisitos de sustentabilidade nas compras públicas.

 

Conservação Florestal

 

9. Fortalecer a gestão de florestas públicas;

10. Implementar os instrumentos previstos no Código Florestal e acelerar o processo de regularização fundiária.


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