IMPRENSA
21 de August de 2023 - 13h53

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Abertura da exposição Trabalhadores, no SESI Lab, tem oficinas e papo com Juliano Salgado

A partir deste fim de semana, museu apresenta obra de Sebastião Salgado. Além de oficinas, público confere, no sábado, exibição de “O Sal da Terra”, do cineasta Juliano Salgado, que estará presente

 

Antes de se falar em futuro do trabalho, os desafios enfrentados por trabalhadores em ofícios variados já eram documentados por Sebastião Salgado. A obra não ficou no passado e, a partir deste fim de semana, poderá ser vista no museu SESI Lab, em Brasília. No mês da fotografia, além das 150 imagens da exposição “Trabalhadores”, o público pode conferir o documentário "O Sal da Terra", dirigido por Wim Wenders e Juliano Salgado, e indicado ao Oscar de melhor documentário em 2015. O filme será exibido no sábado (26) e contará com a presença do cineasta. Nesse dia e no domingo (27), a entrada é gratuita, mas é preciso retirar ingresso na Sympla ou na bilheteria. A programação completa está disponível no Instagram do museu.


Diversas oficinas de fotografia estarão abertas aos públicos. Uma delas, com Fernanda Frazão, ensina a ler e a escrever imagens na era da Inteligência Artificial Generativa. Outra, com o coletivo Obarco, oferece aos participantes a oportunidade de aprender a transformar uma simples lata de metal em uma câmera fotográfica. Com a câmera pinhole, como é chamada, é possível registrar imagens em um suporte sensível à luz, como o papel fotográfico com emulsão de nitrato de prata. Após a construção e customização das câmeras pelos participantes, as imagens serão reveladas.


Já no interior do trailer fotográfico do museu, grupos participarão da formação de uma imagem em papel de fotografia, por meio da utilização do próprio trailer como câmera fotográfica. Com o Projeto Fotolata – Arte & Ciência, de forma lúdica, serão mostrados os princípios físicos e químicos do processo da fotografia.


A programação conta, ainda, com a participação do artista Feco Hamburger, que vai comandar a oficina “Do limão, uma limonada”, no Espaço Maker do museu. Com suco de limão, papel de aquarela e forno elétrico como ingredientes, os participantes vão explorar as possibilidades criativas do suco de limão como substância termossensível em pinturas, desenhos, recortes e colagens. A única regra é usar a criatividade.


Na oficina “Diário de um colagista”, os visitantes serão convidados a realizar práticas de colagem em cadernos e produzir um diário autoral por meio da utilização de fotografias artísticas. Quem vai coordenar as atividades será o Clube de Colagem de Brasília.


Exibição do documentário “O Sal da Terra”, de Juliano Salgado


Além da obra de Salgado, apresentada no museu após intervalo de 20 anos desde a primeira montagem no país, o público poderá mergulhar na vida do fotojornalista com o documentário “O Sal da Terra”, de 2014. Dirigido por Juliano Salgado, filho de Sebastião Salgado, e pelo alemão Wim Wenders, o filme tem classificação indicativa de 12 anos. Após o filme, Juliano participará de uma conversa aberta com o público.


Sebastião Salgado será o primeiro artista a exibir suas obras na galeria de exposições temporárias do museu SESI Lab. “Nesse projeto quis documentar o fim da primeira grande revolução industrial, na qual o trabalho era extremamente importante. Durante seis anos, viajei pelo mundo em busca da presença da mão humana na produção. Máquinas inteligentes estavam chegando às linhas de produção. Os computadores e a robotização estavam começando a substituir a força de trabalho”, destaca Salgado.


As fotografias, realizadas entre 1986 e 1992, trazem registros como o trabalho dos garimpeiros de Serra Pelada. Com curadoria e design de Lélia Wanick Salgado, esposa e parceira profissional do fotojornalista, a mostra estará em cartaz até o dia 28 de janeiro de 2024.


Umas e Outras: música com Douglas Germano


Não só de fotografia viverá o SESI Lab neste fim de semana. No sábado, encerrando o primeiro dia de abertura da exposição, o músico Douglas Germano, um dos maiores compositores do país, apresenta o show Umas e Outras.


Autor de Maria de Vila Matilde, gravada pela eterna Elza Soares, Germano já lançou os álbuns Escumalha, Golpe de Vista e Partido Alto, de 2022.


Sobre Sebastião Salgado


Economista de formação e nascido em Minas Gerais, Sebastião Salgado começou a carreira como fotógrafo profissional em 1973, em Paris, na França. Trabalhou com agências de fotografia até 1994, quando fundou, com Lélia Wanick Salgado, o Amazonas images, exclusivamente dedicada ao seu trabalho. Esta estrutura é, hoje, seu estúdio com sede em Paris.


Salgado viajou em mais de 100 países com seus projetos fotográficos, que, além de inúmeras publicações na imprensa internacional, foram destaque em livros como Outras Américas, 1986; Sahel, l’homme en détresse, 1986; Sahel: el fin del camino, 1988; Um Incerto Estado de Graça, 1995; Trabalhadores, 1993; Terra, 1997; Êxodos, 2000; África, 2007; Gênesis, 2013; Perfume de Sonho, 2015; Kuwait, um deserto em chamas, 2016; Gold, mina de ouro Serra Pelada, 2019, e Amazônia, 2021. Esses livros foram desenhados e desenhados por Lélia Wanick Salgado.


Sebastião Salgado é Embaixador da Boa Vontade da UNICEF e membro honorário da Academy of Arts and Sciences dos Estados Unidos. Recebeu inúmeros prêmios de fotografia e foi objeto de prestigiosas distinções, incluindo: Grand Prix National (Ministério da Cultura, França); Prêmio Príncipe de Asturias de las Artes (Espanha); Medalha da Presidenza della Repubblica Italiana (Centro de Pesquisa Pio Manzù, Itália). Foi nomeado Comendador da Ordem de Rio Branco (Brasil) e Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres (Ministério da Cultura, França).


Em 2016, Salgado foi eleito membro da Académie des Beaux-Arts do Institut de France, e no mesmo ano a França o nomeou Chevalier de la Légion d'Honneur. Em 2018, foi nomeado Chevalier de l’Ordre du Mérite Culturel pelo Principado do Monaco. Em 2019, foi eleito Foreign Honorary Member of the American Academy of Arts and Letters (Nova York, EUA) e laureado com o Peace Prize of the German Book Trade (Alemanha). Em 2021, recebeu o título de Honorary Doctor of Arts da Universidade de Harvard (Cambridge, EUA), e agraciado com o Praemium Imperiale Award, da Japan Art Association, considerado como o “Nobel das artes”.


O SESI Lab


O icônico prédio projetado por Oscar Niemeyer na época da construção de Brasília é reduto de arte, ciência, tecnologia e educação para todas as idades. O espaço é uma iniciativa do Serviço Social da Indústria(SESI), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), e promove a conexão entre ações artísticas, científicas e tecnológicas, em colaboração com a indústria e a sociedade.


O SESI Lab possui cerca de 8 mil metros quadrados de área construída dedicados a espaços expositivos, criativos e maker, salas interdisciplinares, um painel de LED com 84 metros quadrados, café e loja conceito. Somados aos 33 mil metros quadrados de área verde revitalizada, em parceria com o governo do Distrito Federal, com espécies nativas do Cerrado, instalações interativas e anfiteatro externo para shows, eventos e outras atividades culturais.


Serviço

SESI LAB: arte, cultura, ciência e tecnologia

Onde fica: Setor Cultural Sul - Brasília, DF

Pontos de referência: Antigo edifício Touring Club, em frente ao Conic Brasília e ao lado da Plataforma Superior da Rodoviária do Plano Piloto.

Horário de atendimento: terça a sexta-feira, das 9h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.

Reserve seu ingresso em www.sesilab.com.br

Parceiros estratégicos: Neoenergia e ANEEL


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