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30 de August de 2023 - 08h24

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Economia criativa vai criar 1 milhão de novos empregos até 2030, aponta CNI

Setores englobam atividades artísticas, gastronômicas, moda, design, inteligência artificial, música, audiovisual, entre outros

 

Um levantamento feito pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI), núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que, até 2030, cerca de 8,4 milhões de trabalhadores vão estar empregados em áreas da economia criativa. A expectativa é de que um a cada quatro novos empregos criados nos próximos anos seja em setores e ocupações da economia criativa.

 

Para o gerente-executivo do Observatório, Márcio Guerra, as perspectivas são boas, mas é preciso estar atento aos desafios impostos para a transformação digital da indústria criativa. “Quem quiser crescer e acessar os mercados globais, é preciso investir em qualificação de habilidades relacionadas à pesquisa de mercado, marketing e branding, design de sites, logística, pagamentos, marketing digital e atendimento ao cliente, por exemplo”.

 

Além disso, há tecnologias da Indústria 4.0 que se revelam como oportunidade para a economia criativa e se mostram ferramentas importantes para potencializar a produção, os resultados e a competitividade das empresas. O uso de inteligência artificial aliada à automação, por exemplo, pode servir para acelerar processos criativos. Já a impressão 3D pode ser aplicada ao artesanato e é possível até mesmo o uso de realidade aumentada em desfiles de moda; e blockchain na certificação de originalidade de obras de arte.​

 

Atualmente, a economia criativa representa 3,11% do PIB brasileiro e emprega 7,4 milhões de trabalhadores no país, segundo dados da PNAD contínua para o 4º trimestre de 2022. A maior parte está nas áreas de Publicidade e Tecnologia da Informação. Além disso, a análise feita pelo ONI mostra que os profissionais da economia criativa possuem, em média, 1,8 ano de estudo a mais e recebem salários 50% maiores do que os profissionais de outras áreas. O salário médio do profissional da economia criativa é de R$ 4.018, enquanto dos demais setores é de R$ 2.691. 

 

>> O perfil da economia criativa no Brasil e projeções para os próximos anos: 

 

Estabelecimentos da economia criativa no Brasil 

- Microempresas: 86.917

- Pequenas empresas: 24381

- Médias empresas: 5471

- Grandes empresas: 353

 

Estabelecimentos da economia criativa por região

- Sudeste: 56.222 

- Sul: 31.643

- Nordeste: 16.880

- Centro-oeste: 9.438

- Norte: 2.939

 

Quantidade de estabelecimentos da economia criativa por categoria 

- Moda: 45.874

- Publicidade e serviços empresariais: 20.871

- Serviços de tecnologia da informação: 11.712 

- Desenvolvimento de software e jogos digitais: 9.771 

- Atividades artesanais: 8.398 

 

Setores que devem liderar a criação de empregos na indústria criativa 

- Publicidade e serviços empresariais 

- Desenvolvimento de softwares e serviços de TI 

- Arquitetura 

- Cinema, rádio e TV 

- Design 

 

Ocupações com o maior potencial de emprego na indústria criativa 

- Publicitário e afins 

- Trabalhadores das áreas da tecnologia da informação 

- Desenvolvedores 

- Trabalhadores da área da moda 

- Desenhistas, artesão e afins

 

Potencial de desenvolvimento da economia criativa no Brasil

Fonte: índice de economia criativa (IDPEC)

- Florianópolis: 0,85

- Vitória: 0,71

- São Paulo: 0,68

- Rio de Janeiro: 0,65

- Curitiba: 0,61

 

Economia criativa no Congresso Nacional

 

Tramita na Câmara dos Deputados desde o ano passado o projeto de lei 2.732/2022 que cria a Política Nacional de Desenvolvimento da Economia Criativa. Entre as medidas previstas no projeto estão:

- Parceria entre empresas e universidades para qualificação profissional;

- Desenvolvimento de infraestrutura para as dinâmicas econômicas (criação, produção, distribuição e consumo) dos setores criativos;

- Promoção e fortalecimento de ecossistemas de inovação em territórios criativos (bairro, distrito, polo, cidade, consórcio, bacia, região) para o desenvolvimento local e regional.


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