Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
Economia criativa vai criar 1 milhão de novos empregos até 2030, aponta CNI
Setores englobam atividades artísticas, gastronômicas, moda, design, inteligência artificial, música, audiovisual, entre outros
Um
levantamento feito pelo Observatório Nacional da Indústria (ONI), núcleo de
inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), aponta que, até
2030, cerca de 8,4 milhões de trabalhadores vão estar empregados em áreas da
economia criativa. A expectativa é de que um a cada quatro novos empregos
criados nos próximos anos seja em setores e ocupações da economia criativa.
Para o
gerente-executivo do Observatório, Márcio Guerra, as perspectivas são boas, mas
é preciso estar atento aos desafios impostos para a transformação digital da
indústria criativa. “Quem quiser crescer e acessar os mercados globais, é
preciso investir em qualificação de habilidades relacionadas à pesquisa de
mercado, marketing
e branding, design de sites, logística,
pagamentos, marketing digital e atendimento ao cliente, por exemplo”.
Além disso,
há tecnologias da Indústria 4.0 que se revelam como oportunidade para a
economia criativa e se mostram ferramentas importantes para potencializar a
produção, os resultados e a competitividade das empresas. O uso de inteligência
artificial aliada à automação, por exemplo, pode servir para acelerar processos
criativos. Já a impressão 3D pode ser aplicada ao artesanato e é possível até
mesmo o uso de realidade aumentada em desfiles de moda; e blockchain na
certificação de originalidade de obras de arte.
Atualmente,
a economia criativa representa 3,11% do PIB brasileiro e emprega 7,4 milhões de
trabalhadores no país, segundo dados da PNAD contínua para o 4º trimestre de
2022. A maior parte está nas áreas de Publicidade e Tecnologia da Informação.
Além disso, a análise feita pelo ONI mostra que os profissionais da economia
criativa possuem, em média, 1,8 ano de estudo a mais e recebem salários 50%
maiores do que os profissionais de outras áreas. O salário médio do
profissional da economia criativa é de R$ 4.018, enquanto dos demais setores é
de R$ 2.691.
>> O
perfil da economia criativa no Brasil e projeções para os próximos anos:
Estabelecimentos
da economia criativa no Brasil
- Microempresas:
86.917
- Pequenas
empresas: 24381
- Médias
empresas: 5471
- Grandes
empresas: 353
Estabelecimentos
da economia criativa por região
- Sudeste:
56.222
- Sul:
31.643
- Nordeste:
16.880
-
Centro-oeste: 9.438
- Norte:
2.939
Quantidade
de estabelecimentos da economia criativa por categoria
- Moda:
45.874
-
Publicidade e serviços empresariais: 20.871
- Serviços
de tecnologia da informação: 11.712
-
Desenvolvimento de software e jogos digitais: 9.771
-
Atividades artesanais: 8.398
Setores que
devem liderar a criação de empregos na indústria criativa
-
Publicidade e serviços empresariais
-
Desenvolvimento de softwares e serviços de TI
-
Arquitetura
- Cinema,
rádio e TV
-
Design
Ocupações
com o maior potencial de emprego na indústria criativa
-
Publicitário e afins
-
Trabalhadores das áreas da tecnologia da informação
-
Desenvolvedores
-
Trabalhadores da área da moda
-
Desenhistas, artesão e afins
Potencial
de desenvolvimento da economia criativa no Brasil
Fonte: índice de economia criativa (IDPEC)
-
Florianópolis: 0,85
- Vitória:
0,71
- São
Paulo: 0,68
- Rio de
Janeiro: 0,65
- Curitiba:
0,61
Economia
criativa no Congresso Nacional
Tramita na
Câmara dos Deputados desde o ano passado o projeto de lei 2.732/2022 que cria a
Política Nacional de Desenvolvimento da Economia Criativa. Entre as medidas
previstas no projeto estão:
- Parceria
entre empresas e universidades para qualificação profissional;
-
Desenvolvimento de infraestrutura para as dinâmicas econômicas (criação,
produção, distribuição e consumo) dos setores criativos;
- Promoção e fortalecimento
de ecossistemas de inovação em territórios criativos (bairro, distrito, polo,
cidade, consórcio, bacia, região) para o desenvolvimento local e regional.
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