Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
Pela primeira vez, CNI e FIESP apresentam oportunidades de investimentos na Bolsa de Valores de Nova York
Evento
ocorre na próxima segunda-feira (18) com a participação do governo federal.
Encontro vai abordar possibilidades de negócios voltados a transição energética
e ecológica, descarbonização e infraestrutura
As relações
econômicas com os Estados Unidos são estratégicas para o Brasil, especialmente
para a indústria, com importante impacto na economia brasileira. O efeito das
exportações para os EUA é expressivo: em 2022, cada R$ 1 bilhão exportado pelo
Brasil para o país contribuiu para a criação de 24,9 mil empregos, R$ 545
milhões em massa salarial e R$ 3,6 bilhões em produção. Além disso, os EUA
foram o principal país investidor no Brasil, com estoque de investimentos de
US$ 152,5 bilhões em 2021, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados
do Banco Central.
“O Brasil
tem plenas condições de inaugurar uma nova fase de desenvolvimento industrial
baseada em baixa emissão de carbono, respeito ao meio ambiente, com mais
inserção internacional e inovação. Para isso, é necessário implementarmos
medidas capazes de atrair indústrias que precisam de energia limpa, para
ampliarmos os investimentos em fontes renováveis e em hidrogênio verde”,
destaca o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Para
fortalecer ainda mais a parceria bilateral e a integração internacional
brasileira com os EUA, a CNI e a Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (FIESP) reunirão, na próxima segunda-feira (18), na Bolsa de Valores de
Nova York, autoridades e industriais brasileiros, e investidores e
representantes de empresas americanas, para a primeira edição do Brasil em foco: mais verde e
comprometido com o desenvolvimento sustentável, que vai abordar
exemplos de políticas públicas, oportunidades de negócios e de investimentos no
Brasil em transição ecológica e energética, descarbonização e infraestrutura
voltadas ao crescimento sustentável.
O evento será divido em três painéis:
Painel 1: Transformação
Ecológica e Energética: O Brasil e o Mundo
Convidados: Fernando
Haddad, ministro da Fazenda; Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e
Mudança do Clima; Ilan
Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID).
Painel 2: Ambiente de
negócios
Convidados: Ricardo
Lewandowski, presidente do Conselho de Assuntos Jurídicos da
CNI; Bruno Dantas,
presidente do Tribunal de Contas da União (TCU); Jorge Viana, presidente
da Apex-Brasil.
Painel 3: Planejamento,
financiamento e infraestrutura
Convidados:
Alexandre Silveira,
ministro de Minas e Energia; Jader
Filho, ministro das Cidades; Luciana Costa, diretora de Infraestrutura,
Transição Energética e Mudança Climática do BNDES; David Turk, secretário
substituto do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE).
SERVIÇO
O QUÊ: Brasil em
foco: mais verde e comprometido com o desenvolvimento sustentável
QUANDO: 18 de
setembro, às 10h
ONDE: New York
Stock Exchange - 11 Wall Street, Nova York, NY 10005
Importante: o
credenciamento de jornalistas que forem cobrir o evento deve ser feito,
impreterivelmente, até as 18h de domingo (17), pelo e-mail: imprensa@cni.com.br
Principais dados da relação econômica e comercial Brasil-EUA
Os
principais números das relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos
apurados nos últimos anos estão na Análise
de Política Comercial N° 8, elaborada pela área econômica da
CNI, a partir das bases de dados do Banco Central, Comex Stat e IBGE. O
documento na íntegra pode ser acessado aqui.
Exportações
e importações
>>
Os EUA são o principal parceiro do Brasil quando se consideram exportações
brasileiras de bens da indústria de transformação; vendas externas de produtos
de maior intensidade tecnológica; comércio brasileiro de serviços, tanto nas
vendas, quanto nas aquisições; e investimentos estrangeiros no Brasil e os
investimentos brasileiros no exterior.
>> Os
EUA são o segundo principal destino das exportações brasileiras totais. As
exportações de bens do Brasil para lá somaram US$ 37,4 bilhões em 2022. A
primeira posição é ocupada pela China, destino de US$ 89,4 bilhões das vendas
externas brasileiras no último ano.
>>
Embora a China e a União Europeia sejam os principais destinos das exportações
brasileiras em termos de valor, o impacto econômico das exportações do Brasil
para os Estados Unidos é proporcionalmente mais significativo. Em 2022, cada R$
1 bilhão exportado pelo Brasil para o país contribuiu para a criação de 24,9
mil empregos, R$ 545 milhões em massa salarial e R$ 3,6 bilhões em produção por
bilhão exportado.
O papel
da indústria de transformação
>> O
maior impacto das exportações brasileiras para os EUA é motivado pela alta
participação de bens da indústria de transformação na pauta exportadora
bilateral. Das vendas externas para o país, em 2022, 78,9% são concentradas em
bens da indústria de transformação.
>>
Entre 2013 e 2022, as vendas externas de bens da indústria de transformação do
Brasil para os EUA somaram US$ 223,8 bilhões – o que representou 16,7% das
exportações do setor em média. A Argentina e a China vêm logo em seguida,
respectivamente, com participação de 9,7% e de 8,3%.
>>
O comércio de bens da indústria de transformação do Brasil com os Estados
Unidos foi recorde em 2022, alcançando US$ 29,5 bilhões em exportações e US$
43,1 bilhões em importações. Na comparação com 2021, as exportações cresceram
15,6% e as importações aumentaram 26,7%.
Investimentos
>>
Os EUA foram o principal país investidor no Brasil, com estoque de
investimentos de US$ 152,5 bilhões em 2021, representando 23,1% do total.
Quando analisados os investimentos brasileiros no exterior, os EUA ocupam a
segunda posição, atrás apenas dos Países Baixos. O estoque de investimentos
brasileiros nos EUA foi de US$ 28,6 bilhões em 2021 - 6,6% do total.
Relações
bilaterais Brasil X Estados Unidos: as prioridades da indústria brasileira
-
Implementar os protocolos ao Acordo de Comércio e Cooperação Econômica (ATEC);
-
Celebrar um novo protocolo ao ATEC sobre economia digital;
-
Implementar o Acordo de Reconhecimento Mútuo de Operador Econômico Autorizado
(OEA);
- Negociar
um Acordo de Dupla Tributação (ADT);
- Mitigar
ou remover barreiras comerciais;
-
Fortalecer o diálogo bilateral sobre sustentabilidade;
-
Reforçar os mecanismos de diálogo bilateral;
-
Promover a integração de cadeias de valor;
- Retirar
o Brasil da “Lista de Atenção” do Relatório
Special 301;
-
Implementar o projeto-piloto Patent Prosecution Highway (PPH) como programa
permanente;
- Reduzir o tempo de
análise de patentes.
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