Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
6 em cada 10 empresários industriais consideram importante adotar a tecnologia 5G
Pesquisa da
CNI mostra que apesar de reconhecer a relevância da rede para a
competitividade, a maioria das empresas sequer discute a instalação da quinta
geração de conectividade sem fio
Uma
pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta
sexta-feira (6) aponta que 61% dos empresários industriais consultados
consideram importante ou muito importante adotar a tecnologia 5G. Apesar da
avaliação positiva, os dados mostram que 54% das empresas ouvidas sequer
discutem a instalação da rede. A falta de infraestrutura adequada na região e o
alto custo para implementar a tecnologia lideram a lista de barreiras à adoção,
e a falta de conhecimento do empresariado sobre o assunto se destaca.
Das
empresas consultadas que acham a adoção da tecnologia relevante, 35%
responderam que discutem o tema, mas não têm plano formal de implementação;
outros 14% já têm um planejamento para aderir, e apenas 8% já instalaram a
rede. Já entre todas as empresas ouvidas, apenas 6% têm o 5G instalado na
empresa. A pesquisa ouviu 1.002 profissionais que lideram a área de tecnologia
de empresas industriais de pequeno, médio e grande portes.
>> Confira
sonora sobre a pesquisa com a gerente de Política Industrial da CNI, Samantha
Cunha.
“A
incorporação da tecnologia 5G tem um papel importante no desempenho industrial
brasileiro, em especial no contexto de digitalização da produção, que chamamos
de Indústria 4.0. Mais agilidade e eficiência nos sistemas de comunicação são
traduzidas em ganhos de produtividade e em mais competitividade para a nossa
economia. A expansão da infraestrutura digital é um alicerce para alavancar o
desenvolvimento tecnológico do Brasil e a retomada da indústria”, afirma o
presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Tecnologia pode ser adotada por meio de três tipos de rede
A
tecnologia 5G promove maior velocidade, capacidade de conexão massiva de
dispositivos e menor latência de internet, adicionando novas e importantes
capacidades produtivas no contexto de transformação digital das empresas, como
o uso de veículos autônomos e a ampliação da Internet das Coisas.
A adoção
pelas empresas pode ser feita por meio de três tipos de rede: privativa, quando
a rede é independente e administrada pela própria empresa; híbrida, quando o
controle é feito por uma operadora pública e alguns recursos são oferecidos à
empresa; e pública, quando a rede é fornecida pelas operadoras públicas e
compartilhada com outros usuários.
Quase
metade dos empresários ouvidos não conhece o 5G
A falta de
conhecimento sobre as capacidades da tecnologia 5G é apontada por quase metade
dos empresários - 47% têm pouco ou nenhum conhecimento. Para a CNI, esse
resultado é uma das razões para a baixa implementação da tecnologia nas
organizações. Entre as empresas que não têm conhecimento algum, a pesquisa
mostra que 79% não discutem o tema na empresa, e esse percentual cai para 43%
entre as empresas que disseram ter conhecimento.
O baixo
conhecimento em relação à tecnologia provavelmente também explica a indicação –
por 54% dos empresários – da área de vendas como a maior beneficiária pela rede
5G. Segundo a gerente de Política Industrial da CNI, Samantha Cunha, uma das
ações para o avanço do 5G nos processos produtivos deve ser disseminar o
conhecimento sobre a importância das novas capacidades da tecnologia e de sua
relação com a digitalização, além da relevância da expansão da rede pública do
5G para uso nas empresas.
“Há uma
expectativa em relação ao 5G na indústria porque ele é o passaporte para a
aceleração e o avanço da digitalização brasileira. A rede contribui diretamente
para a automação e a integração de diferentes tecnologias que incluem
inteligência artificial, robótica e internet das coisas. No Brasil, a expansão
da rede pública, novos modelos de negócios das operadoras e o aumento do
conhecimento empresarial a respeito da nova tecnologia serão fundamentais para
adoção da nova rede”, afirma a especialista da CNI.
Falta de
infraestrutura na região e alto custo de instalação são barreiras
Quando
questionados sobre os obstáculos à adoção da tecnologia 5G, 64% dos empresários
apontaram a falta de infraestrutura adequada na região das empresas como
principal barreira externa. O alto custo de soluções e equipamentos para as
redes privativas, a falta de suporte das operadoras de telecomunicações nos
serviços prestados e o alto custo das operadoras para o fornecimento e
manutenção do serviço empatam em segundo lugar. E nas barreiras internas, o
alto custo para implementar a tecnologia é apontado como a principal
dificuldade.
“Os
resultados ressaltam a importância da expansão da rede 5G geograficamente. Se a
rede ainda não chegou em determinada região, a empresa tem como alternativa a
instalação de rede privativa, mas o custo pode ser elevado porque requer investimento
em hardware e conhecimento para administrar”, explica Samantha Cunha.
Os
empresários ouvidos durante a pesquisa não pretendem fazer investimentos em
redes privativas imediatamente: 20% pretendem investir em um período de 12 a 18
meses e 41% daqui a 18 meses ou mais. Do grupo que já tem um plano de
investimento, 48% das empresas levarão mais de um ano para investir, e 40%
daqueles que consideram a adoção muito importante ou importante devem investir
na rede privativa em um prazo de mais de 18 meses.
Empresas
querem menos cabos de conexão, diminuição da latência e maior capacidade de
conexão
De acordo
com a pesquisa, os maiores benefícios esperados pelos executivos em relação às
redes de conexão usadas atualmente são o abandono do cabeamento, graças a uma
rede sem fio com capacidades semelhantes ou superiores, a diminuição de
latência e – empatados – a capacidade de conectar mais dispositivos e o aumento
da confiabilidade da conexão. Já os principais motivos que levaram ou poderiam
levar os empresários a adotarem uma rede 5G são a capacidade de conexão sem fio
em alta velocidade, a capacidade de monitoramento do controle de qualidade em
todo o processo produtivo e a redução dos custos gerais.
Metodologia
A pesquisa encomendada pela
CNI foi realizada pelo Instituto Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI), antigo
Instituto FSB Pesquisa. Entre 8 e 20 de março de 2023, foram entrevistados por
telefone 1.002 executivos que lideram a área de tecnologia das empresas
industriais de pequeno, médio e grande portes. A margem de erro da pesquisa é
de 3 pontos percentuais.
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