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FIERO promove diálogo sobre a Reforma Tributária e seus desdobramentos em Rondônia
Debatida há mais de 30 anos, a Reforma Tributária foi tema de diálogo na Reunião do Conselho de Representantes da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO). O evento contou com a palestra do ex-deputado federal Marcelo Ramos, que buscou simplificar um assunto tão complexo e explicar aos presentes as noções gerais sobre a Reforma e os desdobramentos para a região Norte, em especial Rondônia.
A Reforma Tributária, promete
transformar significativamente o cenário econômico do país. No âmbito regional,
Rondônia, não fica imune a essas mudanças. O cerne dessa reforma reside na
simplificação do complexo sistema tributário brasileiro, unificando diversas
tarifas em um único imposto sobre valor agregado (IVA). No entanto, essa
unificação implica no fim dos incentivos fiscais que historicamente
impulsionaram a economia de estados como Rondônia.
Em
resumo, será a união de 5 tributos, PIS, IPI, CONFINS, ISS E ICMS, sendo que,
nessa nova proposta, existirão apenas dois impostos o CBS (Contribuição sobre
Bens e Serviços) que unifica as contribuições federais PIS, IPI e CONFINS; e o
IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que une as
tarifas estaduais e municipais ICMS e o ISS. Esses dois impostos são o
que os economistas chamam de IVA (Imposto sobre o valor agregado).
Para as indústrias
rondonienses, essa mudança representa um desafio considerável. Os incentivos
fiscais, que antes serviam como catalisadores para o crescimento industrial,
não mais existirão. O setor de alimentos, que representa 18% do PIB industrial,
hoje depende desse incentivo fiscal que deixará de existir a partir de 2033,
colocando assim em risco a competitividade local.
Segundo Marcelo Ramos,
ex-deputado federal, é preciso ter atenção e cuidado aos impactos da Reforma
Tributária nos estados periféricos, em especial os estados da região Norte.
Diante desses desafios, o governo estadual junto com as indústrias de Rondônia
precisa adotar estratégias inovadoras, como ter criatividade para melhorar a
infraestrutura logística, e criar mecanismos de subvenção para pesquisas na
área de tecnologia, inovação e de melhoria da qualidade da produção. Esse
esforço é necessário para não perder uma atividade tão importante do ponto
vista econômico.
No entanto, o Fundo de
Desenvolvimento Regional (FDR), previsto na Reforma, será o órgão responsável
por diminuir as desigualdades regionais, com o objetivo de garantir que os
tributos sejam distribuídos de forma justa para os estados. Sendo o previsto
que 70% do valor total do mecanismo seja distribuído com base no Fundo de
Participação dos Estados (FPE) e 30% de acordo com a população. “Ainda
precisamos apurar nesse debate final da Reforma Tributária a distribuição dos
valores do FDR. Não dá para São Paulo receber mais de 3 vezes o valor que
Rondônia receberá que é um estado muito mais dependente de políticas de
desenvolvimento regional”, explicou Marcelo Ramos. O ex-deputado acredita que
com diálogo será possível ter um sistema tributário mais eficiente para o país
e sustentar uma indústria minimante distribuída no território nacional.
Para Marcelo Thomé, presidente
da FIERO, Rondônia deverá estar absolutamente mobilizada, classe política e
empresariado, para garantir um resultado na regulamentação desses dispositivos
quando as leis complementares forem discutidas no congresso. Para que os
efeitos disso para os estados periféricos estejam garantidos a partir desses instrumentos
na PEC, tanto do Fundo de Desenvolvimento Regional, quanto a composição do
conselho que irá discutir a partição dos tributos originados pelo IVA.
Por fim, no texto da Reforma
Tributária ainda prevê a isenção de impostos da cesta básica, algumas coisas
especificas ficarão fora do IVA, como medicamentos, produtos básicos para a
saúde menstrual, dispositivos médicos, produtos de hortifrúti e ovos. Será
aplicado tributação sobre heranças e impostos seletivos de competência federal
sobre bens e serviços que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente e também
cobrado o IPVA de jatinhos, iates e lanchas. Acabar com a complexidade dos
tributos brasileiros criando um imposto único que é adotado por mais de 140
países do mundo, segundo especialistas, favorece muito o crescimento do país
gerando mais empregos e melhores salários.
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