Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
Brasil e Suécia vão trabalhar em agenda comum para promover a economia verde, diz presidente da CNI
Encontro realizado pela Confederação Nacional da Indústria e pela Business Sweden reuniu representantes do setor produtivo dos dois países nesta quarta-feira
Transição
energética, transformação ecológica, digitalização, indústria 4.0 e soluções de
financiamento sustentável. Brasil e Suécia têm uma agenda em comum robusta e
promissora para desenvolver. “Temos de discutir e identificar novas iniciativas
de cooperação bilateral e estratégias para aumentar a produtividade industrial
diante do avanço da digitalização e da descarbonização da produção. Vamos
contribuir para a construção de um futuro mais produtivo e sustentável para os
nossos países”, disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban.
Ele abriu o
4º Fórum Empresarial Brasil-Suécia, realizado pela CNI em
parceria com a Business Sweden. O encontro foi nessa quarta-feira (22), na
fábrica da Scania América Latina, em São Bernardo do Campo (SP). Mais de 20
empresários suecos participam do evento, entre eles, CEOs e representantes de
grandes indústrias como Saab, Ericsson, SKF, Scania, Astrazeneca, Electrolux,
Atlas Copco, Epiroc, Hoganas, Volvo Group, Stora Enso, Autoliv, SEB e AFRY.
Alban
afirmou é preciso propor ações que contribuam para o desenvolvimento da
economia de baixo carbono e a integração entre as indústrias dos países.
“Podemos
unir esforços e trabalhar em uma agenda comum para promover a economia verde,
área em que ambas as nações têm enorme potencial”, comentou. Pela primeira vez,
desde 2015, ano de fundação do fórum, empresários dos dois países vão elaborar
um documento de posição conjunta sobre temas prioritários para a melhoria do
ambiente de negócios entre os países.
Presente na
abertura do encontro, o presidente da FAM AB, Hakan Buskhe, disse que os países
somam décadas de cooperação e articulação de relações comerciais e destacou o
crescimento da agenda bilateral nos últimos anos.
“Atualmente,
temos uma grande oportunidade de estreitar os laços com investimentos e com
cooperação nas áreas de digitalização, desenvolvimento sustentável, pesquisa,
inovação, inteligência artificial e segurança climática", afirmou Buskhe.
Fluxo
comercial entre Brasil e Suécia ultrapassou US$ 3 bi em 2022
A Suécia é
um dos 20 principais investidores diretos no Brasil. Entre 2010 e 2022,
empresas suecas anunciaram investimentos de US$ 1,683 bilhão no país. Além
disso, o fluxo comercial em 2022 ultrapassou quase US$ 3 bilhões.
De acordo
com o Business Sweden, atualmente, há 150 empresas suecas instaladas no Brasil,
com 45 mil empregos diretos. E um estudo recente da Business Climate Survey
2023 mostrou que, das 50 maiores empresas suecas no Brasil, 63% planejam aumentar
os investimentos no país no próximo ano.
Expectativa
é alta para acordo Mercosul-União Europeia
Enquanto
líderes políticos europeus e sul-americanos tentam avançar para finalizar o
acordo comercial entre o Mercosul – Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e
Venezuela – e a União Europeia, a expectativa para que o tratado impulsione os
negócios entre os blocos é alta entre empresários.
O
presidente da FAM AB, Hakan Buskhe, destacou os esforços que o Brasil e a
Suécia vêm fazendo para aprovar o Acordo entre Mercosul e União Europeia. “O
Brasil já é o terceiro país mais importante para os investimentos suecos. Penso
que o acordo sendo assinado teremos ainda mais oportunidades para desenvolver o
comércio entre os dois países e a crescente transferência de tecnologia”,
completou Buskhe.
Para o
presidente da CNI, esta é uma chance que não pode ser perdida. “O acordo
Mercosul-União Europeia é uma oportunidade ímpar para criarmos um ciclo
virtuoso de ampliação do comércio, dos investimentos e do emprego nos dois
blocos econômicos”, afirmou Alban.
70% das
empresas brasileiras ouvidas querem fazer negócios com a Suécia
Uma
consulta empresarial conduzida pela CNI antes do evento, para auxiliar no
levantamento das prioridades do setor, mostrou que 70% das empresas brasileiras
respondentes disseram não ter relação comercial com a Suécia, mas têm interesse
em desenvolver negócios com o país escandinavo. Das empresas respondentes, 41%
são empresas de médio porte, 37% de pequeno porte e 22% de grande porte.
O
levantamento foi realizado em função da necessidade de fortalecer os laços
econômicos com a Suécia e para identificar as prioridades para melhorar o
ambiente de negócios bilateral. Assim, as empresas brasileiras que desejam se
relacionar comercialmente com a Suécia opinaram sobre o que devem ser as
prioridades nessa relação: a promoção comercial (80%) e a facilitação da logística
do comércio exterior (57%).
Além dos destaques, quase
metade dessas empresas indicou a importância dos acordos comerciais,
tributários, previdenciários e de investimentos (49%), assim como o
financiamento e as garantias às exportações (49%). E menos de um terço desse
grupo de respondentes apontou a necessidade de melhorias em relação às
barreiras externas que afetam as exportações e os investimentos (31%).
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