Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
Custos da indústria caem pela 5ª vez seguida, mas estão 25 por cento acima do período pré-pandemia
Indicador
recuou 2,3% entre o segundo e o terceiro trimestre de 2023 empurrado por quedas
no custo de capital e no custo de produção, que inclui gasto com pessoal,
energia e bens intermediários
O Indicador de Custos Industriais (ICI), divulgado nesta
terça-feira (30) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou queda
pelo quinto trimestre consecutivo. Os custos da indústria recuaram 2,3% no
terceiro trimestre de 2023 na comparação com os três meses anteriores. No
entanto, o ICI ainda se encontra em patamar elevado: 25,3% acima dos níveis
pré-pandemia.
Na
avaliação da equipe econômica da CNI, essa queda na comparação trimestral pode
ser explicada pelo recuo de dois dos três componentes do ICI: o custo de
produção caiu 2,7% e o custo de capital, 2,1%. Já o custo tributário apresentou
alta de 0,7%, o que não foi suficiente para reverter o recuo dos demais
componentes do índice.
>> Confira
aqui a entrevista completa com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo
Azevedo.
“Mais uma queda nos custos da indústria é um bom sinal, mas não significa que o segmento já tenha se recuperado da alta nos valores verificada durante a pandemia de Covid-19. Os números mostram que os custos ainda estão 25% superiores ao período pré-pandemia”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Custo com
produção recua puxado pela queda no custo de bens intermediários
Embora o
custo de produção tenha caído 2,7% no terceiro trimestre do ano passado, o
índice continua em patamar elevado: 41,5% acima do período pré-pandemia. Todos
os três componentes do custo de produção caíram, sendo o de bens intermediários
o que recuou com maior intensidade e contribuiu para o resultado trimestral –
queda de 3,4%, apesar de ainda estar com custo 47% mais alto do que antes da
pandemia.
Os demais
componentes registraram recuos mais tímidos. No caso do custo de energia, a
queda na comparação do terceiro com o segundo trimestre de 2023 foi de 0,2% e
ocorreu em razão da diminuição no custo com gás natural, que contrabalanceou os
aumentos nos custos de energia elétrica e de óleo combustível. O custo com
pessoal também recuou, apenas 0,2%.
Custo com
capital cai pelo segundo trimestre consecutivo
Os dados
divulgados revelam também que, depois de sete trimestres de alta, o índice de
custo com capital registrou a segunda queda consecutiva – dessa vez de 2,1%. Na
avaliação da CNI, esse movimento está relacionado à redução da taxa básica de
juros, que sofreu dois cortes de 0,5 ponto percentual ao longo daquele
trimestre. Apesar do recuo, os gastos com capital tiveram elevação de 44,8% em
relação ao período pré-pandemia.
Custo
tributário da indústria é o único índice que registra alta
De acordo
com o ICI, o custo tributário apresentou alta de 0,7% na comparação do terceiro
com o segundo trimestre de 2023. Esse índice é mensurado pela soma dos tributos
federais e estaduais pagos pela indústria divididos pelo PIB industrial.
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