Alunos do SENAI de Ariquemes vivenciam processos da Indústria 4.0
Empresas terão R$ 110,9 milhões para inovar na cadeia automotiva: conheça os projetos
Mais
de 30 empresas, incluindo startups, estão envolvidas em projetos estruturantes
do SENAI e da Embrapii para reaproveitar autopeças e desenvolver baterias de
lítio para eletrificação de veículos
Trinta e cinco empresas, entre elas sete startups, vão desenvolver conjuntamente soluções inovadoras para grandes desafios da cadeia automotiva: a eletrificação veicular e o reaproveitamento de autopeças. Três propostas - duas para produção de baterias de íon-lítio e uma para reciclagem e reuso de materiais poliméricos e têxteis - foram aprovadas no edital do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e da Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii) para projetos estruturantes no setor automotivo, com recursos do Programa Mover – antigo Rota 2030.
Confira o regulamento e os
resultados da chamada de Projetos Estruturantes Embrapii e SENAI
A chamada, divulgada na
Plataforma Inovação para a Indústria, recebeu nove propostas, totalizando R$
417 milhões solicitados às duas instituições para a execução dos projetos. Três
foram pré-aprovados, com um período para recurso. O resultado foi anunciado na
última terça-feira, 30.
Ao todo, serão destinados R$
110,9 milhões para os três projetos, que vão contar com a expertise e estrutura
dos Institutos SENAI de Inovação (ISIs) em Tecnologias da Informação e
Comunicação, em Recife; Biossintéticos e Fibras, no Rio de Janeiro; e
Eletroquímica, em Curitiba; além das Unidades Embrapii de Software e Automação,
na Universidade Federal de Campina Grande; e de Comunicações Avançadas, o CPQD,
em Campinas. As empresas participantes investiram mais R$ 15 milhões como
contrapartida. O prazo para desenvolvimento dos projetos é de até 36 meses.
O diretor-geral do SENAI,
Gustavo Leal, destaca a contribuição das propostas para a competitividade do
setor automotivo: “O SENAI e a Embrapii entram com expertise em pesquisa,
desenvolvimento e inovação para possibilitar que as empresas solucionem um desafio
do setor automotivo. Como os projetos são desenvolvidos por uma aliança de
empresas, nós temos um ganho setorial e não de uma única proponente”.
Para o presidente da Embrapii,
Francisco Saboya, esse é um investimento que projeta o país no cenário internacional.
“A iniciativa não apenas promove a modernização do setor, mas também representa
uma oportunidade para elevar o padrão da indústria brasileira a nível mundial.
Com isso, estamos construindo as bases para um futuro mais promissor e
competitivo para um setor automotivo mais sustentável e conectado com as
necessidades do mundo."
Conheça os projetos
Protótipo nacional de bateria
de lítio de baixa tensão para eletrificação veicular
Instituto SENAI proponente:
ISI-TICs
Unidade EMBRAPII: Software e
Automação – Universidade Federal de Campina Grande
Empresa proponente:
Acumuladores Moura
Empresas da aliança: FCA Fiat,
Peugeot-Citroen, Horse, Iochpe Maxion, Volkswagen
Startups: Voltbras Eletropostos, Hit Tecnologia
Proposta: construção de protótipo
de bateria de íon-lítio de baixa tensão (12V/48V) para eletrificação veicular,
homologada e certificada para o mercado de automóveis leves híbridos (HEV) e
HEV flex. O projeto também inclui: montagem da primeira linha de produção
nacional de baterias de lítio para a fabricação de um lote de 140 baterias,
sendo 70 unidades 12v e outras 70 de 48v; e o desenvolvimento de uma plataforma
que, por meio de Inteligência Artificial (IA), monitora e gerencia as baterias
para um desempenho seguro e eficiente.
Economia Circular de Autopeças
Plásticas e Têxteis na Cadeia Automotiva
Instituto SENAI proponente:
ISI-Biossintéticos e Fibras
Unidade EMBRAPII: Instituto
Nacional de Tecnologia - INT
Empresa proponente: FCA Fiat
Empresas da aliança:
Volkswagen Truck & Bus, Peugeot-Citroen, Interni Sistemas Automotivos,
Fibra-Tech Reciclagem Técnica
Startups: Global Suprimentos Industriais e Serviços, Sci4fiber
Proposta: reaproveitamento de
materiais poliméricos, seja por meio de reuso direto ou sua reciclagem. Esses
materiais podem ser aplicados tanto na logística reversa em um circuito
fechado, quanto em outros setores, como construção civil, plásticos, têxteis,
embalagens, entre outros, em um circuito aberto. Ao desenvolver autopeças
plásticas e têxteis sustentáveis e novas rotas para a reciclagem, o projeto não
só viabiliza a economia circular, como também reduz o consumo de polímeros
virgens derivados do petróleo e, consequentemente, o consumo de recursos
hídricos e energéticos e as emissões de CO2.
Baterias de íons-lítio
Instituto SENAI proponente:
ISI-Eletroquímica
Unidade EMBRAPII: CPQD
Empresa proponente: FCA Fiat
Empresas da aliança:
Volkswagen, General Motors, WEG, Marcopolo, Acumuladores Moura
Empresas da aliança (parte
opcional): Petrobras, CBA, Tupy, Mosaic Fertilizantes, Equatorial Sistemas,
Novelis, Cecil S/A, Elo Componentes Eletroquímicos, CNH Industrial, New Power,
MowiClen Ind. de Mobilidade, GET-General Engineering, SkyDrones, On Charge, SMS
Produtos Elétricos, TEIU Pesquisa e Desenvolvimento em Energia, C3A Industria
de Metais, Arkema Coatex.
Startups: EiON Veículos Elétricos, Voltpine do Brasil Pesquisa e Desenvolvimento, Energy Source
Proposta: desenvolvimento de
células cilíndricas e prismáticas de íons-lítio em ambiente pré-industrial,
promovendo, assim, a cadeia de valor nacional em torno da tecnologia de
baterias de íons-lítio. Para isso, é necessário passar por algumas etapas, como
determinar as propriedades eletroquímicas de células de íons lítio em uma
escala comercial; aplicar provas de conceito de produção de componentes e para
produção de células escalonáveis; realizar análise de mercado para cada insumo
do processo; produzir lotes pioneiros de células de íons-lítio e quantificar potenciais
impactos ambientais.
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