Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
Indústria sente efeitos da pandemia com a falta e alto custo das matérias-primas no segundo trimestre de 2021
Sondagem Industrial mostra, ainda, que emprego completa um ano sem queda, além de alta na utilização da capacidade instalada e na intenção de investimento
O principal problema das indústrias no segundo trimestre de 2021 foi a falta e o alto custo das matérias-primas. De acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os efeitos da pandemia da Covid-19 têm impactado a oferta de insumos para o setor industrial, problema mencionado por 63,8% das indústrias. Em seguida, a elevada carga tributária (34,9%) e a taxa de câmbio (23,2%) estão entre os principais entraves enfrentados pela indústria brasileira.
A Sondagem
Industrial também mostra aumento nos preços das matérias-primas, mesmo que em
um ritmo mais lento. O índice caiu no trimestre, mas permanece acima da linha
de 50 pontos e está entre os maiores da série com 74,1 pontos.
O gerente
de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, explica que a combinação de estoques
limitados e atividade aquecida são fatores para que a falta e alto custo de
matérias-primas permaneçam como o principal problema enfrentado pela indústria
no trimestre. “Os dados mostram que os estoques voltaram a cair, e novamente
estão se afastando do nível planejado pelas empresas”, ressalta.
Em junho, o
indicador de estoque efetivo em relação ao planejado pelas empresas registrou
48,7 pontos, ficando abaixo da linha de 50 pontos que indica que os estoques
estão alinhados ao planejado pelas empresas. A distância para o planejado foi
maior em junho se comparado aos meses de abril e maio, quando os índices foram
de 49,6 e 49,2 pontos, respectivamente.
Emprego
mantém-se estável há 12 meses
O indicador
de número de empregados na indústria subiu para 52 pontos no mês de junho e
completou um ano sem mostrar queda do emprego industrial. Pelo segundo mês
consecutivo, o número de empregados está acima da linha de 50 pontos, ou seja,
mostra alta do emprego. A produção industrial também cresceu pelo segundo mês
consecutivo. O índice ficou em 52,0 pontos. Os índices variam de 0 a 100, com
linha de corte em 50 pontos; os dados acima desse valor indicam crescimento na
comparação com o mês anterior e abaixo, queda.
Além disso,
a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) alcançou 71% em junho, crescimento
de um ponto percentual em relação a maio. Esse percentual é o mais alto para o
mês de junho desde 2013.
Setor
mantém otimismo
O otimismo
dos empresários industriais em relação aos próximos meses manteve o crescimento
em julho. O índice de expectativa de demanda aumentou 1,1 ponto em relação a
junho, alcançando 61 pontos. Esse é o maior valor para o mês de julho desde
2011, quando o índice era de 61,8 pontos. O índice de expectativa de exportação
teve um crescimento de 0,5 ponto, passando de 54,9 pontos para 55,4 pontos
entre junho e julho.
A intenção de investimento
aumentou 1,6 ponto em relação a junho, alcançando 58,6 pontos. O indicador
apresenta recuperação após a queda que ocorreu em fevereiro e março deste ano,
mas ainda não recuperou o patamar de janeiro, quando o índice foi de 59,9.
Mais notícias
SENAI de Ji-Paraná realiza ações práticas para turma de Técnico em Edificações
Selic está em patamar excessivo e incompatível, afirma CNI
Banco Central não deve insistir em aumento da Selic, defende CNI