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Pequenas indústrias apresentam evolução positiva no segundo trimestre de 2021
Levantamento da CNI mostra que
MPMEs evoluíram no segundo trimestre de 2021. Índice de desempenho aponta que
as atividades estão mais fortes que o último trimestre e que o mesmo período do
ano anterior
Diferentemente dos primeiros meses do ano, o segundo trimestre de
2021 foi marcado pela evolução positiva das pequenas indústrias. Segundo o Panorama da Pequena Indústria,
houve melhora na situação financeira, na confiança e nas perspectivas dos
micros e pequenos empresários. O levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que os
indicadores de desempenho não estão só mais elevados ante o trimestre anterior,
como também em relação ao mesmo período de anos anteriores.
“Para os próximos meses, há uma expectativa de novo aumento desse
indicador, em decorrência: do avanço da vacinação no Brasil, que está atingindo
faixas etárias que abarcam a população economicamente ativa; do aumento do
volume de produção; e da manutenção da criação de empregos no setor
industrial”, aponta o relatório técnico do Panorama.
A média do segundo trimestre de 2021 registrou 46,5 pontos, resultado que está acima da média do primeiro trimestre de 2021 (43,9 pontos) e do segundo trimestre de 2020 (34,1 pontos, influenciado pela pandemia).
Melhora das condições financeiras da pequena
indústria
O Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias alcançou
42,3 pontos, o que representa um aumento de 4,5 pontos em relação ao primeiro
trimestre de 2021. A melhora está relacionada à satisfação com o lucro
operacional e com a facilidade de acesso ao crédito no período.
As novas medidas creditícias para MPMEs, como a renovação e a
permanência do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte (Pronampe) ampliam a possibilidade de acesso ao crédito pelo
segmento e, possivelmente, impactam positivamente a expectativa dos agentes.
Principais problemas da pequena indústria no
segundo trimestre de 2021
A falta ou o alto custo de matéria-prima e a elevada carga
tributária permanecem nos primeiros lugares do ranking de principais problemas
enfrentados pelas MPMEs no segundo trimestre de 2021.
A falta ou o alto custo de matéria-prima se manteve como principal
obstáculo para as empresas dos setores de transformação e de construção (com
60,4% e 58,5% de assinalações, respectivamente), mas ficou em segundo lugar no
ranking de problemas para os empresários do setor de extração (36,2%).
Aumento na confiança e perspectivas reflete
retomada e otimismo
Os empresários estão otimistas para os próximos meses. O aumento
do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para pequenas indústrias
e do Índice de Perspectivas apontam que MPMEs têm expectativa de melhora e
pretendem manter o ritmo de recuperação da atividade.
O ICEI alcançou 60,9 pontos em julho de 2021, após três aumentos
consecutivos do indicador e segue acima da média histórica (52,5 pontos).
Enquanto o indicador das perspectivas da pequena indústria apontou
aumento de 0,5 ponto em julho de 2021, alcançando 52,6 pontos.
Sobre o Panorama da Pequena Indústria
O Panorama da Pequena Indústria elenca quatro indicadores:
desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos os
índices variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é a performance
do setor.
A composição dos índices leva em consideração itens como volume de
produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada, satisfação
com o lucro operacional e situação financeira, facilidade de acesso ao crédito,
expectativa de evolução da demanda e intenção de investimento e de contratação.
A pesquisa é divulgada
trimestralmente com base na análise dos dados da pequena indústria levantados
na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no Índice de
Confiança do Empresário Industrial (ICEI). Todos os meses, as pesquisas ouvem
mais de 900 empresários de empresas de pequeno porte.
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