Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
CNI considera excessiva a alta na taxa Selic
Para a
indústria, a taxa de 11,75% ao ano já era suficiente para reduzir a inflação e
a decisão do Banco Central, de elevar novamente a taxa básica de juros, piora
expectativas sobre crescimento da economia
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera
equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central,
desta quarta-feira (4), de manter o ritmo de aumento da taxa básica de juros
(Selic) em 1 ponto percentual.
Desde março
de 2021, a taxa básica de juros tem sido elevada pela autoridade monetária,
acumulando mais de 10 pontos percentuais no período. Para a CNI, a taxa
anterior, de 11,75%, já era suficiente para garantir uma trajetória de queda da
inflação nos próximos meses, uma vez que a alta leva tempo para restringir a
atividade e, consequentemente, segurar a alta dos preços.
“Este novo
aumento da taxa de juros deve comprometer ainda mais a atividade econômica, que
já dá claros sinais de fraqueza. Para a indústria, a intensificação do ritmo de
aperto da política monetária piora as expectativas para o crescimento econômico
em 2022, com efeitos adversos sobre a produção, o consumo e o emprego”, afirma
o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
O índice de
atividade IBC-Br, calculado pelo Banco Central, de fevereiro, de 2022 está 0,4%
abaixo do índice de dezembro de 2021, apontando estagnação da economia.
A CNI avalia que a
expectativa de inflação cadente e a trajetória incerta de recuperação da
atividade econômica demandam uma política monetária mais moderada e atenta aos
desafios de crescimento do Brasil no curto prazo.
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