Presidente da FIERO participa da COP29 e defende o protagonismo da indústria Amazônica
68 por cento das grandes indústrias brasileiras pretendem investir em 2023
É o
terceiro ano consecutivo de queda, valor é sete pontos percentuais menor do que
no ano passado, e o menor nos últimos seis anos. Maioria das empresas não
pretende financiar seus investimentos
A
quantidade de grandes empresas, com investimentos produtivos previstos para
este ano, caiu pelo terceiro ano consecutivo e é o menor dos últimos seis anos.
De acordo com a pesquisa de Investimentos na Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apenas 68% das
indústrias com mais de 200 empregados têm planos de investir em 2023, um
percentual bem inferior aos 75% que traçaram investimento no início de 2022 e
os 82% de 2021.
O gerente
de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que, entre as empresas
com planos de investir este ano, 77% têm a intenção de adquirir uma nova
máquina ou um novo equipamento, 67% das indústrias de transformação, extrativa
e da construção planejam fazer a manutenção, atualização de máquina ou
equipamento e 65% devem fazer manutenção, modernização ou aquisição de
instalação.
“A maior
parte dos investimentos deste ano deve ser para a melhoria do processo
produtivo, seguido da manutenção da capacidade produtiva e uma menor parcela
afirma querer aumentar a capacidade da linha atual. As respostas mostram uma
disposição do empresariado em se concentrar mais em melhorar a produtividade
atual do que em expandir a sua capacidade de produção”, explica o economista.
Apesar da
previsão, é possível que o cenário mude ao longo do ano, como ocorreu em 2022.
No início do ano passado, 75% das grandes indústrias afirmaram ter planos de
investir. A pesquisa atual revela que o percentual de empresas que efetivamente
investiu em 2022 foi até maior (85%), mas metade delas não realizou seus planos
de investimento como planejado.
“Se por um
lado é positivo ver que mais empresas que o previsto efetivamente investiram,
por outro, o percentual de planos de investimentos frustrados é significativo.
Fica claro que os empresários estavam com intenção e investir, mas as
incertezas e, principalmente, a forte alta dos custos, forçaram as empresas a
rever seus planos.”
Marcelo
Azevedo destaca que o alto custo do crédito, redução da demanda das empresas e
das famílias e a demora na aprovação da reforma tributária são obstáculos aos
investimentos neste ano.
Indústrias
vão investir com capital próprio e evitar financiamentos
69% das
empresas afirmam que seus investimentos devem ser financiados por capital
próprio. Essa estatística é semelhante a principal fonte de financiamento dos
investimentos realizados em 2022, quando 71% dos investimentos ocorreram com
recursos do caixa da empresa.
Nessa
edição, também se perguntou se a empresa pretende buscar fontes estrangeiras ao
investimento planejado. Apenas 14% das empresas pretendem buscar fontes de
financiamento externa além das opções nacionais.
9 em cada
10 investimentos planejados serão exclusivamente no Brasil
Para 91%
das empresas que vão investir neste ano, os investimentos planejados são
integralmente dentro do Brasil. Os outros 9% têm investimentos planejados no
Brasil e no exterior. Nenhum respondente informou que os investimentos
planejados ocorrerão somente no exterior.
Para as
grandes indústrias nacionais, o mercado interno continua sendo o principal alvo
dos investimentos. Para 27% os investimentos planejados para 2023 são voltados,
exclusivamente, para o mercado doméstico, enquanto para 41%, os investimentos
são focados principalmente para o mercado doméstico.
Incertezas
e alto custo do insumo frustram investimentos em 2022
O maior
obstáculo ao investimento, apontado pelas empresas, foram as incertezas do
contexto da economia brasileira. Essa opção assinalada por 85% das empresas
cujos planos de investimento foram realizados total ou parcialmente em 2022.
Para 43% das empresas, as incertezas da economia brasileira foram um grande
obstáculo, enquanto para 42% das empresas foi um pequeno obstáculo.
O aumento dos custos dos
insumos também foi uma barreira importante, que atingiu 83% dos respondentes.
Para 49% dos respondentes, o aumento dos custos dos insumos, comprimindo
recursos disponíveis para investir, representou um grande obstáculo ao
investimento. Já para 34% dos empresários essa questão foi um pequeno
obstáculo.
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