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Indicadores industriais apontam melhora em março
Pesquisa da CNI mostra avanço após um segundo semestre de 2022 e início de 2023 de perda de ritmo de crescimento. Faturamento e emprego pararam de cair
Os indicadores da indústria de transformação mostraram
avanço em março de 2023, depois de um segundo semestre de 2022 e um início de
2023 de perda de ritmo de crescimento. De acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi o primeiro
desempenho positivo neste ano, com avanço no faturamento real das empresas,
números de horas trabalhadas na produção e aumento da Utilização da Capacidade
Instalada (UCI).
De acordo com a economista da CNI Larissa Nocko o emprego
permaneceu estável, mas a massa salarial e o rendimento médio aumentaram e
recuperaram parte das perdas dos meses anteriores. “Os dados mostram um
desempenho positivo em março, mas os problemas que vêm impactando negativamente
a atividade industrial permanecem, como os juros altos e a demanda
enfraquecida. Por isso, ainda é cedo para avaliar se março representa o início
de uma recuperação consistente ou se o avanço foi pontual”, explica Larissa
Nocko.
Confira aqui entrevista com a economista da CNI Larissa
Nocko sobre os indicadores.
O faturamento real da indústria registrou avanço de 1,4% em
março de 2023 em comparação com fevereiro deste ano. A alta de março se destaca
por ocorrer após três meses de relativa estabilidade. Na comparação com março
de 2022, houve crescimento de 2,1% do faturamento.
Emprego estável e aumento no rendimento e nas horas trabalhadas
O emprego na indústria de transformação registrou
estabilidade em março de 2023, na comparação com fevereiro. Na comparação com
março de 2022, o emprego acumula alta de 1%.
O rendimento médio real cresceu 0,6% na comparação com
fevereiro. A alta ocorre depois de o indicador registrar três meses com
variações negativas, acumulando queda de 1,9% entre dezembro de 2022 e
fevereiro de 2023. Na comparação com março de 2022, o rendimento cresceu 3,3%.
As horas trabalhadas na produção registraram crescimento de
1% na comparação com fevereiro. Nos últimos seis meses, o indicador registrou
alternância de avanços e recuos em torno de um mesmo patamar, com variação de
apenas -0,1% em relação ao nível registrado em setembro de 2022. Na comparação
com março de 2022, houve alta de 0,6%.
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